O Dia Mundial do Doador de Medula Óssea será celebrado neste sábado (16) com o objetivo é difundir informações e promover ações de conscientização sobre a importância de ser um doador voluntário de medula. A data instituída pela Associação Mundial de Doadores de Medula Óssea (WMDA) foi o terceiro sábado de setembro.
O analista de vendas Moacir Petranski, de 45 anos, doou a medula em novembro do último ano. Cadastrado há 10 anos, não esperava ser chamado. “Não consigo explicar a sensação de ser um em 1 milhão e poder ajudar alguém que precisa. Doei e continuo cadastrado para, se necessário, ajudar mais pessoas”, comemora.
No Paraná, o Governo do Estado faz o cadastro dos doadores nas unidades do Hemepar em 21 regiões do Estado. “Se cadastrar é muito simples e rápido. Basta ir até um hemocentro com documento oficial de identificação. Lá será assinado um termo de consentimento e retirado apenas 5 ml de sangue para fazer parte do registro nacional”, explica o diretor do Hemepar, Paulo Hatschbach.
Um grupo de amigos de faculdade aproveitou a proximidade da data para ir nesta semana até o Hemepar, em Curitiba, e se cadastrar. “Como estudante de medicina vejo na prática o quanto é difícil a vida de quem precisa do transplante. Mas só o atendimento não é suficiente. Para ajudá-los quero contribuir de outra maneira e aumentar as chances de encontrarem uma medula compatível”, diz a estudante Jaqueline Midori Okada.
Segundo Hatschbach, as chances de compatibilidade são de uma a cada 100 mil e, em alguns casos, chega a uma em 1 milhão. “O cadastro não deve ser feito como um modismo, pelo contrário, é necessário refletir sobre a importância desta doação que não traz malefício ao doador, apenas benefícios a quem recebe”, conta. No último ano, apenas em Curitiba, 23 cadastrados desistiram da doação quando convocados.
ATUALIZAÇÃO – Outro problema enfrentado pelos profissionais da área é localizar os cadastrados. Em 2016, no Paraná, 43 pessoas apresentaram compatibilidade, mas não foram localizadas para que pudessem viabilizar o transplante. Por isso, é necessário manter os dados atualizados. A atualização pode ser feita no próprio local de cadastro ou pelo site www.inca.gov.br/doador .
“Aquele cadastrado pode ser a única esperança do paciente que espera por uma medula compatível. Então, é fundamental incluir o maior número possível de formas de contato e sempre que houver alterações de telefone ou endereço é necessário atualizar para que possa ser localizado em caso de compatibilidade”, informa a responsável pelos cadastros no Hemepar, Jaqueline Castro.
SOLIDARIEDADE – Para se cadastrar é necessário ter entre 18 e 54 anos, estar em bom estado de saúde e não ter doença infecciosa, doença no sangue, do sistema imunológico ou câncer. No Paraná existem 469 mil cadastrados – é o terceiro estado com maior número de cadastros do Brasil. Em 2016, 112 paranaenses receberam uma doação de medula óssea.
Confira os endereços e horários de funcionamento da Rede Hemepar no site http://www.hemepar.pr.gov.br/ e cadastre-se.