As geadas ocorridas no Paraná no final de junho provocaram redução da safra de grãos colhidos no Estado. Levantamento do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (Seab), divulgado nesta quinta-feira (28) revela que a produção total de grãos da safra 2010/11 está estimada em 30,77 milhões de toneladas, com uma queda de 6% em relação à safra anterior, que foi de 32,82 milhões de toneladas. Houve redução de cerca de dois milhões de toneladas no volume total de grãos.
O levantamento aponta que a safra de verão foi bem sucedida em todo o ciclo de desenvolvimento, resultando na colheita de 22,03 milhões de toneladas de grãos, 3% a mais do que o colhido no mesmo período da safra anterior. A produção de soja – que registrou recorde de área plantada, produtividade e produção, com colheita de 15,26 milhões de toneladas – foi decisiva para os bons resultados da safra de verão 2010/11.
O desempenho positivo foi assegurado pelo clima favorável e por uma combinação de fatores que inclui a profissionalização dos agricultores, assistência técnica pública e privada e trabalho das instituições de pesquisa, que juntos vêm apostando na difusão e adoção das tecnologias disponíveis de genética, biotecnologia e práticas integradas de manejo.
INVERNO – Mas, durante o inverno, fatores climáticos adversos – estiagem entre os meses de abril a junho, seguida de geadas severas nos dias 27 e 28 de junho e depois chuvas – provocaram quebras expressivas de produção. A redução da safra de grãos de inverno no Estado deverá chegar a 24% em relação à safra passada. Em 2011, deverão ser colhidas 3,15 milhões de toneladas, 1 milhão de toneladas a menos que em igual período do ano passado, quando foram colhidas 4,15 milhões de toneladas.
A quebra atinge principalmente o milho da segunda safra e o trigo, que são as principais culturas em campo nesse período do ano. No milho da segunda safra a quebra de produção foi de 37%, superior, portanto, à apontada na primeira avaliação após as geadas, que indicava perda de 35% . No trigo, a quebra de produção, inicialmente estimada em 9%, foi de 12%.
Segundo o Deral, o Paraná plantou uma área recorde de 1,72 milhão de hectares de milho da segunda safra, 26% acima da safra anterior (2009/10), com um potencial de produção de 8,19 milhões de toneladas, que acabou não se concretizando. O levantamento mensal da produção referente ao mês de julho revela que deverão ser colhidos 5,19 milhões de toneladas. Só nessa cultura, são 3 milhões de toneladas de grãos a menos, provocando prejuízos da ordem de R$ 1,22 bilhão aos produtores.
As regiões mais atingidas com a quebra de produção de milho da segunda safra foram a Oeste, Centro-Oeste e Norte do Estado. As regiões Oeste e Centro-Oeste, que concentram 52% da produção do milho-safrinha, registraram quebras de produção de 37% e de 26%, respectivamente. A região Norte, responsável por 36% da produção, registrou uma quebra de 45% da produção.
Para a engenheira agrônoma Margorete Demarchi, do Deral, os plantios de milho da segunda safra fora do período de zoneamento agrícola expuseram ainda mais a cultura aos riscos das geadas. Além das perdas em quantidade, a preocupação agora é com a qualidade dos grãos, situação ainda difícil de mensurar. Somente com o avanço da colheita é que serão verificadas as condições de qualidade dos grãos. Uma redução na oferta poderá provocar aumentos de custos nas cadeias produtivas dos suínos e aves, alertou a técnica.
TRIGO – A produção de trigo registrou quebra de 12% na produção. A expectativa era de colher 2,87 milhões de toneladas, mas foi reduzida para 2,53 milhões de toneladas, com prejuízo avaliado em R$ 147 milhões ao produtor.
De acordo com o economista Marcelo Garrido, do Deral, a produção de trigo ainda pode ser recuperada e as perdas provocadas pelas geadas, minimizadas. Isso porque o plantio no Paraná foi concluído recentemente, após a ocorrência das geadas em outras regiões do Estado.
As geadas provocaram ainda prejuízos às pastagens, e redução na captação do leite nas propriedades da ordem de 20%. De acordo com o médico veterinário Fabio Mezadri, do Deral, esse índice pode variar entre as regiões mais ou menos afetadas. O veterinário destacou que existem regiões onde os produtores estão dando alimentação suplementar aos animais para não prejudicar o volume de produção nesse período do ano.
O levantamento aponta que a safra de verão foi bem sucedida em todo o ciclo de desenvolvimento, resultando na colheita de 22,03 milhões de toneladas de grãos, 3% a mais do que o colhido no mesmo período da safra anterior. A produção de soja – que registrou recorde de área plantada, produtividade e produção, com colheita de 15,26 milhões de toneladas – foi decisiva para os bons resultados da safra de verão 2010/11.
O desempenho positivo foi assegurado pelo clima favorável e por uma combinação de fatores que inclui a profissionalização dos agricultores, assistência técnica pública e privada e trabalho das instituições de pesquisa, que juntos vêm apostando na difusão e adoção das tecnologias disponíveis de genética, biotecnologia e práticas integradas de manejo.
INVERNO – Mas, durante o inverno, fatores climáticos adversos – estiagem entre os meses de abril a junho, seguida de geadas severas nos dias 27 e 28 de junho e depois chuvas – provocaram quebras expressivas de produção. A redução da safra de grãos de inverno no Estado deverá chegar a 24% em relação à safra passada. Em 2011, deverão ser colhidas 3,15 milhões de toneladas, 1 milhão de toneladas a menos que em igual período do ano passado, quando foram colhidas 4,15 milhões de toneladas.
A quebra atinge principalmente o milho da segunda safra e o trigo, que são as principais culturas em campo nesse período do ano. No milho da segunda safra a quebra de produção foi de 37%, superior, portanto, à apontada na primeira avaliação após as geadas, que indicava perda de 35% . No trigo, a quebra de produção, inicialmente estimada em 9%, foi de 12%.
Segundo o Deral, o Paraná plantou uma área recorde de 1,72 milhão de hectares de milho da segunda safra, 26% acima da safra anterior (2009/10), com um potencial de produção de 8,19 milhões de toneladas, que acabou não se concretizando. O levantamento mensal da produção referente ao mês de julho revela que deverão ser colhidos 5,19 milhões de toneladas. Só nessa cultura, são 3 milhões de toneladas de grãos a menos, provocando prejuízos da ordem de R$ 1,22 bilhão aos produtores.
As regiões mais atingidas com a quebra de produção de milho da segunda safra foram a Oeste, Centro-Oeste e Norte do Estado. As regiões Oeste e Centro-Oeste, que concentram 52% da produção do milho-safrinha, registraram quebras de produção de 37% e de 26%, respectivamente. A região Norte, responsável por 36% da produção, registrou uma quebra de 45% da produção.
Para a engenheira agrônoma Margorete Demarchi, do Deral, os plantios de milho da segunda safra fora do período de zoneamento agrícola expuseram ainda mais a cultura aos riscos das geadas. Além das perdas em quantidade, a preocupação agora é com a qualidade dos grãos, situação ainda difícil de mensurar. Somente com o avanço da colheita é que serão verificadas as condições de qualidade dos grãos. Uma redução na oferta poderá provocar aumentos de custos nas cadeias produtivas dos suínos e aves, alertou a técnica.
TRIGO – A produção de trigo registrou quebra de 12% na produção. A expectativa era de colher 2,87 milhões de toneladas, mas foi reduzida para 2,53 milhões de toneladas, com prejuízo avaliado em R$ 147 milhões ao produtor.
De acordo com o economista Marcelo Garrido, do Deral, a produção de trigo ainda pode ser recuperada e as perdas provocadas pelas geadas, minimizadas. Isso porque o plantio no Paraná foi concluído recentemente, após a ocorrência das geadas em outras regiões do Estado.
As geadas provocaram ainda prejuízos às pastagens, e redução na captação do leite nas propriedades da ordem de 20%. De acordo com o médico veterinário Fabio Mezadri, do Deral, esse índice pode variar entre as regiões mais ou menos afetadas. O veterinário destacou que existem regiões onde os produtores estão dando alimentação suplementar aos animais para não prejudicar o volume de produção nesse período do ano.