Governo garante criação de batalhão da Polícia Militar na RMC

O secretário da Segurança Pública, Reinaldo de Almeida César, anunciou nesta segunda-feira (31) as ações prioritárias para o combate ao tráfico de drogas, redução dos índices de criminalidade e a qualificação da Polícia Militar e Civil
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31/01/2011 - 17:30
Editoria

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O secretário estadual da Segurança Pública, Reinaldo de Almeida César, anunciou em entrevista para a rádio Band News, na manhã desta segunda-feira (31), as ações prioritárias de sua gestão para o combate ao tráfico de drogas, redução dos índices de criminalidade e a qualificação da Polícia Militar e Civil.
As principais medidas anunciadas são a criação do segundo batalhão de Polícia Militar na Região Metropolitana de Curitiba; a reativação dos módulos policiais; o fim da intervenção militar no Instituto Médico Legal; a criação da unidade da Polícia Civil responsável por apurar os crimes que não foram resolvidos; e o sistema de Boletins de Ocorrência por internet.
“A população do Paraná precisa sentir a polícia nas ruas. Temos que trabalhar a passos largos para que essas ações sejam implementadas. Vamos atuar de forma pontual em regiões que apresentam os maiores índices de criminalidade. Fazendo com que haja mais policiamento preventivo e ostensivo”, disse Almeida César.
O secretário afirmou que a integração é fundamental para o desenvolvimento da segurança pública no estado do Paraná. Segundo ele, é necessário que os policiais militares, guardas municipais e policiais civis atuem em conjunto.
“Precisamos atuar de maneira integrada, com a atuação conjunta das polícias estaduais e as forças de segurança nacional. É importante o apoio da população na formação de um grande pacto pela vida. Vamos formar um cinturão de proteção no Paraná. Um Paraná unido é mais forte e seguro,” afirmou o secretário.
Almeida César disse ainda que o sistema de atendimento (190) será aperfeiçoado com profissionais e equipamentos suficientes para suprir a demanda da população. “O governador Beto Richa determinou que nós tenhamos em todas as áreas da segurança pública qualidade nas prestações de serviço à população. Serviços prestados com humanidade e rapidez”.
Confira alguns trechos da entrevista de
Reinaldo de Almeida César:
INSTITUTO MÉDICO LEGAL – “A questão do IML é desumana, precisamos ainda esse ano resolver de forma definitiva todos os problemas existentes. Não podemos permitir que o corpo demore até quatorze horas para ser liberado. Quero anunciar em primeira mão que a intervenção no IML vai acabar. Não é possível termos um quadro de intervenção em um sistema tão importante. Tenho zelo por essa área, em menos de um mês o IML terá uma nova direção, com o perfil de gestão pública avançada.”
EFETIVO POLICIAL – “Vamos trabalhar para aproveitar eventuais remanescentes de concursos públicos. Nossos quadros de profissionais estão defasados, mas com o tempo iremos contratar mais policiais para fazerem a segurança do povo paranaense. Temos que fazer uma formação técnica e de qualidade para eles atuarem na corporação com princípios éticos, atitudes claras de cidadania e atendimento à população.”
PRESOS EM DELEGACIAS - “Esse é um dos quadros mais perversos e dramáticos que eu vi nos primeiros dias como secretário da Segurança. Tem 17 mil presos indevidamente custodiados em delegacias de polícia. Junto com a Secretaria de Justiça vamos corrigir e fazer a transferência gradativa desses presos.”
FORÇA SAMURAI – “Não tem sentido que nessa gestão nós eliminaríamos uma unidade tão importante da Polícia Militar que é a Força Samurai. Ao contrário, todas as ações e projetos que se revelam importantes para a segurança pública serão mantidos e aperfeiçoados, a exemplo da atuação Força Samurai. Vamos fortalecer essa instituição fundamental.”
REGIÃO DE FRONTEIRA – “O Paraná tem uma configuração geográfica extraordinária, só que isso gera uma tensão adicional na área da segurança pública. Para se ter uma ideia, o Paraná tem 139 municípios que são considerados cidades estratégicas em segurança. Tem 20 municípios que estão na linha de fronteira, precisamos fazer um trabalho integrado. Vou fazer uma proposição objetiva para o Ministério da Justiça, de trabalhar de forma integrada nessas regiões e os resultados certamente vão acontecer. É importante atuar firme nos municípios de divisa com Mato Grosso do Sul e São Paulo.”

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