Seis escolas estaduais do Bairro Novo, na região sul de Curitiba, também foram beneficiadas durante o Mutirão da Cidadania promovido pelo Governo do Estado e a prefeitura da Capital. Diversos serviços de reparos foram feitos pelo Instituto Fundepar para melhoria dos espaços escolares na semana passada por meio do Programa Mãos Amigas, que utiliza mão de obra de detentos do Sistema Penitenciário, contratando quem progride para o regime semi-aberto para prestar serviços.
“Trabalhamos para que nossas escolas tenham melhores condições na sua infraestrutura para assegurarmos aos nossos alunos, professores, funcionários e à comunidade escolar, um ambiente escolar adequado para o ensino”, ressaltou o diretor-presidente da Fundepar, Victor Hugo Dantas.
"Contratamos apenados porque acreditamos que é importante não perder de vista a dignidade humana de cada pessoa, mesmo daquelas que abandonaram o bom caminho", acrescentou.
No Colégio Estadual Benedicto João Cordeiro, no bairro do Sítio Cercado, houve a pintura da caixa d’água, da fachada da escola e de muros internos e externos. “O resultado tornou o ambiente mais agradável para toda a comunidade escolar. É uma valorização do nosso colégio”, comentou a diretora-auxiliar Izabel Godoi, contente com a rapidez que o serviço foi executado.
Ainda no Sítio Cercado, o Colégio Estadual Professor Teobaldo Leonardo Kletemberg também teve pintura externa dos muros e algumas paredes internas da instituição. “Fizeram um trabalho muito bom, pintaram os muros e paredes sem custo para a escola. A equipe do programa foi prestativa e fizeram além do que foi solicitado”, disse o diretor do colégio, André Pereira.
Ainda receberam melhoria pelo programa o Colégio Estadual Professor Luiz Carlos de Paula e Souza, o Colégio Estadual Padre Cláudio Morelli, ambos no Umbará; o Colégio Estadual Flávio Ferreira da Luz, no Sítio Cercado; e o Colégio Estadual Professora Iara Bergman, no Ganchinho.
NOVA CHANCE – Os detentos em regime semi-aberto participam do Mãos Amigas como uma nova oportunidade para suas vidas. Para realizarem os serviços de manutenção, conservação e reparos de escolas ou imóveis do patrimônio público, eles recebem novos conhecimentos e a chance de aprender uma nova atividade.
Ainda existe o benefício de voltar a participar do convívio social, baseado no princípio do respeito à dignidade. Por meio do trabalho, a pena ainda se torna reduzida, o que permite desonerar o sistema penitenciário. Além disso, o apenado ainda recebe um pagamento pelo serviço prestado.
As escolas também conseguem economizar com o programa. A execução dos serviços de reparos reduz, em média, 50% dos orçamentos, conforme preços praticados no mercado. Os recursos economizados podem ser utilizados para a aquisição de outros bens ou serviços que a comunidade escolar precisa.
Criado em 2015 pelo governador Beto Richa, o Mãos Amigas já ajudou a ressocializar centenas de pessoas com problemas com a Justiça. E os números mostram que, entre os participantes, o índice de reincidência criminal é baixíssimo.
O Programa está presente em Curitiba, Região Metropolitana, Ponta Grossa, Londrina, Maringá, Cascavel, Foz do Iguaçu, Francisco Beltrão e Guarapuava. Ele é resultado da parceria do Instituto Fundepar, da Secretaria de Estado da Segurança Pública e Administração Penitenciária, do Departamento Penitenciário (Depen) e da Paraná Educação.
