Comunidades rurais que não tinham acesso à água encanada, localizadas em 143 municípios do Estado, passarão a tê-la com o auxílio do Governo do Estado. A governadora Cida Borghetti autorizou nesta terça-feira (3), em solenidade no Palácio Iguaçu, em Curitiba, mais uma etapa do programa Água no Campo, que viabiliza a perfuração de poços artesianos em áreas isoladas. O investimento soma R$ 7,7 milhões.
Desde o início do projeto, coordenado pelo Instituto Águas do Paraná, cerca de 100 poços foram perfurados no Estado. Para esta edição estão previstas mais 252 escavações. “É um programa que mostra que o Governo do Paraná tem um olhar para as pessoas que vivem nas pequenas cidades, em especial aquelas que moram em regiões rurais afastadas, que não têm tanto acesso aos serviços públicos como aquelas que vivem em grandes cidades”, disse Cida.
INVESTIMENTOS – Do total de investimentos, R$ 4,7 milhões são do Bird (Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento) para construir 43 poços em 39 municípios por meio do programa de Microbacias do Instituto das Águas do Paraná. Além da perfuração, o projeto inclui estudos hidrogeológicos, limpeza, desinfecção, testes de vazão, análise de água e elaboração de projetos de sistema de abastecimento das localidades contempladas.
O restante dos investimentos, que somam R$ 3 milhões, são recursos do Tesouro Estadual para beneficiar com 209 poços artesianos as famílias rurais de 108 municípios paranaenses. “Nesta etapa, o Estado faz as perfurações, mas cabe às prefeituras articular com a comunidade local, comprar redes, adquirir caixa da água e tomar as demais providências para levar água potável encanada diretamente às residências”, disse o presidente do Instituto das Águas do Paraná, Iram Rezende.
MUDANÇA – Cada município receberá um ou dois poços artesianos, dependendo da necessidade. Em Nova Aurora, no Oeste do Estado, o Governo do Paraná fará perfurações nas comunidades de Marajó e Palmitópolis, que, juntas, concentram cerca de 2 mil pessoas – quase 20% da população da cidade.
Em Marajó, segundo o prefeito Pedro Leandro Neto, chega a faltar água em época de seca e a população sofre com isso. “Agora, com esse poço, vamos mudar a realidade do local. Uma área pobre com água se transforma e fica rica, gerando desenvolvimento e qualidade de vida”, disse ele.
Já as famílias de Palmitópolis, de acordo com o prefeito, precisam da água na agricultura. Como não há no local, os moradores costumam buscá-la em comunidades vizinhas. “A partir da perfuração, vamos aproximar o ponto de abastecimento das pessoas, o que vai agilizar todo o processo e gerar mais desenvolvimento econômico”, disse ele.
AVANÇO – As 150 famílias que vivem na comunidade de Água Amarela de Cima, no município de Antônio Olinto, no Sul do Paraná, ainda utilizam água de córrego para suprir suas necessidades. “Em uma época como hoje é muito difícil ver que ainda existe esse tipo de realidade”, disse o prefeito da cidade, Fábio Machiavelli.
Ele afirmou que com a instalação do posto artesiano, o Governo do Estado será o responsável por realizar um sonho da comunidade. “Um sonho esperado há mais de 30 anos”, finalizou o prefeito.
PRESENÇAS – Participaram da solenidade os deputados estaduais Maria Victoria, Pedro Lupion, Tião Medeiros, Paulo Litro, Cristina Silvestre e Jonas Guimarães.