Evento debate saúde do homem e incentivo à amamentação

Publicação
07/08/2018 - 10:50
Editoria

As duas principais mobilizações da área de saúde do mês de agosto foram reunidas em um único evento nesta terça (7), durante o encontro Amamentação e Paternidade: em comum a base da vida. A ação, promovida pela Secretaria de Estado da Saúde no Teatro da Federação Espírita do Paraná, em Curitiba, foi aberta à comunidade.

A proposta foi trabalhar de forma unificada o incentivo à amamentação como fonte exclusiva de alimentação dos bebês até os seis meses de idade, tema da mobilização Agosto Dourado, e também o estímulo para que os homens cuidem melhor da sua saúde, foco da campanha Agosto Azul. Para debater esses temas, foram convidados representantes do Ministério da Saúde e profissionais da área dos municípios.

De acordo com o secretário de Estado da Saúde, Antônio Carlos Nardi, o evento tratou de temas ligados diretamente ao bem-estar das famílias. Ele ressalta que o atendimento integral na saúde pública passa pelo fortalecimento das ações que promovam a saúde e o cuidado desde antes do nascimento. Nardi lembrou também que muitos homens ainda deixam a desejar em relação aos cuidados com a própria saúde, o que traz consequências para toda a sociedade.

“Nós homens não somos super-homens. Devemos cuidar da nossa saúde, procurar as unidades básicas e fazer exames preventivos. Precisamos fazer isso por nós e também por nossas famílias. O homem que ama sua família cuida de si”, destacou.

EXPERIÊNCIA – Além de palestras, o evento contou com relatos de experiências desenvolvidas pelos municípios. Em Agudos do Sul, cidade da Região Metropolitana de Curitiba, desde o ano passado três unidades de saúde do município têm trabalhado o pré-natal do parceiro, que busca incentivar os homens a terem papel ativo na paternidade, participando do acompanhamento pré-natal e dos cuidados com a criança. Mesmo recente, o projeto já apresenta resultados.

A enfermeira Nadir Antunes da Silva Hyrayama, do Núcleo de Estratégia de Saúde da Família Rui Barbosa, de Agudos do Sul, conta que o projeto atualmente acompanha 13 casais. Segundo ela, há maior participação do pai durante a gestação, através do acompanhamento de consultas e exames do pré-natal, e depois do nascimento. “É exatamente isso que o projeto pretende. Fazer o pai um verdadeiro parceiro da mulher em todos os momentos da gestação e cuidado com o bebê”, diz Nadir.

PINHAIS – Outra experiência mostrada foi a da Rede de Apoio ao Aleitamento de Pinhais, também na Região Metropolitana de Curitiba. A enfermeira Kátia Gaberz Kirschnik, coordenadora da Unidade de Saúde da Mulher e da Criança do município, explicou que o projeto surgiu em 2014, quando foi notada a grande quantidade de receitas médicas com fórmulas substitutivas ao leite materno para crianças de até seis meses. Ao analisar esses casos foi constatado que as fórmulas nem sempre eram uma necessidade médica, levando as equipes de saúde a refletir sobre a necessidade de se fortalecer as estratégias de estímulo à amamentação.

Através da capacitação e sensibilização das equipes das 11 unidades de saúde do município, foi possível diminuir a demanda por fórmulas substitutivas em 35%. “Há casos em que a fórmula é uma necessidade médica, mas fora disso o ideal é a amamentação materna. Em todas as unidades de saúde dispomos de profissionais preparados para acolher, auxiliar e orientar as mães sobre a amamentação”, explica Kátia.