Estudantes da rede estadual
são finalistas em feira brasileira

Feira Brasileira de Ciências e Engenharia reúne estudantes do 8° ou 9° ano do ensino fundamental, ensino médio e técnico da rede pública e privada com idade de até 20 anos de todas as regiões do país.
Publicação
18/01/2018 - 11:30
Editoria

Oito projetos científicos desenvolvidos por estudantes da rede pública estadual de ensino estão entre os finalistas na Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace) edição 2018. Os trabalhos serão apresentados a uma banca de avaliadores da Universidade de São Paulo (USP), na capital paulista, nos dias 13, 14 e 15 de março. A premiação será no dia 16 do mesmo mês.

A feira vai reunir pesquisas de estudantes do 8° e 9° ano do ensino fundamental, ensino médio e técnico da rede pública e privada com idade até 20 anos de todas as regiões do país. Os trabalhos foram desenvolvidos em equipe ou individual sob orientação de um professor responsável nas áreas da Ciência (exatas, terra, biológicas, saúde, sociais, humanas e agrárias) e Engenharia.

PREMIAÇÃO – Os trabalhos finalistas serão avaliados por uma banca de 300 professores e pesquisadores que irão selecionar os três primeiros colocados de cada categoria que receberão troféus, medalhas e certificados. Os alunos também vão concorrer a outros prêmios como estágios e bolsas de estudo de instituições parcerias da Febrace.

As nove pesquisas mais bem avaliadas se credenciam para representar o Brasil na International Science and Engineering Fair (ISEF), em maio, na cidade de Los Angeles, nos Estados Unidos.

O estudante Paulo Ricardo Busch desenvolveu, com orientação do professor de Matemática Edson Pedro Schiehl, um sistema para carregar a bateria de celular por meio de energia solar. “Desenvolvi uma capinha de celular com painéis solares em sua volta que absorve a energia solar e carrega o aparelho tanto no sol quanto na sombra”, explicou. “A ideia foi trabalhar com energias renováveis para criar uma nova demanda de marcado”, disse Paulo, que concluiu o ensino médio em 2017, no Colégio Estadual Frederico Guilherme Giese, em Piên (no Sudoeste).

Paulo pretende ainda aprimorar o projeto. “Também pensei em criar uma versão portátil, como se fosse um carregador sem fio, com uma lâmpada infravermelho, que fornece mais energia do que normalmente lâmpadas de espectro luminoso visível”, afirmou.

O professor Edson destacou que a participação do estudante na feira serve como incentivo para que outros alunos se interessem pelo mundo da pesquisa. “A participação do aluno Paulo na Febrace confirma que a dedicação e a sinergia entre professor e aluno resulta em ensino e aprendizagem de qualidade. Essa  conquista traz um novo olhar a horizontes até então desconhecido a muitos dos nossos alunos. A participação dele provavelmente motivou muitos dos alunos mais novos com suas demonstrações no colégio”, disse Schiehl.

FINALISTAS PARANAENSES – As oito pesquisas desenvolvidas pelos estudantes paranaenses estão focadas nas áreas da eletrônica e eletroeletrônica, microbiologia, ciência e tecnologia de alimentos e biologia geral.

Utilizar energia solar para carregar o celular em mãos - Aluno Paulo Ricardo Busch, Edson Pedro Schiehl (orientador). Colégio Estadual Frederico Guilherme Giese, em Piên (Sul).

Aplicação de diferentes concentrações de extratos vegetais no controle do fungo Puccinia Psidii Winter em Myrciaria Cauliflora - Aluna Julia Coppini Schuch, Dionéia Schauren (orientadora). Colégio Estadual Jardim Porto Alegre - Unidade II, Toleto (Oeste).

Estufa inteligente - Alunos Gabriel Angelo Cerutti e Giovane Martins Petruno, Roselaine Loia Rohling (Orientadora), Clayton Gilmar Zils (co-orientador). Colégio Estadual PIO XII - Fundamental e Médio, Maripá (Oeste).

Hidroponia orgânica sustentável - Alunos Daniela Lopes Kich, Tiago Zubreski, Thiago Ivan Turok, Antonio Carlos Ternouski (orientador). Colégio Estadual do Campo Anastácia Kruk, Condói (Centro-Sul).

LIS - luva Interpretadora de Sinais - Alunos Vinícius Stanoga Santos e Luan Ricardo Lazzarotto Rohde, Lucas Brunetto Cari (orientador). Centro Estadual de Educação Profissional Pedro Boaretto Neto, Cascavel (Oeste).

Uso de diferentes concentrações de extratos vegetais no controle in vitro do fungo Colletotrichum Musae causador da antracnose nos frutos da bananeira - Aluna Ana Carolina Gonçalves Selva, Dionéia Schauren (orientadora), Felipe d'Avila (co-orientador) Colégio Estadual Jardim Porto Alegre - Unidade II, Toleto (Oeste).

Viabilidade do uso do farelo do sabugo de milho como isolante térmico e acústico na fabricação de telhas - Alunos Maria Fernanda Baumann e Matheus Thim, Adriana Cristina Marquioro Baumann (orientadora). Colégio Estadual PIO XII - Fundamental e Médio, Maripá (Oeste).

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