Estado organiza fluxo de
atendimento a vítimas
de afogamentos no Litoral

Ao todo, 50 profissionais de saúde participaram, em Paranaguá, da capacitação, entre médicos, enfermeiros e socorristas do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência e Samu Litoral
Publicação
17/12/2015 - 15:14
Editoria

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A Secretaria Estadual da Saúde, em parceria com o Corpo de Bombeiros, promoveu nesta quarta e quinta-feira (16 e 17), em Paranaguá, um curso de atualização sobre o protocolo indicado para o atendimento a vítimas de afogamento. O evento serviu para qualificar a retaguarda assistencial da região, sobretudo com a chegada da temporada de verão.
Ao todo, 50 profissionais de saúde participaram da capacitação, entre médicos, enfermeiros e socorristas do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência e Samu Litoral. Também estiveram presentes profissionais dos principais hospitais da região. “O objetivo foi relembrar alguns conceitos e tirar dúvidas dos profissionais sobre a conduta que deve ser adotada em cada caso”, explicou o coordenador da Rede Paraná Urgência, Vínicius Filipak.
No primeiro dia, as palestras abordaram aspectos relacionados ao resgate e primeiros socorros à vítima de afogamento. Também foi realizada uma atividade prática de reanimação cardíaca, simulando situações que porventura possam acontecer durante a temporada.
Segundo Filipak, esse tipo de treinamento é essencial para que os profissionais estejam preparados para enfrentar qualquer tipo de situação. “Em casos de urgência e emergência, cada minuto é decisivo para se salvar uma vida. Por isso, é preciso que todos saibam o que fazer nos momentos críticos”, destacou.
Ainda na quarta-feira, foi apresentada a classificação utilizada para definir a gravidade de cada caso. “São conceitos que interferem diretamente no fluxo de atendimento que será estabelecido. Se for um paciente classificado como grau 5 ou 6, por exemplo, o afogado deve ser encaminhado imediatamente para um hospital de referência”, ressaltou a médica da diretoria de Políticas de Urgência e Emergência da Secretaria Estadual da Saúde, Beatriz Monteiro.
Na região, a unidade de referência para o atendimento a vítimas em estado grave é o Hospital Regional do Litoral, em Paranaguá. O serviço conta com uma equipe especializada de profissionais, além de estrutura adequada para receber este tipo de paciente. Há ainda retaguarda de leitos de UTI adulto e centro cirúrgico preparado para dar suporte a possíveis intervenções.
A diretora da 1ª Regional de Saúde, Ilda Nagafuti, informa que o Centro de Recuperação de Afogados, em Matinhos, volta a funcionar. "A unidade, instalada no Hospital Nossa Senhora dos Navegantes, será responsável pela estabilização dos pacientes. Trata-se de uma experiência que vem salvando vidas nas últimas temporadas e por isso vamos retomar", relatou.
Durante os fins de semana, além das ambulâncias do Samu, Siate e da Secretaria da Saúde, as vítimas de afogamento também terão à disposição o helicóptero do Governo do Estado para agilizar o transporte ao hospital. Toda essa estrutura de resgate será interligada através de uma Central de Regulação, em Paranaguá.
Já no segundo dia de evento, a programação esteve voltada à preparação das equipes para a atuação em situações de desastres, catástrofes e acidentes naturais. Como tarefa, os profissionais dos hospitais tiveram que elaborar um plano de contingência para o atendimento desse tipo de ocorrência e a equipe de resgate e atendimento pré-hospitalar teve que simular a aplicação do plano de desastres.
Para o socorrista do Samu Litoral, Dieison Gomes de Andrade, o conteúdo apresentado no curso ajuda muito no entrosamento das equipes e no aprimoramento dos conhecimentos. “A gente chega no plantão e nunca sabe o que vai encarar durante o dia. Temos que estar preparados para tudo e cada dia é um aprendizado”, disse ele.
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