Para diminuir as despesas, o Governo do Estado estuda substituir parte da frota de veículos utilizados em serviços administrativos por aplicativos de transporte. O edital para a contratação do serviço está sendo preparado pela Secretaria de Estado da Administração e Previdência e deve ser lançado nas próximas semanas. A informação foi confirmada nesta terça-feira (11) pelo secretário da pasta, Fernando Ghignone, durante a reunião do secretariado no Palácio Iguaçu, que contou com a presença da governadora Cida Borghetti.
A governadora afirmou que toda a equipe está comprometida em buscar soluções para reduzir os gastos públicos. “Nossa determinação é melhorar o serviço prestado pelo governo sem onerar os cofres públicos, por isso é importante que cada secretaria faça a sua parte e busque medidas para conter as despesas”, afirmou Cida Borghetti.
A substituição pode restringir o uso, em um primeiro momento, de cerca de 1,3 mil carros da frota do Estado. Os veículos estão lotados em diversos órgãos públicos para realização de serviços administrativos em Curitiba e municípios do entorno e podem dar lugar às plataformas de transporte já regularizadas na região.
O modelo é inspirado no que foi implantado no ano passado pela Prefeitura e pelo Governo de São Paulo. A medida será exclusiva para a frota a administrativa, sem impactar nas viaturas das polícias e Corpo de Bombeiros ou no serviço das ambulâncias.
O governo também prevê criar uma central única de frota para administrar os carros oficiais utilizados por secretários e dirigentes de estatais, que vai disponibilizar os veículos a partir da demanda. “São soluções para otimizar os recursos do Estado. O dinheiro que sobrar pode ser aplicado em outras áreas importantes, como na saúde e educação”, afirmou Ghignone.
TELEFONIA – Outra ação de economia apresentada pelo secretário é nos serviços de telefonia. O Governo do Estado faz uma economia significativa com a migração das ligações de celular convencionais para comunicação por aplicativos como o Whatsapp. “O teto mensal do convênio com a operadora de telefonia é de R$ 6 milhões, mas gastamos cerca de um sexto disso”, explicou Ghignone. “Mais recursos podem ser economizados com a mudança de hábito dos funcionários. Com isso, cumprimos nossa determinação de fazer mais gastando menos”, afirmou o secretário do Desenvolvimento Urbano, Sílvio Barros.
REDUÇÃO DA POBREZA – Durante a reunião, a secretária estadual da Família e Desenvolvimento Social, Fernanda Richa, apresentou um balanço dos programas assistenciais do Governo do Estado, como o Família Paranaense, que melhoraram as condições de vida de famílias de 95% dos municípios do Estado.
“São números que superam a nossa expectativa. Em todos os municípios que tiveram benefícios, 75% das famílias melhoraram sua qualidade de vida”, afirmou a secretária. “Não é utopia erradicar a pobreza e a miséria, basta ter determinação e trabalhar com transparência em ações concretas”, ressaltou.
O dado tem como base uma análise feita pela pasta da evolução média do Índice de Vulnerabilidade das Famílias do Paraná (IVF-PR) no período entre 2013 e 2017. O indicador foi desenvolvido pela própria secretaria, em parceria com o Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), levando em conta quatro fatores: adequação do domicílio; perfil e composição da família; acesso ao trabalho e renda; e condições de escolaridade.
Segundo o levantamento, em 381 dos 399 municípios do Estado, as famílias apresentaram melhoria nas condições de vida, de escolaridade e de acesso ao trabalho e renda.
No geral, a média de redução do índice médio de vulnerabilidade das famílias foi de 11%, sendo que o município com melhor resultado chegou a reduzir 35%. Em 2013, a média dos índices dos municípios era 0,2743. Quatro anos depois, esse número caiu para 0,2447.