Equipes da Secretaria da Agricultura têm dificuldades de acesso às comunidades rurais

O acesso a algumas comunidades foi possível somente nos últimos dois dias e o resultado encontrado é de muita destruição
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16/03/2011 - 14:50
Editoria

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Equipes do núcleo regional da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento em Paranaguá estão percorrendo as comunidades rurais de Morretes, Guaratuba e Paranaguá atingidas pelas fortes chuvas de quinta-feira e sexta-feira (10 e 11) da semana passada. O acesso a algumas comunidades foi possível somente nos últimos dois dias e o resultado encontrado é de muita destruição, informou o chefe do núcleo Paulo Roberto Christoforo.
Ainda não é possível mensurar os danos econômicos provocados à agricultura da região pela dificuldade de acesso em todas as comunidades rurais. Mas é possível antecipar que as culturas de olerícolas plantadas nos municípios do Litoral, como chuchu, maracujá, aipim, pepino, abobrinha, banana, açafrão e gengibre foram afetadas.
Porém, essas perdas não devem atingir o consumidor porque outras regiões produtoras do Paraná e mesmo de outros Estados equilibram a oferta, explicou o economista Marcelo Garrido, chefe da Conjuntura Agropecuária do Departamento de Economia Rural (Deral).
Segundo Garrido, a produção de olerícolas do Litoral do Paraná é mais importante para o abastecimento no período do inverno, quando a produção é enviada para atender a demanda por esses produtos em Curitiba e região metropolitana.
Desde o último final de semana as equipes da Seab concentraram-se no apoio aos agricultores atingidos. Foram abrigados num ginásio de esportes de Paranaguá cerca de 150 famílias da comunidade de Floresta, área rural de Morretes.
Christoforo disse que as chuvas excessivas saturaram os solos e o volume de água transbordou o leito dos rios formando correnteza nas áreas de plantio, arrastando a camada fértil dos solos, sementes, mudas, plantas, lavouras, adubos, infraestrutura (equipamentos de irrigação, caramanchões, barracões, tratores, implementos agrícolas, etc.).
“A geografia da região mudou, cursos de rios foram desviados, a Serra ainda apresenta riscos de deslizamentos, os rios continuam com muitos detritos de árvores, propriedades inteiras foram devastadas, a terra foi lavada e agora está coberta de areia e detritos”, relatou. Segundo Christoforo, os técnicos da Emater, Secretaria e prefeituras estão tentando chegar a campo para quantificar melhor os prejuízos.
“Acreditamos que deve haver um grande mutirão do Governo do Estado e prefeituras para recuperar as estradas rurais, que estão destruídas em Morretes, Paranaguá e Guaratuba”, afirmou.