Exportações do ano passado fecham em alta de 26,31% e superam 2009

Saldo da balança comercial fica em US$ 223 milhões. Estado retorna aos níveis pré-crise internacional
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12/01/2011 - 16:20
Editoria

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As exportações do Paraná, no ano passado, ultrapassaram a barreira de US$ 14,176 bilhões e fecharam o ano com uma alta de 26,31% em comparação com 2009. As importações somaram cerca de US$ 13,9 bilhões, elevação de 45%. O saldo anual positivo foi de US$ 223 milhões para o Paraná, segundo dados divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). Com isto, o Estado retorna aos níveis pré-crise internacional, quando as vendas externas atingiram US$ 15 bilhões, em 2008.
Segundo o secretário da Indústria, do Comércio e Assuntos do Mercosul, Ricardo Barros, os índices mostram o esforço da classe empresarial paranaense em superar adversidades. “Em 2009, período crítico da economia mundial, a balança paranaense teve queda de 26,39%, sobre 2008. Temos uma economia forte, e agora, com o total apoio do Governo do Estado, vamos tornar o Paraná competitivo, apoiar as indústrias e atrair novos investimentos”.
Na semana passada, o governo estadual deu o primeiro passo para a criação de um grupo direcionado ao comércio exterior e a internacionalização do Estado. “A meta é unir entidades e federações no objetivo comum de expandir negócios, fortalecer acordos e ampliar a participação de empresas paranaenses no mercado internacional”, explicou Ricardo Barros.
RANKING – No ranking entre os maiores exportadores, São Paulo liderou com embarques de US$ 52 bilhões, seguido de Minas Gerais, com US$ 31 bilhões, Rio de Janeiro, com US$ 20 bilhões, Rio Grande do Sul, com US$ 15 bilhões, e Paraná com US$ 14,176 bilhões.
Entre os produtos que contabilizaram incremento nas exportações estaduais para o Paraná, destacam-se a soja em grão, com participação de 17% do total das vendas estaduais, cana-de-açúcar, óleo de soja, frango congelado, automóveis e milho. Em relação às importações, o Paraná comprou principalmente óleo bruto de petróleo, automóveis, produtos químicos, circuitos integrados e peças para o setor automotivo.
PAÍSES – Ao longo do ano passado, diversos países se destacaram nas relações comerciais com o Paraná. A China foi o principal comprador de produtos paranaenses, registrando valores acima de US$ 2,276 bilhões e crescimento de 16% sobre o ano passado.
Tradicional parceiro econômico do Estado, a Argentina ficou na segunda colocação, ao gerar compras de US$ 1,622 bilhão e participação de 11,45%. A Alemanha veio na terceira posição, totalizando US$ 997 milhões em produtos estaduais. Nas importações, os principais países de origem de produtos comprados pelos Estado foram China, Argentina e Nigéria.
A força do mercado interno, em especial de consumo de produtos industrializados, tem deixado pouca margem de saldo e até ocasionado déficit na balança comercial no Paraná e em demais estados. Entre os itens que mais cresceram nas importações estaduais estão os chamados bens de capital, que envolvem maquinaria industrial, equipamento móvel de transporte, acessórios, partes e peças para a indústria e máquinas e aparelhos para escritório e científico.
Em novembro, as vendas estaduais atingiram US$ 1,174 bilhão contra US$ 1,381 bilhão nas importações, gerando déficit em cerca de US$ 207 milhões ao Paraná. Em dezembro, o Paraná garantiu a virada, ao fechar o último mês de 2010 com vendas internacionais de US$ 1,124 bilhão, valor bem acima dos US$ 793 milhões no mesmo período de 2009.
Para o secretário Ricardo Barros, é a finalidade dos produtos importados que chama atenção sobre perdas e ganhos da balança comercial paranaense. “Importação não deve ser vista como prejudicial ao Estado. Em inúmeros casos, tais crescimentos representam amostras de ampliações e investimentos industriais que estão ocorrendo por todo o Paraná e serão sinônimos de geração de empregos”.
BRASIL - As exportações brasileiras fecharam o ano passado com recorde histórico de US$ 201,916 bilhões. O número supera as exportações de 2008, com US$ 197,999 bilhões, até então o maior da série histórica. As importações também foram recorde com US$ 181,638 bilhões. O maior resultado das compras externas havia sido igualmente em 2008, com US$ 172,984 bilhões.

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