Governo discute concessão da PR-280
com lideranças e moradores do Sudoeste

A proposta foi tema de audiências públicas realizadas em Pato Branco e Francisco Beltrão, com a participação de lideranças políticas, empresariais, associações e comunidade
Publicação
08/12/2016 - 12:30

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A proposta de concessão PR-280, principal rodovia do Sudoeste do Paraná, foi apresentada pelo Departamento de Estradas de Rodagem (DER-PR) em audiências públicas em Pato Branco e Francisco Beltrão, nesta quarta-feira e quinta-feira (07 e 08). Com previsão de R$ 3,3 bilhões de investimentos em infraestrutura rodoviária durante um período de 25 anos, o projeto foi debatido junto a lideranças políticas, empresariais, associações e a comunidade.
A mediação das audiências foi feita pelo chefe da Casa Civil, Valdir Rossoni, que destacou a importância do diálogo transparente para definir o futuro da concessão. “As audiências foram organizadas para esclarecer as dúvidas da população e das lideranças da região referentes ao estudo do projeto de concessão. Nosso trabalho é para que o Sudoeste tenha uma infraestrutura rodoviária condizente com a sua economia”, afirmou Rossoni.
APOIO INTEGRAL - Os estudos técnicos do DER foram elaborados a partir da proposta de manifestação de interesse (PMI) feita pelo Consórcio Caminhos do Sudoeste. A iniciativa teve o apoio integral de mais de 80 entidades, incluindo a Associação dos Municípios do Sudoeste do Paraná (Amsop) e a Associação das Câmaras Municipais do Sudoeste do Paraná (Acamsop).
O secretário de Infraestrutura e Logística, José Richa Filho, destacou durante as audiências a necessidade de investimentos neste corredor rodoviário, reforçando a importância do diálogo com a comunidade. “A PR-280 é a principal rodovia utilizada tanto pelas grandes cooperativas como pelos pequenos produtores da região para o escoamento dos produtos. Nossa intenção é coletar as opiniões de todos os envolvidos para definir a viabilidade do projeto de concessão”, destacou.
Os principais pontos discutidos foram referentes aos investimentos previstos e a possibilidade de incluir, no futuro, novas obras no projeto. Todas as questões foram recebidas pelos representantes do DER-PR e da Secretaria de Estado da Infraestrutura e Logística, que irá avaliar os posicionamentos das representações políticas, empresariais e da sociedade na formulação final do projeto de concessão.
O PROJETO – Os estudos do DER-PR são voltados à revitalização e modernização de 284,8 quilômetros da rodovia, desde o trecho do entroncamento com a BR-153, em General Carneiro, até a BR-163, distrito de Marmelândia, município de Realeza. No total, os investimentos para a operacionalização, revitalização e manutenção da rodovia durante um período de 25 anos seria de aproximadamente R$ 3,3 bilhões.
O diretor-geral do DER, Nelson Leal Junior, destacou o grande número de investimentos que estão sendo executados nas rodovias paranaenses em parceria com a iniciativa privada. “Nós temos hoje o maior programa de duplicação de rodovia dos últimos 25 anos. Atualmente, estão sendo executados mais de R$ 1,6 bilhão em obras em todo o Paraná que garantem qualidade na prestação de serviços aos usuários”, relatou.
PROPOSTA - A proposta da PR-280 contempla a restauração de todo o trecho da rodovia, implantação de 109,6 quilômetros de terceira faixa, duplicação da travessia urbana de Realeza, implantação de 6,2 quilômetros de vias marginais, 17 interseções em nível (rotatórias), 10 interseções em desnível (viadutos e trincheiras), duas passarelas, correções geométricas de curvas e a instalação de 107 pontos de ônibus.
Os estudos técnicos do DER-PR apontaram a recuperação do pavimento e a implantação de terceiras faixas como as medidas prioritárias para investimentos. O levantamento mostrou que 57% da rodovia apresenta condição ótima ou boa para o tráfego de veículos. Dentro da proposta de concessão, a perspectiva é que em um período de 2 a 9 anos, a execução de obras deixe todo o trecho em estado bom ou ótimo para as condições de tráfego.
Além das obras, o projeto prevê a implantação de seis praças de pedágio ao longo da concessão - em Realeza, Ampére, Francisco Beltrão, Renascença, Clevelândia e Palmas. Toda a estrutura operacional será feita por um Centro de Controle de Operações (CCO), que irá realizar o monitoramento da rodovia e contará com serviços de resgate médico (ambulâncias) e resgate mecânico (guinchos), inspeção de tráfego, pesagem de caminhões, painéis de mensagem veiculares e bases de Serviço de Atendimento ao Usuário (SAU).

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