O Exército Brasileiro vai destacar militares para integrar equipes volantes de fiscalização na região de fronteira internacional do Paraná com Paraguai e Argentina, para evitar a entrada do vírus da febre aftosa no Brasil. A medida atende a um pedido feito pelo governo do Estado e pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. A vigilância será reforçada também por mais 21 funcionários enviados pela Secretaria da Agricultura e do Abastecimento para quatro municípios da região.
O apoio do Exército, em caráter emergencial, foi solicitado na última sexta-feira (30) pelo Ministério da Agricultura, em acordo com o governador Beto Richa, informou o secretário da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, durante reunião do Conselho Estadual de Sanidade Agropecuária (Conesa) realizada nesta segunda-feira (3).
Durante a reunião, o superintendente do ministério no Paraná, Daniel Gonçalves Filho, e o diretor do Departamento de Fiscalização e Defesa Sanitária (Defis), Marco Antonio Teixeira Pinto, fizeram um relato das últimas medidas adotadas pelos governos federal e estadual para reforçar a vigilância e a fiscalização sanitária no Paraná e blindar as áreas de fronteiras internacionais.
O Paraguai está enfrentando um foco de febre aftosa, comunicado às autoridades sanitárias internacionais no dia 17 de setembro. Mas a preocupação do governo paranaense e do Ministério da Agricultura é com a incerteza sobre o grau de disseminação do vírus, uma vez que as autoridades paraguaias não abriram suas fronteiras aos órgãos internacionais.
Segundo Teixeira Pinto, o Paraguai comunicou a ocorrência de febre aftosa no distrito de San Pedro, mas ainda há dúvidas sobre as localidades atingidas. O governo paraguaio informou também o sacrifício de cerca de 800 animais, acompanhada apenas pelo Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA). "Temos suspeita de que o foco pode ser maior que o divulgado e esperamos que o Paraguai abra suas fronteiras aos órgãos internacionais para nos dar a resposta correta", disse.
Enquanto isso não acontece, o Exército aceitou cooperar e está colocando à disposição do ministério 42 militares que vão atuar nas fiscalizações volantes ao longo da fronteira com o Paraguai e Argentina. O Exército já estava presente na área de fronteira em operação contra o tráfico de drogas, denominada Ágata II, e agora vai colaborar de forma integrada com o Ministério da Agricultura, a exemplo do que ocorre no Mato Grosso do Sul, área considerada de alta vigilância.
Segundo Gonçalves, com o reforço do Exército serão 100 profissionais que vão atuar nas fiscalizações volantes, principalmente nas regiões de Capanema e Santo Antonio do Sudoeste, que fazem divisa com a Argentina. A preocupação é que possa ocorrer desvio de gado do Paraguai para o Brasil, passando pela Argentina. Desde que foi comunicado o foco de febre aftosa no Paraguai, o preço da arroba do boi naquele país despencou de R$ 106 para cerca de R$ 50.
MEDIDAS – A superintendência do ministério no Paraná anunciou que enviou bombas pulverizadoras e desinfetantes para as cidades de Foz do Iguaçu, Guaíra e Santa Helena, por onde transitam veículos entre os dois países. Segundo Gonçalves Filho, 100% dos veículos que passam pela fronteira nessas localidades passarão pelo pedilúvio.
O ingresso de produtos e subprodutos de origem animal oriundos do Paraguai permanece suspenso. Segundo o ministério, a cooperação com o Exército inicialmente vai vigorar por um período de 30 dias, que poderá ser estendido para 60 dias ou reduzido, de acordo com a evolução e as informações que as autoridades brasileiras tiverem sobre o foco de aftosa no Paraguai.
A Secretaria da Agricultura e do Abastecimento, por sua vez, enviou 21 funcionários para reforçar o trabalho do ministério. Seis deles foram para Foz do Iguaçu, para em Santa Helena e mais dois para Guaíra. Para os postos fixos de Guaíra e de Porto Camargo, municípios que fazem fronteira com o Mato Grosso do Sul, a Seab enviou cinco e seis funcionários, respectivamente.
Outra medida adotada pela secretaria foi a intensificação da fiscalização das propriedades de maior risco para febre aftosa, na faixa de fronteira. Teixeira Pinto disse que a secretaria está tranquila em relação às medidas adotadas e anunciou para o mês de novembro a segunda etapa da campanha de vacinação contra febre aftosa em todo o rebanho bovino e bubalino do Paraná.
O apoio do Exército, em caráter emergencial, foi solicitado na última sexta-feira (30) pelo Ministério da Agricultura, em acordo com o governador Beto Richa, informou o secretário da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, durante reunião do Conselho Estadual de Sanidade Agropecuária (Conesa) realizada nesta segunda-feira (3).
Durante a reunião, o superintendente do ministério no Paraná, Daniel Gonçalves Filho, e o diretor do Departamento de Fiscalização e Defesa Sanitária (Defis), Marco Antonio Teixeira Pinto, fizeram um relato das últimas medidas adotadas pelos governos federal e estadual para reforçar a vigilância e a fiscalização sanitária no Paraná e blindar as áreas de fronteiras internacionais.
O Paraguai está enfrentando um foco de febre aftosa, comunicado às autoridades sanitárias internacionais no dia 17 de setembro. Mas a preocupação do governo paranaense e do Ministério da Agricultura é com a incerteza sobre o grau de disseminação do vírus, uma vez que as autoridades paraguaias não abriram suas fronteiras aos órgãos internacionais.
Segundo Teixeira Pinto, o Paraguai comunicou a ocorrência de febre aftosa no distrito de San Pedro, mas ainda há dúvidas sobre as localidades atingidas. O governo paraguaio informou também o sacrifício de cerca de 800 animais, acompanhada apenas pelo Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA). "Temos suspeita de que o foco pode ser maior que o divulgado e esperamos que o Paraguai abra suas fronteiras aos órgãos internacionais para nos dar a resposta correta", disse.
Enquanto isso não acontece, o Exército aceitou cooperar e está colocando à disposição do ministério 42 militares que vão atuar nas fiscalizações volantes ao longo da fronteira com o Paraguai e Argentina. O Exército já estava presente na área de fronteira em operação contra o tráfico de drogas, denominada Ágata II, e agora vai colaborar de forma integrada com o Ministério da Agricultura, a exemplo do que ocorre no Mato Grosso do Sul, área considerada de alta vigilância.
Segundo Gonçalves, com o reforço do Exército serão 100 profissionais que vão atuar nas fiscalizações volantes, principalmente nas regiões de Capanema e Santo Antonio do Sudoeste, que fazem divisa com a Argentina. A preocupação é que possa ocorrer desvio de gado do Paraguai para o Brasil, passando pela Argentina. Desde que foi comunicado o foco de febre aftosa no Paraguai, o preço da arroba do boi naquele país despencou de R$ 106 para cerca de R$ 50.
MEDIDAS – A superintendência do ministério no Paraná anunciou que enviou bombas pulverizadoras e desinfetantes para as cidades de Foz do Iguaçu, Guaíra e Santa Helena, por onde transitam veículos entre os dois países. Segundo Gonçalves Filho, 100% dos veículos que passam pela fronteira nessas localidades passarão pelo pedilúvio.
O ingresso de produtos e subprodutos de origem animal oriundos do Paraguai permanece suspenso. Segundo o ministério, a cooperação com o Exército inicialmente vai vigorar por um período de 30 dias, que poderá ser estendido para 60 dias ou reduzido, de acordo com a evolução e as informações que as autoridades brasileiras tiverem sobre o foco de aftosa no Paraguai.
A Secretaria da Agricultura e do Abastecimento, por sua vez, enviou 21 funcionários para reforçar o trabalho do ministério. Seis deles foram para Foz do Iguaçu, para em Santa Helena e mais dois para Guaíra. Para os postos fixos de Guaíra e de Porto Camargo, municípios que fazem fronteira com o Mato Grosso do Sul, a Seab enviou cinco e seis funcionários, respectivamente.
Outra medida adotada pela secretaria foi a intensificação da fiscalização das propriedades de maior risco para febre aftosa, na faixa de fronteira. Teixeira Pinto disse que a secretaria está tranquila em relação às medidas adotadas e anunciou para o mês de novembro a segunda etapa da campanha de vacinação contra febre aftosa em todo o rebanho bovino e bubalino do Paraná.