A coordenadora do Núcleo de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas, da Secretaria de Estado da Justiça, Trabalho e Direitos Humanos, Silvia Cristina Xavier, representou o Paraná no 1º Seminário Internacional de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas e Contrabando de Migrantes, que aconteceu nesta terça e quarta-feira (19 e 20), no Rio de Janeiro.
O Seminário foi promovido pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, com apoio da União Europeia e do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crimes (UNODC).
Nos dois dias de palestras foram debatidas questões, entre os 150 parceiros de que atuam no enfrentamento ao tráfico e na política migratória em todo o Brasil, para a construção do 3º Plano Nacional de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas, que será implementado entre 2018 e 2021. Além disso, foram apresentadas práticas adotadas em outros países que trabalham com essa temática.
Para Silvia Cristina Xavier, o trabalho no Paraná está sendo realizado de maneira adiantada. “Estamos articulando ações que foram debatidas no seminário para diminuir o tráfico no Paraná e vamos dar continuidade no trabalho, formando novas estratégias que possam combater ainda mais estes crimes”, disse Sílvia.
De acordo com a coordenadora de enfrentamento ao tráfico de pessoas do Ministério da Justiça, Renata Braz, para dar conta desses desafios, considera-se que a Rede de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas e os parceiros são fundamentais para a operacionalização da Política Nacional. “Assim, reafirmamos o compromisso do Estado brasileiro em atuar na prevenção e responsabilização do crime de tráfico de pessoas e garantir a necessária assistência e proteção às vítimas”, afirmou Renata.
ATENDIMENTOS - Segundo o Núcleo, no Paraná só este ano foram recebidas 72 denúncias de suspeita de tráfico humano, o que demonstra a importância de debater ainda mais o assunto e alertar que o tráfico de pessoas é real. “O tráfico humano é crime e está associado a diversas outras violações de direitos humanos, como exploração sexual, trabalho escravo, mendicância forçada, servidão doméstica e retirada involuntária de órgãos para transplante”, explica o secretário estadual da Justiça, Artagão Júnior.
O evento reuniu representantes do Grupo de Trabalho Interministerial (GI) responsável pela implementação do II Plano Nacional de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas; do Comitê Nacional de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas (Conatrap); dos Núcleos Estaduais de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas (NETP); Postos Avançados de Atendimento Humanizado aos Migrantes (PAAHM); além de representantes de países que atuam em colaboração com o Brasil no combate a esse crime.