Governo estabelece novo horizonte para a logística do Paraná

Ações em diferentes áreas demonstram a preocupação do Estado em estabelecer uma política multimodal, baseada em modernos conceitos logísticos.
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04/05/2011 - 11:10

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O secretário da Infraestrutura e Logística, José Richa Filho, fez nesta terça-feira (3), um balanço do primeiro quadrimestre de sua gestão. “Um novo horizonte logístico está se abrindo no Paraná”, disse o secretário. Para ele, essa realidade começou a ser delineada com o início da dragagem no Porto de Paranaguá, com o lançamento do edital para o estudo de viabilidade dos novos ramais da Ferroeste pelo governo federal, através da estatal Valec, com a elaboração do Plano Aeroviário para o Estado, já em discussão com a Secretaria Nacional de Aviação Civil, e com a contratação do Plano Diretor para o transporte intermunicipal de passageiros.
Para o secretário, as quatro ações em diferentes modais de transportes demonstram a preocupação do governo estadual em estabelecer uma política multimodal, baseada em modernos conceitos logísticos e amparados nas necessidades de mercado. Ele ainda destacou que as ações visam trazer mais qualidade e menor custo aos serviços públicos, além de propiciar parcerias com a iniciativa privada. “Estamos trabalhando firmemente no planejamento viário para que o Paraná seja uma referência de eficiência logística no âmbito do Cone Sul”, acrescentou.
DRAGAGEM - Em relação ao Porto de Paranaguá, José Richa Filho ressaltou que após muitas idas e vindas, finalmente a dragagem do terminal teve início no governo de Beto Richa, trazendo novo alento aos operadores portuários. A dragagem emergencial foi realizada em fevereiro passado e já está impactando nas operações, uma vez que os navios que carregam em Paranaguá estão saindo com carga plena. Os serviços custaram R$ 2,5 milhões e foram pagos com recursos estaduais.
Embora tenha sido feita a dragagem de uma parte do terminal, as conversas com os órgãos ambientais estão adiantadas e a expectativa é de que logo se iniciem os trabalhos de dragagem nos berços de atracação de navios e no canal de acesso à baía. “Defendemos, como meta de governo, a efetivação de projetos portuários que possam se transformar em obras que atendam os portos paranaenses, gerando mais empregos e renda no litoral e nas regiões produtoras do interior que exportam pelos nossos terminais marítimos”, informa Richa Filho, ressaltando que os investimentos no Porto de Paranaguá devem chegar a R$ 1,1 bilhão nos próximos anos.
NOVA FERROESTE - O secretário lembrou que nesses primeiros quatro meses de governo uma antiga aspiração dos produtores paranaenses e de estados vizinhos começou a se tornar realidade: o edital com os termos da concorrência para a contratação da empresa que vai elaborar os Estudos de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (EVTEA) dos novos ramais da Ferroeste. O documento foi publicado no início do mês passado pela Valec, empresa do Governo Federal. A União está aportando R$ 6,5 milhões para o estudo.
O projeto contempla a adequação e implantação da ligação ferroviária de Maracaju, no Mato Grosso do Sul ao Porto de Paranaguá (Maracaju-Dourados-Cascavel e Guarapuava-Engenheiro Bley-Paranaguá). O edital também contempla a implantação a linha que compõe a Ferrovia Norte-Sul, no trecho de Panorama, em São Paulo, ao Porto Rio Grande, no Rio Grande do Sul, com mais R$ 8,3 milhões de recursos do tesouro federal.
PLANO DIRETOR - José Richa Filho lembrou ainda a elaboração do Plano Diretor do Transporte Coletivo Rodoviário Intermunicipal de Passageiros, sob responsabilidade do Departamento de Estradas de Rodagem (DER). O plano vem depois de uma década de espera. “Existe a necessidade de rever os atuais contratos das linhas de transporte coletivo rodoviário”, afirmou o secretário. “Para isso, a empresa deverá fazer um estudo multidisciplinar a fim de chegarmos a soluções modernas para um serviço de importância básica para a mobilidade da população”.
A previsão é de que os trabalhos tenham duração de doze meses, após o que o DER poderá licitar os trajetos. Atualmente, 49 empresas de transporte intermunicipal de passageiros atuam no Paraná, operando com 2.480 veículos e transportando anualmente 61 milhões de passageiros.
PLANO AEROVIÁRIO - No segmento aeroviário, o secretário complementou que o Governo do Paraná está preocupado com o Plano Aeroviário Estadual. “São necessárias obras nos aeroportos essenciais para a logística da Copa do Mundo, e a instalação de aeroportos regionais que visam interiorizar o desenvolvimento no Estado”. No final de abril, José Richa Filho esteve em Brasília, com o ministro da Secretaria de Aviação Civil, Wagner Bittencourt de Oliveira, para mostrar as necessidades aeroviárias do Paraná.
“As obras de ampliação do Aeroporto Afonso Pena são importantes pela proximidade da Copa do Mundo e da mesma forma, o Aeroporto de Foz do Iguaçu necessita de ampliações e obras de modernização, uma vez que atrairá grande número de turistas que vêm assistir aos jogos do Mundial com venda casada de pacotes de turismo para conhecer as Cataratas”, explicou. Para que tudo isso seja possível, o secretário acredita na possibilidade de implementar, no Estado, com a ajuda do Governo Federal, investimento através de Parcerias Público Privadas (PPPs). Nos últimos 15 anos, o número de passageiros nos aeroportos públicos paranaenses cresceu 204%.

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