O Governo do Estado lançou nesta quinta-feira (10), na região dos Campos Gerais, o projeto Renda Agricultor Familiar, uma nova ação do programa Família Paranaense, que até 2019 alcançará 5.600 famílias que moram em áreas rurais em todo o Paraná. A solenidade de lançamento nos Campos Gerais aconteceu em Imbaú, e reuniu mais de 200 pessoas do município, além de Ivaí, Ortigueira, Reserva, São João do Triunfo, Tibagi e Ventania.
O benefício que transfere um valor fixo às famílias de baixa renda que vivem na área rural. São beneficiadas 121 famílias nos sete municípios. Juntas elas receberão R$ 335 mil para investirem em projetos de melhoria da qualidade da água e do saneamento, melhoria da produção de alimentos para o consumo próprio ou para a geração de renda. Para atender a todas as famílias previstas no projeto, que é promovido pela Secretaria de Estado da Família e Desenvolvimento Social, em parceria com a Emater, o investimento chegará a 14 milhões.
Para a secretária de Estado da Família e Desenvolvimento Social, Fernanda Richa, o projeto traz melhorias na qualidade de vida das famílias que vivem no campo e que vivem em situação de vulnerabilidade social. “Com o dinheiro que recebem, as famílias selecionadas podem investir em suas residências ou nas áreas que cultivam, melhorando assim a situação em que vivem ou a renda familiar”, diz.
COMBATE DESIGUALDADE - Para o secretário da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, a iniciativa combate a desigualdade social no Estado. Segundo ele, o Paraná é conhecido pela elevada eficiência na produção de alimentos, com uma diversidade de agricultores profissionalizados, que geram riqueza no Estado venda de produtos no mercado interno e externo. “Mas há aqueles que não têm condições de sobrevivência e também não sabem como acessar os serviços públicos, mercados e por aí vai. E eles precisam de um empurrãozinho para alcançar uma vida digna”, disse.
Na avaliação de Ortigara, esse programa tem o grande mérito de reunir várias secretárias – Família e Desenvolvimento Social, Saúde, Educação, Agricultura e Emater - para identificar as famílias, orientá-las e acompanhá-las durante todas as fases do projeto.
De acordo com a extensionista da Emater de Ponta Grossa, Terezinha Sandri, na região dos Campos Gerais, foram identificadas inicialmente 153 famílias em situação de vulnerabilidade econômica e social que agora estão sendo atendidas pelo Estado.
COMO FUNCIONA - O Renda Agricultor Familiar oferece às famílias selecionadas um benefício no valor único de R$ 2 mil ou R$ 3 mil, dependendo da renda familiar. O recurso deve ser investido em um projeto pré-definido entre a família e os técnicos da Emater, conforme necessidade. Desde a elaboração até a implantação, elas são acompanhadas e orientadas pelo órgão, que também avalia os resultados.
A primeira etapa do projeto teve início em novembro do ano passado e beneficiou 49 famílias que vivem em Inácio Martins, Doutor Ulysses e São João do Triunfo. Atualmente, 181 famílias estão com projetos sendo desenvolvidos pelos técnicos da Emater.
As famílias foram selecionadas de acordo com os critérios do benefício. Além de ser acompanhadas pelo Família Paranaense, elas devem viver na área rural, sobreviver da agricultura e ter renda per capita mensal de até R$ 170 por mês.
Além dos municípios dos Campos Gerais também participam Agudos do Sul, Almirante Tamandaré, Arapuã, Bocaiúva do Sul, Campo do Tenente, Cerro Azul, Antônio Olinto, Faxinal, General Carneiro, Grandes Rios, Imbaú, Itaperuçu, Ivaí, Marilândia do Sul, Mauá da Serra, Novo Itacolomi, Ortigueira, Paula Freitas, Piraí do Sul, Piraquara, Porto Vitória, Reserva, Tibagi, Tijucas do Sul, Tunas do Paraná e Ventania.
FAMÍLIA PARANAENSE - Lançado em 2012, o Família Paranaense é o principal programa do Governo do Estado para a superação da pobreza no Paraná. O atendimento às famílias em situação de risco e vulnerabilidade social é feito por meio de ações articuladas de 19 secretarias e órgãos estaduais. Desde a sua implantação, já chega a 243,8 mil o total de famílias atendidas em todos os municípios do Estado. Até junho deste ano, foram investidos R$ 131 milhões em ações como transferência de renda, apoio financeiro aos municípios para o atendimento à população e projetos voltados para crianças e adolescentes.
Box
Projeto apresenta bons resultados e anima agricultoras
Giovana Aparecida de Paula, 42 anos, de São José do Triunfo está animada. Ela tem uma área pouco menor que um hectare e uma casa com duas peças, herdada do pai. Ela e o marido trabalham na colheita do fumo, que não dura mais do que três meses no ano. Eles guardam o que ganham para sobreviverem, em cinco pessoas, o ano inteiro.
Com os R$ 2 mil que ganhou, Giovana aplicou R$ 1 mil na construção de um banheiro dentro de casa, e colocou instalações para água encanada no tanque e na cozinha. “Esse dinheiro foi uma benção. Mudou a minha vida. Agora tenho banho quente todos os dias dentro de casa”, comemorou.
Com os outros R$ 1mil plantou 400 pés de erva-mate e agora está na expectativa de obter renda com a venda da produção, daqui há dois anos. “Não vejo a hora de ter renda no inverno para passar os meses que não tem serviço”, disse.
Outra agricultora que feliz é sua sobrinha e vizinha, Everilda Cordeiro de Paula, de 25 anos, que mora com um filho e os pais. À exemplo da tia, também recebeu R$ 2 mil e aplicou R$ 1 mil na construção de um banheiro dentro de casa. “Também mudou a minha vida e agora a gente trabalha mais disposta”, disse. Antes, Everilda percorria de 80 a 200 metros longe de casa para buscar água para usar em casa.
Todos esses projetos foram acompanhados pelos técnicos da Emater, que orientam toda a execução, explicou Arnaldo Panzarini. Ele apresentou os resultados do projeto-piloto executado no município de São João do Triunfo, na região de Ponta Grossa, onde 28 famílias foram atendidas na primeira etapa do projeto no final de 2015.
Foi um projeto-piloto que incentivou a implantação de hortas, plantio de erva-mate, milho, pomar e a criação de galinhas e suínos. “As famílias não tinham sequer banheiros em casa e viviam com dificuldade para captar uma água de qualidade para beber. O que parece pouco para muita gente é um ganho enorme para estas famílias
Panzarini destacou ainda que a melhora da qualidade da água tem reflexos na saúde das famílias. É possível ainda a redução de gastos no tratamento de doenças veiculadas pelo consumo de água não potável e pela contaminação do solo e dos mananciais hídricos.
O benefício que transfere um valor fixo às famílias de baixa renda que vivem na área rural. São beneficiadas 121 famílias nos sete municípios. Juntas elas receberão R$ 335 mil para investirem em projetos de melhoria da qualidade da água e do saneamento, melhoria da produção de alimentos para o consumo próprio ou para a geração de renda. Para atender a todas as famílias previstas no projeto, que é promovido pela Secretaria de Estado da Família e Desenvolvimento Social, em parceria com a Emater, o investimento chegará a 14 milhões.
Para a secretária de Estado da Família e Desenvolvimento Social, Fernanda Richa, o projeto traz melhorias na qualidade de vida das famílias que vivem no campo e que vivem em situação de vulnerabilidade social. “Com o dinheiro que recebem, as famílias selecionadas podem investir em suas residências ou nas áreas que cultivam, melhorando assim a situação em que vivem ou a renda familiar”, diz.
COMBATE DESIGUALDADE - Para o secretário da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, a iniciativa combate a desigualdade social no Estado. Segundo ele, o Paraná é conhecido pela elevada eficiência na produção de alimentos, com uma diversidade de agricultores profissionalizados, que geram riqueza no Estado venda de produtos no mercado interno e externo. “Mas há aqueles que não têm condições de sobrevivência e também não sabem como acessar os serviços públicos, mercados e por aí vai. E eles precisam de um empurrãozinho para alcançar uma vida digna”, disse.
Na avaliação de Ortigara, esse programa tem o grande mérito de reunir várias secretárias – Família e Desenvolvimento Social, Saúde, Educação, Agricultura e Emater - para identificar as famílias, orientá-las e acompanhá-las durante todas as fases do projeto.
De acordo com a extensionista da Emater de Ponta Grossa, Terezinha Sandri, na região dos Campos Gerais, foram identificadas inicialmente 153 famílias em situação de vulnerabilidade econômica e social que agora estão sendo atendidas pelo Estado.
COMO FUNCIONA - O Renda Agricultor Familiar oferece às famílias selecionadas um benefício no valor único de R$ 2 mil ou R$ 3 mil, dependendo da renda familiar. O recurso deve ser investido em um projeto pré-definido entre a família e os técnicos da Emater, conforme necessidade. Desde a elaboração até a implantação, elas são acompanhadas e orientadas pelo órgão, que também avalia os resultados.
A primeira etapa do projeto teve início em novembro do ano passado e beneficiou 49 famílias que vivem em Inácio Martins, Doutor Ulysses e São João do Triunfo. Atualmente, 181 famílias estão com projetos sendo desenvolvidos pelos técnicos da Emater.
As famílias foram selecionadas de acordo com os critérios do benefício. Além de ser acompanhadas pelo Família Paranaense, elas devem viver na área rural, sobreviver da agricultura e ter renda per capita mensal de até R$ 170 por mês.
Além dos municípios dos Campos Gerais também participam Agudos do Sul, Almirante Tamandaré, Arapuã, Bocaiúva do Sul, Campo do Tenente, Cerro Azul, Antônio Olinto, Faxinal, General Carneiro, Grandes Rios, Imbaú, Itaperuçu, Ivaí, Marilândia do Sul, Mauá da Serra, Novo Itacolomi, Ortigueira, Paula Freitas, Piraí do Sul, Piraquara, Porto Vitória, Reserva, Tibagi, Tijucas do Sul, Tunas do Paraná e Ventania.
FAMÍLIA PARANAENSE - Lançado em 2012, o Família Paranaense é o principal programa do Governo do Estado para a superação da pobreza no Paraná. O atendimento às famílias em situação de risco e vulnerabilidade social é feito por meio de ações articuladas de 19 secretarias e órgãos estaduais. Desde a sua implantação, já chega a 243,8 mil o total de famílias atendidas em todos os municípios do Estado. Até junho deste ano, foram investidos R$ 131 milhões em ações como transferência de renda, apoio financeiro aos municípios para o atendimento à população e projetos voltados para crianças e adolescentes.
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Projeto apresenta bons resultados e anima agricultoras
Giovana Aparecida de Paula, 42 anos, de São José do Triunfo está animada. Ela tem uma área pouco menor que um hectare e uma casa com duas peças, herdada do pai. Ela e o marido trabalham na colheita do fumo, que não dura mais do que três meses no ano. Eles guardam o que ganham para sobreviverem, em cinco pessoas, o ano inteiro.
Com os R$ 2 mil que ganhou, Giovana aplicou R$ 1 mil na construção de um banheiro dentro de casa, e colocou instalações para água encanada no tanque e na cozinha. “Esse dinheiro foi uma benção. Mudou a minha vida. Agora tenho banho quente todos os dias dentro de casa”, comemorou.
Com os outros R$ 1mil plantou 400 pés de erva-mate e agora está na expectativa de obter renda com a venda da produção, daqui há dois anos. “Não vejo a hora de ter renda no inverno para passar os meses que não tem serviço”, disse.
Outra agricultora que feliz é sua sobrinha e vizinha, Everilda Cordeiro de Paula, de 25 anos, que mora com um filho e os pais. À exemplo da tia, também recebeu R$ 2 mil e aplicou R$ 1 mil na construção de um banheiro dentro de casa. “Também mudou a minha vida e agora a gente trabalha mais disposta”, disse. Antes, Everilda percorria de 80 a 200 metros longe de casa para buscar água para usar em casa.
Todos esses projetos foram acompanhados pelos técnicos da Emater, que orientam toda a execução, explicou Arnaldo Panzarini. Ele apresentou os resultados do projeto-piloto executado no município de São João do Triunfo, na região de Ponta Grossa, onde 28 famílias foram atendidas na primeira etapa do projeto no final de 2015.
Foi um projeto-piloto que incentivou a implantação de hortas, plantio de erva-mate, milho, pomar e a criação de galinhas e suínos. “As famílias não tinham sequer banheiros em casa e viviam com dificuldade para captar uma água de qualidade para beber. O que parece pouco para muita gente é um ganho enorme para estas famílias
Panzarini destacou ainda que a melhora da qualidade da água tem reflexos na saúde das famílias. É possível ainda a redução de gastos no tratamento de doenças veiculadas pelo consumo de água não potável e pela contaminação do solo e dos mananciais hídricos.