Fernanda Richa quer transformar o Paraná em modelo no atendimento social

Transformar o Paraná em um estado modelo no atendimento social às famílias mais desamparadas
Publicação
06/03/2011 - 08:50
Editoria

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Como está o início do trabalho à frente da secretaria?
Fernanda Richa – Estamos fazendo um levantamento e colocando nosso pessoal em todos os programas que existiam na Secretaria da Criança e Juventude. Tivemos algumas surpresas. O governo não estava desenvolvendo ações eficientes de assistência para a população. É preciso organizar melhor as coisas. Estamos trabalhando fortemente nisso para, num segundo momento, começar a desenvolver os projetos e programas pertinentes à nova Secretaria da Família e Desenvolvimento Social. Quando anunciou a criação da nova secretaria, o governador Beto Richa garantiu que ela terá papel fundamental no atendimento de todos os cidadãos.
Quais os principais programas que serão desenvolvidos?
Fernanda Richa – Primeiramente, vamos nos estruturar. Em seguida, passaremos para a implementação de programas como o Família Paranaense, que visa melhorar as condições de vida das famílias com maior grau de vulnerabilidade social. Temos também o Serviço de Proteção Social Básica e a implantação das redes regionais de Proteção Social Especial de Média e Alta Complexidade. Com o Família Paranaense, as famílias serão integradas à rede social de atendimento dos municípios, bem como às políticas sociais, de educação, saúde, segurança alimentar, habitação, cultura e esporte e lazer.
Sua experiência à frente do serviço social de Curitiba pode ajudar nesta nova tarefa?
Fernanda Richa – Quando fui presidente da Fundação de Ação Social (FAS) de Curitiba, conseguimos transformar a capital em uma referência na assistência social no País. Implantamos 45 unidades dos Centros de Referência da Assistência Social e 10 unidades dos Centros de Referência Especializados de Assistência Social. Fizemos um trabalho muito bom, sempre em parceria com a comunidade. É dessa forma que desejamos trabalhar no Paraná, com todos os prefeitos e secretários, para que possamos por em prática os programas que planejamos e que realmente farão a promoção da família. Esse é o nosso carro-chefe, objetivo principal.
Qual é a situação financeira da secretaria?
Fernanda Richa – A situação está realmente complicada. Hoje, o saldo é insuficiente para atender as necessidades da população. Temos que buscar novas maneiras de arrecadar, trabalhar com muita parceria e responsabilidade para que possamos colocar em ordem o programa de assistência social do nosso estado. Temos muitos planos e projetos. Independente das dificuldades, vamos atender a todos os cidadãos necessitados do nosso Paraná.
Como sanear o orçamento para executar os programas?
Fernanda Richa – Vamos atuar com muita criatividade, buscar recursos de emendas parlamentares e realizar parcerias com entidades privadas que possam nos dar suporte para desenvolver os programas sociais. Esperamos realizar boas parcerias com empresas, atuando em sinergia.
O que a população do Paraná pode esperar da sua equipe nos próximos quatro anos?
Fernanda Richa – Somos um grupo forte que trabalha junto há cinco anos e meio. Formamos uma equipe que se dedicou a um trabalho semelhante na prefeitura de Curitiba e colocou a cidade numa situação privilegiada e exemplar. Com esse mesmo grupo, nós vamos percorrer todo o Estado e fazer com que todas as pessoas tenham oportunidades, capacitação e melhores condições de vida. A ideia é tirar famílias da situação de pobreza para que tenham independência e escolham os próprios caminhos, sem necessitar da tutela do Estado. É isso que nós buscamos.
Será uma atuação integrada com órgãos do governo federal?
Fernanda Richa – Sem dúvida. Há poucos dias estive reunida em Brasília com a ministra Tereza Campelo (Desenvolvimento Social). Destacamos que o Paraná não vai fazer assistencialismo, vai trabalhar para a promoção e geração de renda das famílias. Vamos atuar com outras secretarias do Estado para que possamos realmente promover as famílias, independentemente do município onde estejam. Atuaremos de modo a respeitar o perfil de cada cidade no que toca à assistência social.

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