Ferroeste recebe empresários paraguaios no Terminal de Cascavel

Grupo do país vizinho está investindo em instalações alfandegadas para retomar a exportação de granéis pelo Paraná
Publicação
07/10/2011 - 17:30

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O presidente da Ferroeste, Maurício Querino Theodoro, visitou nesta sexta-feira (7) o pátio da empresa em Cascavel. Ele verificou a evolução das obras que estão sendo realizadas no terminal ferroviário, acompanhado do presidente da Companhia de Desenvolvimento Agropecuário do Paraná (Codapar), Silvestre Tino Staniszewski, e do coordenador de um grupo paraguaio que está investindo no Terminal da Ferroeste, Raul Valdez.
A Codapar é a empresa gestora do Porto Seco, que funciona no pátio da Ferroeste, em Cascavel. O porto passou por reestruturação e está sendo reativado. O grupo paraguaio – formado por um pool de cooperativas e cerealistas – está investindo em instalações alfandegadas para grãos e carga geral.
As exportações de granéis do Paraguai, via Porto de Paranaguá, estão praticamente interrompidas há anos. A intenção é voltar a investir na logística ferroviária para exportar pelo porto paranaense. Para isso, a participação da Ferroeste, segundo os paraguaios, é fundamental.
Na quinta-feira (6), durante uma reunião empresarial, Theodoro informou que a intenção da nova diretoria da Ferroeste (com o apoio do secretário da Infraestrutura e Logística, José Richa Filho) é recuperar o material rodante da empresa, focando-se em novas parcerias. A meta é atingir, a médio e longo prazo, a movimentação de até 20 milhões de toneladas por ano com a expansão da linha de Guarapuava até Paranaguá.
Theodoro falou sobre os atuais números e as perspectivas para a ferrovia nos próximos anos, tendo em vista os projetos que ligam Cascavel a Maracaju (MS) e Guarapuava ao Porto de Paranaguá, com a finalidade de eliminar gargalos históricos no setor ferroviário do Paraná.
OBJETIVOS – O governo estadual, por determinação do governador Beto Richa, está atento para promover mudanças que levem a ferrovia a cumprir seus objetivos. À medida que o volume transportado aumentar, até 30 milhões, o valor do frete cairá gradualmente até chegar, em média, a 25%.
A empresa também está trabalhando na manutenção de suas linhas entre Cascavel e Guarapuava. A previsão é de que as obras fiquem prontas até novembro. A correção das linhas, com investimento de R$ 450 mil, vai ampliar o número de viagens em oito por mês.
Hoje, os trens demoram 12 horas para vencer o percurso, mas pode fazer até em 7h30.
Theodoro também disse que parcerias público-privadas deverão injetar mais de R$ 50 milhões em novos investimentos na Ferroeste. Por outro lado, a empresa vai investir na compra de cinco novas locomotivas a quantia de R$ 8 milhões e aguarda a liberação dos valores.

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