Fórum quer reduzir a taxa de mortalidade de micro e pequenas empresas

Ao assumir nesta terça-feira (29) a presidência do Fórum das Micro e Pequenas Empresas, o secretário da Indústria e Comércio, Ricardo Barros, disse que é preciso capacitar os empreendedores
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29/03/2011 - 17:40
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Um dos desafios do Fórum Regional Permanente das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte do Paraná é contribuir para a redução da taxa de mortalidade dos empreendimentos. A afirmação foi feita nesta terça-feira (29) pelo secretário da Indústria, do Comércio e Assuntos do Mercosul, Ricardo Barros, ao assumir a presidência do Fórum, durante a 1ª reunião ordinária de 2011, realizada na sede do Sebrae, em Curitiba.
Segundo Ricardo Barros, uma das alternativas é a capacitação dos empreendedores e futuros empreendedores. “Temos que orientar, passar informações por meio de encontros, reuniões, palestras e ações para reduzir significativamente a taxa de mortalidade. Em uma pequena cidade, o fechamento de uma empresa pode ocasionar um grande e problemático efeito, com reflexos para diversas famílias”, diz.
O Fórum é a instância governamental competente para cuidar dos aspectos não-tributários relativos ao tratamento diferenciado às micro e pequenas empresas e empreendedores. É formado por 32 representantes dos poderes públicos estadual e federal, do Sebrae e por entidades de representação empresarial (contábil, bancos e universidades). O Fórum paranaense é considerado referência nacional e foi utilizado como modelo por outros estados.
Ricardo Barros acrescenta que o Fórum também tem que trabalhar junto às prefeituras e lideranças municipais para definir o foco de atuação da economia local. “A maior parte das cidades que deram certo possui um foco específico, determinado. Isso ocorre em Arapongas com os móveis, em Apucarana com produção de bonés, em Cianorte com as confecções, em Pato Branco com tecnologia e em outras tantas cidades”
METAS – Além dos dois assuntos abordados pelo secretário, o Fórum possui mais quatro metas definidas: a implantação da lei geral estadual, a criação de um fundo de aval, a formatação da lei de inovação do Paraná e a implantação da lei geral das micro e pequenas empresas em todos os municípios paranaenses. Atualmente, 68 cidades ainda não possuem legislação municipal sobre o tema.
Para Ricardo, essa consolidação no interior vai possibilitar a criação de milhares de empregos e de oportunidades para os jovens que hoje têm que sair das suas cidades em busca de trabalho em municípios de médio ou grande porte. “A industrialização do interior é uma das metas do governador Beto Richa”, salienta.
O secretário da Fazenda, Luiz Carlos Hauly, reconhecido pelo trabalho em prol do fortalecimento das micro e pequenas empresas na Câmara Federal, disse ter certeza que a criação da grande classe média brasileira passa pelo fortalecimento do setor: “As micro e pequenas empresas são os pontos-chave para o desenvolvimento da economia brasileira”.
O Fórum parananense é dividido em sete comitês temáticos: racionalização legal e burocrática, investimento e financiamento, formação e capacitação empreendedora, tecnologia e inovação, comércio exterior e integração internacional, acesso aos mercados e acompanhamento tributário.
Na mesma reunião, o diretor-geral da secretaria, Ercilio Santinoni – que é também presidente da Federação das Associações de Micro e Pequenas Empresas do Estado do Paraná (Fampepar) e da Confederação Nacional da Micro e Pequena Empresa (Conampe) – assumiu o cargo de secretário técnico do Fórum. O presidente da Agência de Fomento do Paraná, Juraci Barbosa Sobrinho, também participou do encontro.

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