Encontro mostra experiências
de destaque no atendimento
a crianças e adolescentes

Evento em Curitiba reuniu 350 profissionais da área e discutiu a estrutura disponível para o acompanhamento dos pacientes
Publicação
27/11/2015 - 17:30
Editoria

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Mais de 350 coordenadores de Saúde Mental do Paraná e profissionais ligados à área se reuniram nesta semana, em Curitiba, para o I Encontro Paranaense de Saúde Mental Infantojuvenil. Experiências paranaenses exitosas foram apresentadas no evento, que discutiu a estrutura disponível para o atendimento de crianças e adolescentes.
O Paraná conta com 12 Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) especializados na assistência infantojuvenil, além de mais 116 CAPS que atendem a todas as faixas etárias.
“Compartilhamos e agregamos conhecimentos da área visando a intersetorialidade com educação, ação social, esporte e lazer para a promoção à saúde mental infantojuvenil”, disse o chefe do departamento de Atenção às Condições Crônicas da Secretaria da Saúde, Juliano Gevaerd.
ATENDIMENTO - Os CAPS infantojuvenil são formados por equipes multidisciplinares, compostas por médicos psiquiatras, neurologistas, pediatras com formação em saúde mental, enfermeiros, psicólogos, assistentes sociais, pedagogos, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais e artesãos. O acompanhamento da criança ou adolescente é feito por meio de atendimento na lógica psicossocial, que pode ser individual ou em grupo, e oficinas terapêuticas.
Os CAPS são serviços abertos ao público. “As famílias ou escolas podem procurar esses espaços para que trabalhem em conjunto no acompanhamento da criança que indique algum tipo de transtorno mental, dificuldade no processo de convivência ou aprendizagem e, até mesmo problemas relacionados ao álcool e outras drogas”, explica a coordenadora estadual de Saúde Mental, Rejane Cristina Teixeira Tabuti.
O trabalho dos profissionais não fica restrito à unidade. Ele acontece em todas as redes de relações sociais e afetos, espaços frequentados pelo paciente, como o ambiente familiar e escolar. O tratamento também envolve a família e profissionais que atendem a criança ou o adolescente em outros momentos, como os professores. A periodicidade do atendimento é definida de acordo com o caso.
Nos municípios que não contam com o serviço específico para essas faixas etárias, as pessoas podem procurar o auxílio de CAPS das modalidades I e II, que estão aptos a realizar esse atendimento, e também as Unidades Básicas de Saúde.
“Temos capacitado equipes da Atenção Primária do Paraná para fazer o acolhimento inicial, identificando as necessidades de cada situação, realizando a estratificação de risco e em alguns propondo outras estratégias e lugares para o tratamento”, destaca Rejane.
EXPERIÊNCIA – A experiência de Cornélio Procópio, município da região norte do Estado, foi exemplo no I Encontro Paranaense de Saúde Mental Infantojuvenil. O Centro de Especialidade Interface realiza quase 500 atendimentos mensais na área da saúde mental.
“Nosso ambulatório segue um modelo de clínica ampliada. Temos uma visão muito maior sobre o que envolve um transtorno mental. Não somos apenas um ambulatório que dá medicação, fazemos uma releitura de todos os aspectos da vida do nosso paciente. É uma nova maneira de pensar na saúde mental”, conta a coordenadora do Centro, Cecília Schimidt.
O trabalho da clínica envolve a família e a escola no atendimento infantojuvenil. Além disso, o trabalho é compartilhado com órgãos públicos responsáveis por ações de educação, cultura, esporte e políticas sociais, variando conforme os casos e a localidade.
O Centro atende pessoas de todas as faixas etárias de 21 municípios da 18ª Regional de Saúde. Quando não é possível realizar encontros presenciais, o ambulatório também conta com recursos web.
De acordo com Cecília, os casos mais comuns entre crianças são os de transtornos de comportamento e atenção. Entre adolescentes, é o uso de substâncias psicoativas.
“Buscamos recursos diversos para fazer com que eles se sintam incluídos na sociedade, que tenham perspectivas de vida e possam ver um futuro repleto de possibilidades vivas”, finaliza.
Saiba mais sobre o trabalho do Governo do Estado em:  http:///www.facebook.com/governopr e www.pr.gov.br

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