Pela primeira vez desde que foi criada, em 1988, a Estrada de Ferro Paraná Oeste S.A. (Ferroeste) investirá na compra de locomotivas próprias. A aquisição de cinco novas máquinas, que acaba de ser autorizada pelo governador Beto Richa, dobrará a capacidade de tração da empresa e é mais um passo no processo de recuperação da Ferroeste iniciado este ano. Serão investidos R$ 8 milhões, com recursos do Fundo de Desenvolvimento Econômico (FDE) do Estado.
“Estamos investindo para que a Ferroeste volte a ser referência”, disse o governador ao anunciar a medida. Ele lembrou que a licitação anterior foi suspensa em razão do elevado custo financeiro – sete locomotivas do mesmo modelo por R$ 25 milhões. “Conseguimos interromper o processo antigo, agindo com rigor absoluto e austeridade nos gastos”, disse Richa.
De acordo com o diretor presidente da Ferroeste, Maurício Querino Theodoro, a licitação para compra das locomotivas deverá ser aberta em janeiro e a previsão é que elas comecem a rodar no segundo semestre de 2012.
A Ferroeste conta hoje com 10 locomotivas (todas alugadas), das quais seis operantes e uma em recuperação. São máquinas com 1.300 HP de potência. As novas máquinas terão entre 2.400 e 3 mil HP. “Hoje, cada locomotiva traciona oito vagões. As novas poderão tracionar entre 14 e 18 vagões cada uma, o que significa atender a um número bem maior de clientes”, explica Theodoro.
Segundo ele, a empresa atende hoje apenas 5% da demanda por transporte ferroviário de produtos do Oeste do Paraná, Sul do Mato Grosso e Paraguai. Com as novas locomotivas, poderá atender cerca de 10%. “Ainda temos um longo caminho a percorrer, mas o governo do Estado tem a firme determinação de recuperar a Ferroeste e fazer dela uma empresa competitiva e capaz de contribuir efetivamente para o desenvolvimento econômico do Estado”, afirma.
INVESTIMENTOS – Quando entrarem em operação, as novas locomotivas rodarão em condições bem melhores que as encontradas pela atual administração na estrutura da Ferroeste. O presidente da empresa conta que um dos primeiros desafios foi reduzir o tempo de viagem dos trens, que levavam até 12 horas para fazer o percurso entre Cascavel e Guarapuava – projetado originalmente para um tempo de oito horas. Dormentes quebrados e equipamentos danificados à beira da ferrovia restringiam a velocidade.
Em parceria com o Departamento de Estradas de Rodagem (DER), a Ferroeste iniciou uma operação de manutenção preventiva na via permanente, limpando as canaletas e retirando um volume de material que já chegou a 2.200 metros cúbicos. Com isso, o tempo de viagem foi reduzido para oito horas.
Além de melhorar a capacidade operacional, o governo também vem investindo para ampliar a capacidade de tração da Ferroeste. Técnicos da estrada de ferro iniciaram a recuperação de locomotivas inservíveis que estavam paradas nos pátios da empresa.
“Pela primeira vez na história da Ferroeste nós recuperamos cinco locomotivas, dentro da nossa oficina, com nossos funcionários e alguns terceirizados, fazendo inclusive a pintura das máquinas”, disse Theodoro.
PEÇAS – A estrutura da Ferroeste também está sendo reforçada graças a um acordo pelo qual o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (DNIT) cedeu à empresa 150 toneladas de material ferroviário, incluindo cerca de 140 mil peças, quatro locomotivas, motores usados, empilhadeiras e outros equipamentos. O material pertenceu à antiga Rede Ferroviária Federal.
De acordo com Theodoro, a Ferroeste já recebeu duas carretas com materiais e até metade de janeiro chegarão mais sete. As locomotivas deverão ser entregues até fevereiro. Depois de recuperadas, elas serão colocadas em operação. “Equivalerá a colocar para rodar mais seis máquinas, aumentando em 60% a capacidade de tração atual”, diz o presidente da empresa.
As peças cedidas pelo DNIT formarão um estoque suficiente para os próximos 10 anos, garantindo economia à ferrovia paranaense. O gasto da Ferroeste com peças este ano foi de R$ 2,7 milhões.
EXPANSÃO – No balanço de ações do ano, Theodoro também destaca o projeto de expansão da Ferroeste de Cascavel até Dourados e Maracaju, no Mato Grosso do Sul, passando por Guaíra, e de Guarapuava ao Porto de Paranaguá. “Estamos com um projeto de viabilidade técnica, econômica e ambiental junto à Valec”, disse o presidente da empresa, referindo-se à estatal vinculada ao Ministério dos Transportes. De acordo com ele, informações do ministério dão conta de que o processo deverá ser reaberto no primeiro trimestre de 2012.
“Estamos investindo para que a Ferroeste volte a ser referência”, disse o governador ao anunciar a medida. Ele lembrou que a licitação anterior foi suspensa em razão do elevado custo financeiro – sete locomotivas do mesmo modelo por R$ 25 milhões. “Conseguimos interromper o processo antigo, agindo com rigor absoluto e austeridade nos gastos”, disse Richa.
De acordo com o diretor presidente da Ferroeste, Maurício Querino Theodoro, a licitação para compra das locomotivas deverá ser aberta em janeiro e a previsão é que elas comecem a rodar no segundo semestre de 2012.
A Ferroeste conta hoje com 10 locomotivas (todas alugadas), das quais seis operantes e uma em recuperação. São máquinas com 1.300 HP de potência. As novas máquinas terão entre 2.400 e 3 mil HP. “Hoje, cada locomotiva traciona oito vagões. As novas poderão tracionar entre 14 e 18 vagões cada uma, o que significa atender a um número bem maior de clientes”, explica Theodoro.
Segundo ele, a empresa atende hoje apenas 5% da demanda por transporte ferroviário de produtos do Oeste do Paraná, Sul do Mato Grosso e Paraguai. Com as novas locomotivas, poderá atender cerca de 10%. “Ainda temos um longo caminho a percorrer, mas o governo do Estado tem a firme determinação de recuperar a Ferroeste e fazer dela uma empresa competitiva e capaz de contribuir efetivamente para o desenvolvimento econômico do Estado”, afirma.
INVESTIMENTOS – Quando entrarem em operação, as novas locomotivas rodarão em condições bem melhores que as encontradas pela atual administração na estrutura da Ferroeste. O presidente da empresa conta que um dos primeiros desafios foi reduzir o tempo de viagem dos trens, que levavam até 12 horas para fazer o percurso entre Cascavel e Guarapuava – projetado originalmente para um tempo de oito horas. Dormentes quebrados e equipamentos danificados à beira da ferrovia restringiam a velocidade.
Em parceria com o Departamento de Estradas de Rodagem (DER), a Ferroeste iniciou uma operação de manutenção preventiva na via permanente, limpando as canaletas e retirando um volume de material que já chegou a 2.200 metros cúbicos. Com isso, o tempo de viagem foi reduzido para oito horas.
Além de melhorar a capacidade operacional, o governo também vem investindo para ampliar a capacidade de tração da Ferroeste. Técnicos da estrada de ferro iniciaram a recuperação de locomotivas inservíveis que estavam paradas nos pátios da empresa.
“Pela primeira vez na história da Ferroeste nós recuperamos cinco locomotivas, dentro da nossa oficina, com nossos funcionários e alguns terceirizados, fazendo inclusive a pintura das máquinas”, disse Theodoro.
PEÇAS – A estrutura da Ferroeste também está sendo reforçada graças a um acordo pelo qual o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (DNIT) cedeu à empresa 150 toneladas de material ferroviário, incluindo cerca de 140 mil peças, quatro locomotivas, motores usados, empilhadeiras e outros equipamentos. O material pertenceu à antiga Rede Ferroviária Federal.
De acordo com Theodoro, a Ferroeste já recebeu duas carretas com materiais e até metade de janeiro chegarão mais sete. As locomotivas deverão ser entregues até fevereiro. Depois de recuperadas, elas serão colocadas em operação. “Equivalerá a colocar para rodar mais seis máquinas, aumentando em 60% a capacidade de tração atual”, diz o presidente da empresa.
As peças cedidas pelo DNIT formarão um estoque suficiente para os próximos 10 anos, garantindo economia à ferrovia paranaense. O gasto da Ferroeste com peças este ano foi de R$ 2,7 milhões.
EXPANSÃO – No balanço de ações do ano, Theodoro também destaca o projeto de expansão da Ferroeste de Cascavel até Dourados e Maracaju, no Mato Grosso do Sul, passando por Guaíra, e de Guarapuava ao Porto de Paranaguá. “Estamos com um projeto de viabilidade técnica, econômica e ambiental junto à Valec”, disse o presidente da empresa, referindo-se à estatal vinculada ao Ministério dos Transportes. De acordo com ele, informações do ministério dão conta de que o processo deverá ser reaberto no primeiro trimestre de 2012.