Depois de uma viagem à Austrália, o professor curitibano Marcos Juliano Ofenbock trouxe na bagagem a ideia que culminou na criação de uma nova modalidade esportiva: o futsac, que caiu no gosto das crianças e jovens e vai entrar na matriz curricular das escolas estaduais a partir do próximo ano.
O esporte genuinamente paranaense é uma mistura de futevôlei, tênis e futebol, praticado com uma bolinha recheada de plástico. Desde a ideia original até agora se passaram 18 anos e nesse período o jogo foi reconhecido legalmente e hoje o tem mais de mil praticantes em todo o Brasil, além de uma confederação própria. Até o atual campeão brasileiro da modalidade é um atleta paranaense.
Com isso aconteceu? O inventor explica. “Quando fazia intercâmbio na Austrália, em 1998, conheci o footbag, graças a um amigo neozelandês que amava futebol tanto quanto eu. Aprendi a jogar, gostei de brincar e imaginei que aqui faria o maior sucesso por aqui. Na volta, comecei a desenvolver a ideia de criar um esporte novo em Curitiba, mas isso só aconteceu mesmo em 2002, algum tempo depois da viagem que me inspirou. Enfim, fui adaptando a bolinha, os primeiros protótipos eu enchia com arroz”, lembra.
RESPONSABILIDADE SOCIAL - E o professor colocou mesmo a mão na massa, aprendendo até a fazer crochê para desenvolver uma capa de bolinha que atendesse às características do esporte ainda em fase de criação. “Precisava ser leve, maleável. Aí eu mesmo comecei a costurar as primeiras bolinhas do esporte, até aprendi a fazer crochê e com isso, em 2006, montamos uma Associação Curitibana de Crochê que conta hoje com cerca de 50 mulheres associadas. Elas fazem as bolinhas do esporte. O recheio delas é de plástico de garrafa PET reciclada. Dessa maneira, o futsac cumpre também sua responsabilidade social, seja com a associação de crocheteiras ou com o meio ambiente, por causa do plástico granulado reciclado”, conta o inventor, destacando que o futsac é o único esporte do mundo que envolve a arte do crochê.
“Foi uma luta para conseguir emplacar o futsac como esporte. Estudei muito as regras de esportes de redes no Brasil e no mundo, desenvolvi a quadra, as regras, a formação de árbitros. Só em 2014 apresentei ao Ministério do Esporte e o futsac foi reconhecido. E também o governador Beto Richa assinou a lei 18739/2016, a Lei do Futsac”, lembra ele.
“Para se ter uma ideia, os últimos esportes a serem reconhecidos foram o futebol de botão, peteca e futebol de areia e o futevôlei, estes últimos na década de 70”, relata o professor.
Marcos é um entusiasta do esporte e pratica um pouco de tudo, inclusive surfe, quando sobra tempo na agenda. “Eu vejo em qualquer esporte um grande aliado no desenvolvimento das crianças e jovens, pois ele ajuda a formar o ser humano: aprender a ganhar, a perder, a cooperar e a ter disciplina. Isso é fundamental na vida de qualquer pessoa”, avalia.
REGRAS PRÓPRIAS – O Futsac é praticado com uma bolinha recheada de plástico granulado, em uma quadra que mede 10 metros x 5 metros, com uma rede divisória de 1,5 metro de altura.
O objetivo é derrubar a bolinha no campo adversário, sem utilizar as mãos. Só é permitido usar pés, pernas, tronco e cabeça para tocar na bolinha. São disputados três sets, até 21 pontos.
CAPACITAÇÃO - Marcos, que estudou Economia e Jornalismo e é arqueólogo autodidata, atua como professor da rede privada, mas vai fazer a capacitação dos professores da rede estadual. Além de preparar uma apostila e a capacitação online, ele também estará disponível para palestras e orientações nas regionais de ensino por todo o Paraná.
Na última semana, ele visitou a Secretaria de Estado da Educação, para explicar a modalidade, e foi recebido pela secretária Ana Seres. “Para nós é motivo de orgulho ter uma modalidade criada e reconhecida no Paraná”, disse Ana Seres.
A superintendente da educação, Fabiana Campos, destaca que, além do benefício trazido pela prática do esporte, a inclusão do futsac em aulas de educação física é “uma maneira de valorizar e homenagear uma modalidade criada aqui na nossa terra”.
BOX - LINHA DO TEMPO DO ESPORTE:
Em 2007 aconteceu o primeiro campeonato de Futsac, no imóvel que hoje é a sede da Confederação Brasileira e a sede da Associação Curitibana de Crochê.
Santa Catarina sedia, em 2008, o primeiro campeonato brasileiro com atletas paranaenses e catarinenses.
As primeiras quadras públicas do esporte são inauguradas em 2010, no parque Barigui em Curitiba.
Em 2012 foi criada a Confederação Brasileira de Futsac (CBFSAC), com três federações estaduais filiadas: Paranaense, Catarinense e Gaúcha.
No ano de 2014 foi reconhecido como esporte pelo Ministério do Esporte
Também em 2014 o Conselho Federal de Educação Física, o CONFEF, reconhece o Futsac como esporte
Em 2016, tanto o município de Curitiba quanto o Estado do Paraná sancionam leis reconhecendo a modalidade.
O atual Campeão Brasileiro da modalidade é um atleta paranaense, o Marcelo Skrzyszoski que ganhou o campeonato brasileiro realizado no último dia 26 de novembro.
O esporte genuinamente paranaense é uma mistura de futevôlei, tênis e futebol, praticado com uma bolinha recheada de plástico. Desde a ideia original até agora se passaram 18 anos e nesse período o jogo foi reconhecido legalmente e hoje o tem mais de mil praticantes em todo o Brasil, além de uma confederação própria. Até o atual campeão brasileiro da modalidade é um atleta paranaense.
Com isso aconteceu? O inventor explica. “Quando fazia intercâmbio na Austrália, em 1998, conheci o footbag, graças a um amigo neozelandês que amava futebol tanto quanto eu. Aprendi a jogar, gostei de brincar e imaginei que aqui faria o maior sucesso por aqui. Na volta, comecei a desenvolver a ideia de criar um esporte novo em Curitiba, mas isso só aconteceu mesmo em 2002, algum tempo depois da viagem que me inspirou. Enfim, fui adaptando a bolinha, os primeiros protótipos eu enchia com arroz”, lembra.
RESPONSABILIDADE SOCIAL - E o professor colocou mesmo a mão na massa, aprendendo até a fazer crochê para desenvolver uma capa de bolinha que atendesse às características do esporte ainda em fase de criação. “Precisava ser leve, maleável. Aí eu mesmo comecei a costurar as primeiras bolinhas do esporte, até aprendi a fazer crochê e com isso, em 2006, montamos uma Associação Curitibana de Crochê que conta hoje com cerca de 50 mulheres associadas. Elas fazem as bolinhas do esporte. O recheio delas é de plástico de garrafa PET reciclada. Dessa maneira, o futsac cumpre também sua responsabilidade social, seja com a associação de crocheteiras ou com o meio ambiente, por causa do plástico granulado reciclado”, conta o inventor, destacando que o futsac é o único esporte do mundo que envolve a arte do crochê.
“Foi uma luta para conseguir emplacar o futsac como esporte. Estudei muito as regras de esportes de redes no Brasil e no mundo, desenvolvi a quadra, as regras, a formação de árbitros. Só em 2014 apresentei ao Ministério do Esporte e o futsac foi reconhecido. E também o governador Beto Richa assinou a lei 18739/2016, a Lei do Futsac”, lembra ele.
“Para se ter uma ideia, os últimos esportes a serem reconhecidos foram o futebol de botão, peteca e futebol de areia e o futevôlei, estes últimos na década de 70”, relata o professor.
Marcos é um entusiasta do esporte e pratica um pouco de tudo, inclusive surfe, quando sobra tempo na agenda. “Eu vejo em qualquer esporte um grande aliado no desenvolvimento das crianças e jovens, pois ele ajuda a formar o ser humano: aprender a ganhar, a perder, a cooperar e a ter disciplina. Isso é fundamental na vida de qualquer pessoa”, avalia.
REGRAS PRÓPRIAS – O Futsac é praticado com uma bolinha recheada de plástico granulado, em uma quadra que mede 10 metros x 5 metros, com uma rede divisória de 1,5 metro de altura.
O objetivo é derrubar a bolinha no campo adversário, sem utilizar as mãos. Só é permitido usar pés, pernas, tronco e cabeça para tocar na bolinha. São disputados três sets, até 21 pontos.
CAPACITAÇÃO - Marcos, que estudou Economia e Jornalismo e é arqueólogo autodidata, atua como professor da rede privada, mas vai fazer a capacitação dos professores da rede estadual. Além de preparar uma apostila e a capacitação online, ele também estará disponível para palestras e orientações nas regionais de ensino por todo o Paraná.
Na última semana, ele visitou a Secretaria de Estado da Educação, para explicar a modalidade, e foi recebido pela secretária Ana Seres. “Para nós é motivo de orgulho ter uma modalidade criada e reconhecida no Paraná”, disse Ana Seres.
A superintendente da educação, Fabiana Campos, destaca que, além do benefício trazido pela prática do esporte, a inclusão do futsac em aulas de educação física é “uma maneira de valorizar e homenagear uma modalidade criada aqui na nossa terra”.
BOX - LINHA DO TEMPO DO ESPORTE:
Em 2007 aconteceu o primeiro campeonato de Futsac, no imóvel que hoje é a sede da Confederação Brasileira e a sede da Associação Curitibana de Crochê.
Santa Catarina sedia, em 2008, o primeiro campeonato brasileiro com atletas paranaenses e catarinenses.
As primeiras quadras públicas do esporte são inauguradas em 2010, no parque Barigui em Curitiba.
Em 2012 foi criada a Confederação Brasileira de Futsac (CBFSAC), com três federações estaduais filiadas: Paranaense, Catarinense e Gaúcha.
No ano de 2014 foi reconhecido como esporte pelo Ministério do Esporte
Também em 2014 o Conselho Federal de Educação Física, o CONFEF, reconhece o Futsac como esporte
Em 2016, tanto o município de Curitiba quanto o Estado do Paraná sancionam leis reconhecendo a modalidade.
O atual Campeão Brasileiro da modalidade é um atleta paranaense, o Marcelo Skrzyszoski que ganhou o campeonato brasileiro realizado no último dia 26 de novembro.
