A secretária da Família e Desenvolvimento Social, Fernanda Richa, abriu nesta terça-feira (12) a reunião macrorregional do programa Família Paranaense, no salão de atos do Parque Barigui, em Curitiba. Cerca de 300 técnicos de assistência social e de outras áreas de 61 municípios participaram do encontro.
Fernanda Richa ressaltou a importância de as ações serem constantemente avaliadas e monitoradas. “São encontros frequentes para adaptar e melhorar o atendimento, conforme a necessidade que cada município traz. O Família Paranaense é um programa versátil, tem se atualizado e melhorado constantemente para alcançar os bons resultados”, disse a secretária.
Participaram do encontro representantes dos 61 municípios que integram as regionais de Curitiba, Guarapuava, Irati e União da Vitória. Esta é a quarta reunião macrorregional para trocar experiências e monitorar trabalho desenvolvido dentro do programa Família Paranaense, da Secretaria da Família.
APRIMORAMENTO – De acordo com a coordenadora do programa, Letícia Reis, participam das macrorregionais técnicos da assistência social básica e especial para aprimorar o acompanhamento das famílias incluídas no Família Paranaense. “Queremos, com esses encontros, que as equipes estejam instrumentalizadas para melhorar o atendimento”, disse Letícia.
Os participantes ouviram a palestra da psicóloga Lígia Pimenta, que já coordenou a área de Desenvolvimento Social da Secretaria de Desenvolvimento Social do Estado de São Paulo. Ela falou sobre comunidades de aprendizagem e apresentou experiências no trabalho social com famílias.
Lígia explicou que havia uma diferença grande entre os serviços prestados pelos municípios. Por isso, a cada encontro são divulgadas boas práticas que podem ser replicadas por outras equipes. “Também monitoramos os avanços, que surtem efeitos positivos em garantia de acesso aos direitos de cidadão”, completou a coordenadora.
BOAS PRÁTICAS – Dez municípios apresentaram suas metodologias e resultados alcançados no acompanhamento familiar. Na Região Metropolitana de Curitiba, Mandirituba e Almirante Tamandaré mostraram seus avanços no atendimento às famílias. Da regional de Guarapuava, foram Pinhão e Prudentópolis; da regional de Irati, Inácio Martins, Imbituva, Rio Azul e Rebouças; e de União da Vitória, Paula Freitas e Cruz Machado.
Em Mandirituba, as famílias atendidas têm orientação da Emater e participam de cursos de qualificação profissional. Simone da Silva Pereira, psicóloga do Centro de Referência de Assistência Social (Cras) da cidade, disse que o grupo acompanhado, hoje com 12 famílias, deve concluir essa fase daqui a três semanas.
“Percebemos a motivação das pessoas para novos sonhos. No começo, muitos têm dificuldade de se ver diante da vida, de ver seus sonhos. Depois das dinâmicas, passam a planejar e acreditar no próprio potencial. Adquirem outro olhar, de esperança no futuro”, contou Simone.
VISÃO – Os encontros contínuos oferecem uma nova possibilidade de visão de mundo. A assistente social do Cras de Prudentópolis, Maria Alice Gomes, explica que o município escolheu as famílias incluídas na Requalificação Urbana para a aplicação da metodologia.
“Seguimos o Guia de Acompanhamento Familiar, que possui fábulas e metáforas. Com isso, as famílias acabam se reconhecendo nas histórias e se identificando. Isso auxilia na superação das vulnerabilidades”, avalia Maria Alice.
AUTONOMIA - Cleumarise Cardoso é psicóloga do Cras de Rio Azul, onde 19 famílias em vulnerabilidade social da área rural do município são acompanhadas há quatro encontros. “Percebemos que, agora, eles têm mais autonomia para buscar seus direitos e as políticas públicas. Também, por causa dos encontros frequentes, o vínculo de comunidade”, observou a psicóloga.
No município de Pinhão, as boas práticas acontecem desde 2016. Com o Cras volante, as famílias foram inseridas na metodologia de acompanhamento familiar, que inclui trabalho em grupo, dinâmicas e planejamento de ações em conjunto com a equipe técnica.
“Dentro dessa prática, tivemos uma família, no Interior, em que todos os integrantes tinham problemas de saúde mental. Com o acompanhamento, a família foi encaminhada para os órgãos de saúde. O Família Paranaense dá reconhecimento social às pessoas”, destaca o coordenador do Cras de Pinhão, Ricardo Correa de Almeida.
ACOLHIDOS – Foi a metodologia de acompanhamento que permitiu às famílias de Inácio Martins se sentirem mais acolhidas. “O Cras está mais próximo delas e elas nunca faltam aos encontros marcados”, diz a coordenadora do Cras, Hanna Hellena Lucavei Gechele.
No mesmo município, 84 famílias são acompanhadas pelo Renda Agricultor. Os projetos, desenvolvidos em parceria com a Secretaria Municipal de Assistência Social, o Cras e a Emater, trouxeram resultados positivos. “Todas as famílias estão desenvolvendo projetos na área, como construção de banheiros ou criação de animais”, destaca a coordenadora.