O Governo do Paraná está investindo R$ 8,5 milhões para custear uma série de atendimentos de saúde na cidade de Cascavel, na região Oeste. Segundo o prefeito Leonaldo Paranhos, este aporte extra foi decisivo para que a prefeitura tivesse condições de desapropriar o antigo Hospital Santa Catarina e pudesse transformá-lo em um futuro hospital público municipal.
O repasse do Estado deve ser utilizado exclusivamente no pagamento de procedimentos de média e alta complexidade, como consultas, exames, internações, tratamentos clínicos e cirúrgicos, entre outros. Contudo, este apoio permitiu que a prefeitura tivesse recursos próprios para pagar o valor necessário para a desapropriação desta estrutura, que era privada e agora ofertará atendimento gratuito pelo SUS.
Para o secretário estadual da Saúde, Michele Caputo Neto, a abertura deste hospital será fundamental para reorganizar o sistema de saúde de Cascavel, desafogando serviços de referência como o Hospital Universitário e o Hospital São Lucas.
“A implantação de um novo hospital em Cascavel foi um compromisso assumido pelo governador Beto Richa e está no nosso plano de governo. Quando recebemos esta proposta da prefeitura de desapropriar um hospital já existente, de imediato nos colocamos à disposição e buscamos uma maneira de apoiar o município neste projeto”, afirma Caputo Neto.
ESTRUTURA - O governo estadual também será parceiro da prefeitura na compra de equipamentos para o hospital. “Além de um raio-x, de última geração, queremos ajudar com parte dos aparelhos, mobiliário e equipamentos. Lembrando que criamos um fundo específico para equipar hospitais municipais, no valor de R$ 300 mil”, informou secretário, durante visita ao prédio.
Inicialmente, a estrutura deve abrigar a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Brasília, que passará por uma ampla reforma e fica a 1.500 metros do antigo Hospital Santa Catarina. Enquanto isso, os serviços serão transferidos para o local, cujo prédio necessita de poucas adequações físicas.
LEITOS - De acordo com o prefeito Paranhos, a aquisição do hospital complementa o sistema de saúde de Cascavel, pois possibilitará a criação de novos leitos de retaguarda. “A UPA deve funcionar aqui por uns oito, nove meses. Neste período, faremos um plano diretor para o hospital. A intenção é definir sua vocação, captar recursos, equipamentos e também contratar novos profissionais”, relatou.
Atualmente, o prédio conta com instalações que permitem a abertura de 60 leitos de internação, quatro salas cirúrgicas, Unidade de Terapia Intensiva com 10 leitos de internação, mais um de isolamento, além de consultórios e outras alas importantes.
O secretário de saúde de Cascavel, Rubens Griep, ressalta que a ideia é oferecer serviços de baixa e média complexidade no hospital, localizado em uma região bastante populosa da cidade. “Por sermos um polo macrorregional, nossos hospitais foram se consolidando como serviços de alta complexidade. Por isso, hoje temos um deficit de leitos de menor complexidade tanto na área clínica, quanto na cirúrgica”, esclarece.