Estudantes de enfermagem
fazem brinquedos para
ajudar crianças em tratamento

Os brinquedos terapêuticos simulam cuidados específicos de enfermagem. Os brinquedos ficam em exposição na escola até esta sexta-feira e depois serão doados a hospitais pediátricos para auxiliar nos procedimentos e tratamentos
Publicação
10/11/2016 - 16:30
Editoria

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Os estudantes do 3° período do curso técnico em enfermagem do Colégio Estadual Guido Straube, em Curitiba, desenvolveram uma metodologia inédita para auxiliar no tratamento de saúde de crianças e adolescentes e retribuir à comunidade escolar os conhecimentos obtidos durante a formação. Eles confeccionaram 36 brinquedos terapêuticos que simulam cuidados específicos de enfermagem. Os brinquedos estão em uma exposição na escola, que se encerra nesta sexta-feira (11). Em seguida, serão doados a hospitais pediátricos da capital.
A atividade envolveu a comunidade escolar e todos os mais de 800 estudantes do ensino fundamental e médio, que conheceram um pouco sobre diferentes procedimentos pediátricos. A metodologia foi escolhida para preparar as crianças e adolescentes em tratamento de saúde para os procedimentos médicos.
Segundo a coordenadora da exposição, Danielle Opazo, que é professora do curso, a ideia é que os brinquedos sejam utilizados de 15 a 30 minutos antes do procedimento médico, na preparação dos pacientes para os tratamentos. “As crianças se familiarizam com suas patologias através do brinquedo, porque eles simulam os tratamentos que estão recebendo”, explicou Danielle, que coordenou o trabalho junto com a colega Joana Morissi.
PREPARAÇÃO - A aluna Andréia Jaques da Rosa confeccionou, junto com as colegas, perucas terapêuticas para familiarizar os pacientes com as etapas do tratamento. “Com esse brinquedo a criança escolhe um dos tipos de cabelos disponíveis e cola em uma plataforma retrátil em que ela possa se ver. O profissional poderá ouvir o que ela sente, tirar dúvidas e prepará-la para os procedimentos necessários”, contou Andréia.
Já a aluna Lucimara dos Santos e as colegas confeccionaram um brinquedo que simula o tratamento de traqueostomia (abertura de um orifício na traqueia e na colocação de uma cânula para a passagem do ar). Segundo ela, os brinquedos prendem a atenção das crianças, facilitando os tratamentos. “O brinquedo terapêutico contribui para tirar a ansiedade e dar mais segurança à criança durante o tratamento”, disse.
Para a aluna Maria Leoni Dobrovolski, a exposição e a doação do material é uma forma de retribuir, beneficiando a sociedade com um pouco dos conhecimentos obtidos durante o curso. “É gratificante porque a exposição e a doação promovem a interação entre o curso e a comunidade”, disse.
A estudante do 2° ano do ensino médio, Cristhal Viana Rauchbach, pretende seguir a carreira médica. Ela aproveitou a exposição para tirar dúvidas e conhecer um pouco sobre os procedimentos utilizados na profissão. “Achei muito interessante porque é um jeito novo de passar esses conhecimentos técnicos e a metodologia prende a nossa atenção”, contou.
PELO ESTADO - A Secretaria da Educação oferta o curso técnico em enfermagem em 31 municípios, nas modalidades subsequente (para quem já concluiu o ensino médio, e tem idade acima de 17 anos), e Proeja, para jovens e adultos que concluíram apenas o ensino fundamental.
Além do técnico médio, a rede estadual de ensino conta com a oferta gratuita do curso pós-técnico no Colégio Estadual São Pedro Apóstolo, em Curitiba, e no Centro Estadual de Educação Profissional Pedro Boareto Netto, em Cascavel. A rede estadual de ensino oferta gratuitamente outros 59 cursos técnicos profissionalizantes em 350 estabelecimentos de ensino, em 182 cidades.
Desde 2011, o Governo do Estado ampliou o número de escolas técnicas com a inauguração de dez novos Centros Estaduais de Educação Profissional. Os centros de formação profissional foram construídos em diferentes regiões do Estado, com cursos técnicos oferecidos de acordo com a demanda do setor produtivo de cada cidade. Nos Ceeps são ofertados cursos como enfermagem, eletromecânica, agropecuária, química, meio ambiente, segurança do trabalho e biotecnologia, entre outros.
As novas unidades ficam em Pitanga (Centro), Cianorte (Noroeste), Assaí (Norte), Fazenda Rio Grande e Almirante Tamandaré (Região Metropolitana de Curitiba) e Ibaiti (Norte), Terra Roxa (Oeste), Francisco Beltrão (Sudoeste), Laranjeiras do Sul (Centro-Sul) e Bandeirantes (Norte).

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