A Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento e empresas vinculadas promoveram nesta quarta-feira (7), em Cascavel, um encontro com secretários municipais de Agricultura. O objetivo da reunião foi intensificar as parcerias com os municípios, buscando o fortalecimento dos processos produtivos – como prevê o plano de governo para a área a partir de 2012.
“O Governo do Estado tem consciência de que não pode fazer tudo sozinho. Somente a integração com as prefeituras permitirá a prestação de serviços de qualidade para a família rural”, disse o secretário estadual da Agricultura, Norberto Ortigara.
Cerca de 300 pessoas, entre secretários e técnicos, participaram da reunião, realizada durante o evento Show Rural. Durante o encontro, foram apresentadas as estratégias de parceria, principalmente na área de extensão rural.
Ortigara identificou dois gargalos que representam um entrave para o crescimento da produtividade e carecem da atuação dos órgãos públicos: a precariedade da logística e a necessidade de se aplicar mais tecnologia para fortalecer e aumentar a eficiência das cadeias produtivas.
Segundo Ortigara, a secretaria e empresas vinculadas vão intensificar, em 2012, a recuperação e manutenção das estradas rurais de todo o Estado – para baratear o custo do frete e facilitar a retirada da produção das propriedades rurais. “Contamos com as prefeituras para potencializar as ações”, disse.
Sobre a necessidade de aumentar a competitividade no campo, Ortigara destacou as oportunidades de integração disponíveis no Paraná. Entre elas está a expansão das ações do Instituto Emater como órgão de extensão rural e orientação técnica aos produtores.
TECNOLOGIAS – Ortigara convidou os secretários municipais a promoverem a ampliação da participação dos produtores rurais em eventos de difusão de tecnologia como o Show Rural, promovido anualmente pela Coopavel, em Cascavel.
No Show Rural, as empresas vinculadas à secretaria, como Instituto Emater e Iapar, têm forte participação junto às cooperativas para divulgar novas tecnologias de produção. De acordo com Ortigara, o Paraná já apresenta um desempenho agrícola acima da média brasileira. O Estado apenas 2,3% do território nacional e uma participação de 20% na produção de grãos – além de manter o posto de segundo maior exportador do agronegócio.
“A agropecuária permitiu ao País, ao longo dos últimos 15 anos, gerar as divisas necessárias para enfrentar crises econômicas mundiais fortíssimas, como a que está acontecendo atualmente”, disse. Segundo Ortigara, as exportações do agronegócio contribuíram para o Brasil acumular mais de US$ 350 bilhões em divisas. “É por isso que devemos estar preparados, cada vez mais, para dar conta do recado”, ressaltou.
De acordo com o secretário, neste ano, somente as cooperativas vão faturar cerca de R$ 30 bilhões, sendo que a maior parte desse valor vem de produtos processados. “Isso nos mostra um caminho. Daqui a algumas décadas, não venderemos nada que não tenha valor agregado”, observou.
Ortigara disse que a meta do Estado é criar as condições para que a produção agropecuária seja integralmente processada aqui mesmo, de preferência de forma associativa e cooperativa. “É a chance do agricultor participar mais do preço final do produto”.
O secretário lembrou que, em 2011, o Governo do Estado fez parcerias que resultaram em R$ 8 bilhões de investimentos por parte de indústrias. Outros R$ 15 bilhõesestão em análise para 2012, sendo que parte desse valor será proveniente de cooperativas de produção agropecuária. “Elas têm a previsão de ampliar plantas industriais, o que aumentará as oportunidades para o produtor rural”, destacou.
DESIGUALDADE – Ortigara lembrou as desigualdades existentes no Paraná, com regiões que ainda apresentam elevado contingente de famílias pobres e dificuldade de transferência de tecnologia para esses produtores. Para enfrentar esse drama, o Governo do Estado lançou o programa Pró-Rural, que prevê a aplicação de R$ 131 milhões, em recursos do Banco Mundial, em ações para redução das desigualdades. Os investimentos devem ocorrer principalmente no meio rural, que é a base da economia da maioria dos municípios mais pobres.
“Nessa ação, também será fundamental a parceria com as prefeituras. Os secretários municipais deverão estar atentos às oportunidades de parceria que serão oferecidas pelo Instituto Emater para a ampliação da transferência de tecnologia, tão necessária para promover a competitividade no meio rural”, disse.
COOPERAÇÃO TÉCNICA – Durante o encontro, o diretor-presidente do Iapar, Florindo Dalberto, assinou convênio de cooperação técnica com a cooperativa Coopavel, para pesquisa e transferência de tecnologia para o feijão.
O presidente da Coopavel, Dilvo Groli, falou da responsabilidade que governos, empresas e prefeituras têm com a transmissão de tecnologia para elevar de forma substancial a produção de alimentos. Segundo ele, a população mundial, atualmente estimada em 7 bilhões de pessoas, deverá ultrapassar 9,2 bilhões em 2050.
Para abastecer esse contingente populacional com alimentos, será necessário um crescimento de 70% na agricultura e pecuária. Será necessário ampliar em 86% a produtividade da agropecuária nos próximos 20 anos para abastecer o mundo com alimentos.
Groli tranquilizou os secretários municipais ao afirmar que já existem tecnologias disponíveis para o salto na produtividade. Para isso, eles devem se comprometer a difusão de tecnologia junto ao produtor rural, por meio do comparecimento maciço dos produtores em eventos promovidos em território paranaense – como o próprio Show Rural, que anualmente traz as tecnologias mais avançadas disponíveis no mundo.
O prefeito de Cascavel, Edgar Bueno, também participou do Encontro Estadual de Secretários Municipais de Agricultura.
“O Governo do Estado tem consciência de que não pode fazer tudo sozinho. Somente a integração com as prefeituras permitirá a prestação de serviços de qualidade para a família rural”, disse o secretário estadual da Agricultura, Norberto Ortigara.
Cerca de 300 pessoas, entre secretários e técnicos, participaram da reunião, realizada durante o evento Show Rural. Durante o encontro, foram apresentadas as estratégias de parceria, principalmente na área de extensão rural.
Ortigara identificou dois gargalos que representam um entrave para o crescimento da produtividade e carecem da atuação dos órgãos públicos: a precariedade da logística e a necessidade de se aplicar mais tecnologia para fortalecer e aumentar a eficiência das cadeias produtivas.
Segundo Ortigara, a secretaria e empresas vinculadas vão intensificar, em 2012, a recuperação e manutenção das estradas rurais de todo o Estado – para baratear o custo do frete e facilitar a retirada da produção das propriedades rurais. “Contamos com as prefeituras para potencializar as ações”, disse.
Sobre a necessidade de aumentar a competitividade no campo, Ortigara destacou as oportunidades de integração disponíveis no Paraná. Entre elas está a expansão das ações do Instituto Emater como órgão de extensão rural e orientação técnica aos produtores.
TECNOLOGIAS – Ortigara convidou os secretários municipais a promoverem a ampliação da participação dos produtores rurais em eventos de difusão de tecnologia como o Show Rural, promovido anualmente pela Coopavel, em Cascavel.
No Show Rural, as empresas vinculadas à secretaria, como Instituto Emater e Iapar, têm forte participação junto às cooperativas para divulgar novas tecnologias de produção. De acordo com Ortigara, o Paraná já apresenta um desempenho agrícola acima da média brasileira. O Estado apenas 2,3% do território nacional e uma participação de 20% na produção de grãos – além de manter o posto de segundo maior exportador do agronegócio.
“A agropecuária permitiu ao País, ao longo dos últimos 15 anos, gerar as divisas necessárias para enfrentar crises econômicas mundiais fortíssimas, como a que está acontecendo atualmente”, disse. Segundo Ortigara, as exportações do agronegócio contribuíram para o Brasil acumular mais de US$ 350 bilhões em divisas. “É por isso que devemos estar preparados, cada vez mais, para dar conta do recado”, ressaltou.
De acordo com o secretário, neste ano, somente as cooperativas vão faturar cerca de R$ 30 bilhões, sendo que a maior parte desse valor vem de produtos processados. “Isso nos mostra um caminho. Daqui a algumas décadas, não venderemos nada que não tenha valor agregado”, observou.
Ortigara disse que a meta do Estado é criar as condições para que a produção agropecuária seja integralmente processada aqui mesmo, de preferência de forma associativa e cooperativa. “É a chance do agricultor participar mais do preço final do produto”.
O secretário lembrou que, em 2011, o Governo do Estado fez parcerias que resultaram em R$ 8 bilhões de investimentos por parte de indústrias. Outros R$ 15 bilhõesestão em análise para 2012, sendo que parte desse valor será proveniente de cooperativas de produção agropecuária. “Elas têm a previsão de ampliar plantas industriais, o que aumentará as oportunidades para o produtor rural”, destacou.
DESIGUALDADE – Ortigara lembrou as desigualdades existentes no Paraná, com regiões que ainda apresentam elevado contingente de famílias pobres e dificuldade de transferência de tecnologia para esses produtores. Para enfrentar esse drama, o Governo do Estado lançou o programa Pró-Rural, que prevê a aplicação de R$ 131 milhões, em recursos do Banco Mundial, em ações para redução das desigualdades. Os investimentos devem ocorrer principalmente no meio rural, que é a base da economia da maioria dos municípios mais pobres.
“Nessa ação, também será fundamental a parceria com as prefeituras. Os secretários municipais deverão estar atentos às oportunidades de parceria que serão oferecidas pelo Instituto Emater para a ampliação da transferência de tecnologia, tão necessária para promover a competitividade no meio rural”, disse.
COOPERAÇÃO TÉCNICA – Durante o encontro, o diretor-presidente do Iapar, Florindo Dalberto, assinou convênio de cooperação técnica com a cooperativa Coopavel, para pesquisa e transferência de tecnologia para o feijão.
O presidente da Coopavel, Dilvo Groli, falou da responsabilidade que governos, empresas e prefeituras têm com a transmissão de tecnologia para elevar de forma substancial a produção de alimentos. Segundo ele, a população mundial, atualmente estimada em 7 bilhões de pessoas, deverá ultrapassar 9,2 bilhões em 2050.
Para abastecer esse contingente populacional com alimentos, será necessário um crescimento de 70% na agricultura e pecuária. Será necessário ampliar em 86% a produtividade da agropecuária nos próximos 20 anos para abastecer o mundo com alimentos.
Groli tranquilizou os secretários municipais ao afirmar que já existem tecnologias disponíveis para o salto na produtividade. Para isso, eles devem se comprometer a difusão de tecnologia junto ao produtor rural, por meio do comparecimento maciço dos produtores em eventos promovidos em território paranaense – como o próprio Show Rural, que anualmente traz as tecnologias mais avançadas disponíveis no mundo.
O prefeito de Cascavel, Edgar Bueno, também participou do Encontro Estadual de Secretários Municipais de Agricultura.