Fernanda Richa destaca importância
do Outubro Rosa e das ações sociais

Secretária da Família e Desenvolvimento Social alerta que exames preventivos são essenciais no combate a graves doenças, como o câncer, e fala sobre a campanha do Governo do Estado
Publicação
07/10/2016 - 15:30
Editoria

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Outubro tem cor. É o rosa. O mês se transformou num símbolo de que sempre é tempo de olhar para si com a atenção necessária, de que cuidar da própria saúde de forma preventiva é o melhor caminho para uma vida tranquila. Engajada com a causa do Outubro Rosa, a secretária de Estado da Família e Desenvolvimento Social, Fernanda Richa, faz o alerta de que o câncer de mama, doença grave que vitimiza principalmente a população feminina, tem grande chance de ser curado quando descoberto precocemente. Em entrevista, a secretária também destacou os avanços conquistados pelo Paraná na área social. Confira.
O Governo do Estado lançou esta semana uma campanha dedicada à saúde da mulher. Que mensagem a senhora daria para as mulheres neste Outubro Rosa?
FR – O Outubro Rosa é o mês dedicado para lembrar da importância da prevenção do câncer de mama, mas ele é apenas simbólico. Na verdade, o cuidado com a saúde, seja da mulher ou do homem, deve acontecer durante todo o ano. Além do cuidado médico, precisamos manter a cabeça aberta, se permitir mudanças e buscar atividades que nos tragam prazer. Tudo isso ajuda na qualidade de vida das pessoas. É disso que trata a campanha do Governo do Estado deste ano, que tem como tema “Você é uma só. Use o tempo a seu favor”.
O lançamento da campanha aconteceu na última terça-feira (4) e até o fim do mês serão realizadas várias atividades por todo o Estado. Haverá palestras em empresas, intensificação de exames de Papanicolau e de Doenças Sexualmente Transmissíveis, caminhadas e entrega de panfletos.
As pessoas precisam saber que o câncer de mama é o tipo de câncer que mais atinge a população feminina e uma das principais causas de mortes em mulheres no Brasil. Entretanto, quando detectado na fase inicial, as chances de cura são grandes. 95% dos casos diagnosticados precocemente evoluem para a cura com o tratamento adequado.
A garantia dos direitos dos cidadãos é uma das prioridades da Secretaria da Família e Desenvolvimento Social. Como a secretaria atua para alcançar este objetivo?
FR
– Nosso trabalho visa garantir o atendimento da população mais vulnerável. Para chegar a todas as pessoas que mais precisam do apoio do poder público, fazemos investimentos constantes. Desde 2011, a Secretaria da Família e Desenvolvimento Social aplicou mais de R$ 1 bilhão em programas, projetos, serviços e benefícios nas áreas de assistência social e na garantia de direitos da criança e adolescente, da mulher, da pessoa idosa e da pessoa com deficiência. Os recursos são do Fundo Estadual de Assistência Social (Feas), do Fundo Estadual para a Infância e Adolescência (FIA), do Fundo Estadual dos Direitos do Idoso (Fipar) e do Tesouro Estadual.
Buscamos promover um atendimento humano e integral a todos os paranaenses em situação de vulnerabilidade e risco social. E, acima disso, garantir o respeito, a dignidade e os direitos de cada cidadão. Assim, promovemos o fortalecimento da família paranaense como um todo, dando o apoio e suporte necessários para seguirem adiante e superarem as dificuldades da sua realidade.
Onde acontece este atendimento às famílias?
FR –
A rede socioassistencial paranaense conta com 2.179 equipamentos, o que nos coloca em terceiro lugar no ranking nacional. O atendimento às famílias que vivem em vulnerabilidade e risco social acontece principalmente nos Centros de Referência de Assistência Social, que são os CRAS, e nos Centros de Referência Especializados de Assistência Social, os CREAS.
Em cinco anos, investimos R$ 10 milhões na construção de 47 CRAS, que oferecem serviços de proteção social básica. Temos hoje 562 CRAS, o que nos coloca na quinta posição no ranking dos estados que possuem a maior quantidade de CRAS. Isso nos permitiu aumentar em 20% o número de famílias referenciadas para atendimento.
A rede socioassistencial conta ainda unidades de acolhimento, Centros-Dia, Centros da Juventude, Centros de Convivência e Centros POP.
Com o lançamento do programa Família Paranaense, a Secretaria da Família e Desenvolvimento Social deu um grande passo para promover o desenvolvimento das famílias paranaenses?
FR
– O Família Paranaense é nosso principal programa para emancipação das famílias que vivem em situação de vulnerabilidade social e para a superação da pobreza. Desde seu lançamento, em 2012, o programa fez acompanhamento sistemático de quase 36 mi famílias e a transferência de renda para 233 mil famílias que vivem nos 399 municípios do Estado. O investimento no programa chega a R$ 113 milhões.
O Família Paranaense envolve ações de 19 secretarias e órgãos do Estado, em parceria, com as prefeituras. São ações que acontecem principalmente nas áreas da assistência social, educação, saúde, habitação e agricultura.
As famílias são acompanhadas pelo programa durante dois anos e os resultados mostram que estamos no caminho certo. Nosso último levantamento do Índice de Vulnerabilidade das Famílias apontou que essas famílias melhoraram em 33% a qualidade de vida, em comparação com as que não participam do programa.
Outra boa notícia é que as famílias também melhoraram em 65% as condições de moradia e em 60% a condição de escolaridade.
Vale destacar o bom relacionamento com as prefeituras?
FR
- Sem dúvida. Quem executa todos os programas são os municípios. O Estado é o promotor de projetos, o fiscalizador e o monitor. O governo é o parceiro de todos os municípios, para que eles possam desenvolver não só na assistência social, como também na saúde, na educação, em todas as secretarias, todos os programas sugeridos pelo Governo do Estado.
A adesão do município não é obrigatória, ela é espontânea. O município executa conforme a sua necessidade. Deve-se respeitar o perfil territorial, para que a gente possa adequar programas à necessidade de cada município.
A experiência do Família Paranaense colocou o Paraná entre o finalistas de um prêmio nacional.
FR
– Sim. Somos finalistas do Prêmio Rosani Cunha de Desenvolvimento Social, do Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário. O Paraná foi selecionado na modalidade Boas práticas na gestão do Cadastro Único de governos estaduais, por desenvolver o Índice de Vulnerabilidade das Famílias Paranaenses. Estamos concorrendo com os governos estaduais do Pará e Alagoas.
Este prêmio tem o objetivo é identificar e premiar práticas bem-sucedidas e inovadoras na gestão do Cadastro Único nos municípios, estados e no Distrito Federal, a fim de divulgá-las para que possam auxiliar outros entes a aperfeiçoar a gestão do Cadastro Único. O resultado será divulgado no dia 15 de dezembro.
O Índice de Vulnerabilidade das Famílias foi criado em 2012 pela Secretaria da Família e Desenvolvimento Social, em parceria com o Ipardes e é gerado a partir de dados do Cadastro Único para Programas Sociais. Ele contribuiu para a elaboração de políticas públicas no Estado e é usado de base para a seleção e inclusão de famílias no programa Família Paranaense.

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