O Governo do Estado liberou mais R$ 4,7 milhões para a revitalização da bacia do Rio Iguaçu. A medida foi autorizada pela governadora em exercício Cida Borghetti nesta semana. Os recursos serão utilizados pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos em projetos com o objetivo de despoluir o Rio Belém, um dos principais afluentes do Iguaçu na região de Curitiba.
Cida é a coordenadora do grupo de trabalho criado em 2015 pelo governador Beto Richa para executar o projeto de Revitalização do Rio Iguaçu. “O rio é um símbolo do Paraná e agora está recebendo a atenção que merece”, afirmou ela.
INTEGRADOS - O Governo do Estado e a Prefeitura de Curitiba já trabalham integrados em projetos e ações para a revitalização do Belém, o único rio 100% urbano da capital e o principal da bacia de Curitiba, com aproximadamente 17 quilômetros de extensão.
Segundo o secretário estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Antonio Carlos Bonetti, a escolha do Belém para a execução dos projetos é estratégica. “O Rio apresenta altos níveis de poluição da água e diferentes estágios de ocupação urbana”, disse Bonetti.
PROJETO – Entre as ações e projetos a serem implementados no Rio Belém está em análise um sistema natural de tratamento (fitofiltragem), que utiliza raízes de plantas locais no processo de purificação da água, batizado de “jardins filtrantes”.
A técnica é utilizada em vários países para tratamento de esgoto e recuperação de cursos d’água. Possui baixo custo de implantação e ganhou reconhecimento internacional após ter sido utilizado na despoluição do Rio Sena, na França. Além disso, possui característica paisagística.
“Os jardins filtrantes terão como objetivo a melhoria da qualidade da água, mas terão também um efeito paisagístico, dando um novo aspecto ao sistema de tratamento ao longo do rio, repaginando o visual de áreas degradadas”, informa o coordenador de Recursos Hídricos da Secretaria do Meio Ambiente, José Luiz Scroccaro. “Será implantado ainda um sistema de oxigenação da água por meio de pilares de madeira cravados no leito (soleiras), finaliza Scroccaro.