Emprego industrial cresce
pelo 19.º mês consecutivo

Estado teve aumento de 0,5% em abril, na comparação com o mesmo mês do ano passado, contra recuo de 0,5% na média brasileira
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12/06/2013 - 15:00
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O emprego nas indústrias do Paraná registrou a terceira maior expansão no País e o 19.º aumento consecutivo. A Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salário (Pimes), divulgada nesta quarta-feira (12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), registrou aumento de 0,5% em abril, na comparação com o mesmo mês do ano passado, contra recuo de 0,5% na média brasileira.
A pesquisa avalia dez estados, mais as regiões Nordeste, Norte e Centro-Oeste. O Paraná ficou atrás apenas de Santa Catarina (1,4%) e Norte e Centro Oeste (1,1%). As principais contribuições vieram dos ramos de fumo (12,3%), têxtil (11,1%), química (4,1%), máquinas e equipamentos (3,0%) e alimentos e bebidas (2%).
“O setor fabril do Estado vem apresentando, desde 2011, bons resultados, na contramão dos índices negativos verificados no País, devido à pífia expansão econômica, atrelada à redução das exportações, por conta da crise internacional, além da orientação macroeconômica contra o investimento mantida pelo governo federal”, analisou Ana Silvia Martins Franco, técnica do Núcleo de Macroeconomia e Conjuntura, do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes)
FOLHA – O valor da folha de pagamento real (descontada a inflação), em abril, frente ao mesmo mês de 2012, expandiu 4,6% na indústria paranaense, enquanto a média nacional ficou em 2,6%. “O Paraná exerceu a maior influência positiva sobre o total nacional”, registou Ana Silvia.
O resultado foi puxado pela boa performance dos setores de máquinas e aparelhos elétricos e eletrônicos (15,4%), máquinas e equipamentos (10,2%), borracha e plástico (9,7%) e fabricação de meios de transporte (8,0%).
Em relação ao número de horas pagas, o setor fabril do Paraná avançou 0,3%, frente crescimento de 0,1% na média do País, que interrompeu 19 meses de taxas negativas.
ACUMULADOS – O nível de emprego no Paraná, no acumulado do primeiro quadrimestre, exerceu a pressão positiva mais importante em comparação aos demais Estados, com variação de 1,4%, diante redução de -0,9% para o Brasil. Além do Paraná, apenas Santa Catarina (0,7%), Região Norte e Centro-Oeste (0,3%) e Minas Gerais (0,1%) registraram variações positivas nesse item.
Em relação à folha de salários reais, a indústria do Estado ampliou 2,5%, em confronto com o resultado de 2% do complexo fabril nacional. Em horas pagas, a indústria do Estado registrou crescimento de 0,9% nos quatro primeiros meses de 2013, diante retração de -1,3% do País. Somente o Paraná e o Rio de Janeiro (0,1%) acumularam taxas positivas para este indicador.
No acumulado de 12 meses terminados em abril, a indústria paranaense se manteve no topo do ranking nacional, com expansão de 1,4% do contingente ocupado, em trajetória contrária à indústria nacional, que reduziu 1,3%. “O volume de salários reais denota o comportamento positivo do Estado, que se manteve na dianteira nacional ao crescer 6,6%, frente aumento de 3,6% para o Brasil”, completou Ana Silvia.
Em relação ao número de horas trabalhadas, o Paraná foi o Estado que registrou o maior crescimento (0,7%), frente queda de -1,8% para o País. As atividades que apresentaram melhor desempenho na geração de empregos foram máquinas e aparelhos elétricos, fumo, têxtil e produtos químicos.
Ana Silvia explica que as informações da Pimes para abril confirmam “o estágio de acentuado dinamismo exposto pelas variáveis do mercado de ocupações no Paraná - ancorado na agroindústria, metalmecânica, petroquímica e construção civil -, apontado por outras cestas de indicadores”.
CAGED – Segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho em Emprego (MTE), o Paraná foi responsável por 12,4% dos empregos líquidos, com carteira assinada, da indústria de transformação criados no Brasil, nos doze meses terminados em abril. Tal comportamento colocou o Paraná em quarto lugar no ranking nacional, atrás apenas de Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Santa Catarina, que representaram 17,7%, 15,8% e 14,4% respectivamente, do total de postos criados, no mesmo período.
No Paraná, 88,9% dos empregos industriais foram criados no interior do Estado. “Temos que considerar a influência positiva da política de atração de investimentos e da valorização do setor produtivo, por conta do Programa Paraná Competitivo, que já atraiu mais de R$ 20 bilhões em investimentos para o Estado, além das obras de restauração e ampliação da infraestrutura”, disse Ana Silvia.
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