Governo destina R$ 150 milhões para vigilância em saúde

Com as transferências, prefeituras puderam reforçar o combate à dengue e outras doenças; realizar campanhas de vacinação; investigação e controle de doenças transmissíveis; vigilância sanitária e ambiental; e promover a saúde do trabalhador.
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05/02/2018 - 10:20
Editoria

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Desde 2013, o Governo do Paraná já investiu cerca de R$ 150 milhões na área de Vigilância em Saúde de 399 municípios do Estado por meio do Vigiasus, um dos programas estratégicos da Secretaria de Estado da Saúde, cujo objetivo é qualificar as ações de vigilância das equipes municipais para a proteção da saúde da população.

Com o repasse do Tesouro estadual, as prefeituras puderam reforçar estratégias como o combate à dengue e outras doenças; campanhas de vacinação; investigação e controle de doenças transmissíveis; vigilância sanitária; vigilância ambiental; saúde do trabalhador e também de promoção à saúde.

“A criação desse recurso, algo inédito no país, está transformando a vigilância em saúde no Paraná”, diz o secretário estadual da Saúde, Michele Caputo Neto. Segundo ele, a iniciativa não só apoia financeiramente com valores que muitas vezes chegam a ser maiores do que os repassados pelo Governo Federal, mas também oferece cursos para fortalecer as equipes que atuam na área.

O recurso possibilitou a compra de 579 veículos em 353 municípios paranaenses. O Vigiasus também contabilizou 6.570 equipamentos adquiridos como rede de frio; computadores, impressoras, tablets, notebooks; televisão, caixa de som; ar-condicionado; mobiliário; e outros específicos para os processos de trabalho: câmera fotográfica, GPS, termômetro, medidor de cloro.

BOM USO – O município de Piên, na Região Metropolitana de Curitiba, recebeu R$ 254 mil em recursos do programa e já aplicou 100% do valor. De acordo com a secretária municipal de Saúde, Ângela Grosskopf, até o final de 2016 o setor de Vigilância em Saúde tinha apenas dois funcionários em uma pequena sala.

Com o Vigiasus, a prefeitura reorganizou todo o funcionamento da área. Locaram um espaço maior; adquiriram móveis, equipamentos de informática e de laboratório, compraram veículos, e atualmente contam com sete colaboradores. Segundo Grosskopf, antes da mudança no setor, o município não tinha dados epidemiológicos que amparassem o planejamento de ações e tomada de decisões.

“O Vigiasus foi um divisor de águas para Piên, que agora está vigiando de verdade. Os recursos próprios não eram suficientes; sem o aporte extra do Governo, nunca teria sido possível aplicar tanto dinheiro na Vigilância em Saúde”, fala Grosskopf, que também espera que o programa vire política pública e continue existindo, independente da gestão.

IMPACTO – Em Rio Negro, município a 100 quilômetros da Capital e que faz fronteira com o estado de Santa Catarina, o recurso totalizou R$ 477 mil. A maior parte já foi utilizada para a reforma da sede da Vigilância em Saúde, incluindo a compra de mobiliário e equipamentos; aquisição de três veículos para as vigilâncias Epidemiológica e Sanitária e um de uso exclusivo para o combate à dengue; além de capacitações profissionais e ações educativas.

“A união de tudo isso trouxe resultados positivos para os 34 mil cidadãos de Rio Negro. Ficamos livres da dengue, reduzimos o número de casos de algumas doenças infectocontagiosas e as ações impactaram, até mesmo, na redução da mortalidade infantil em nosso município”, diz a secretária municipal de Saúde de Rio Negro, Simone Gondro.

METAS – O chefe da divisão de Vigilância em Saúde do município de Matelândia, na 9ª Regional de Saúde (Foz do Iguaçu), Leandro Fidelis, comenta que o recurso foi essencial para atingir metas. “Ficava difícil, era um só carro dividido por todas as equipes, tanto as de dengue, quanto as de coleta de água e vigilância sanitária”, conta.

Fidelis também diz que o recurso foi utilizado para a realização de um projeto para garagens dos novos veículos; uniformes e crachás para identificação dos agentes de endemias; equipamentos de informática; ar-condicionado; mobiliário; geladeiras para vacinas e para armazenagem de animais coletados; entre outros. “Fora toda a parte física, também fazemos ações educativas para que a população auxilie neste trabalho tão importante”, acrescenta.

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