Emprego industrial
apresenta recuo de
4,5% em outubro

Publicação
10/12/2014 - 14:56
Editoria

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O contingente de trabalhadores ocupados no setor industrial paranaense recuou 4,5% em outubro de 2014, em relação a outubro de 2013, a décima quinta variação negativa consecutiva, diante retração de 4,4% para o Brasil, que assinalou a 37ª queda seguida, e a mais intensa, desde novembro de 2009. Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salário (PIMES), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A pesquisa é realizada em dez estados da federação, mais as regiões Nordeste, Norte, Centro-Oeste, Sudeste e Sul.
Dos quatorze locais investigados, todos apresentaram redução. As maiores contribuições para a desaceleração no emprego regional foram máquinas e aparelhos elétricos e eletrônicos (-28,4%), vestuário (-12,3%), metalurgia (-11,0%), metal (-10,6%), calçados e couro (-8,6%), meios de transporte (-7,8%) e borracha e plástico (-6,8%). Em contrapartida, os ramos de madeira (5,2%), fumo (4,2%), químicos (2,5%) e alimentos e bebidas (1,8%) mantiveram o ritmo de crescimento.
O valor da folha de pagamento real (descontada a inflação) do Paraná apontou recuo de 2,7% em outubro de 2014, na comparação com outubro de 2013, frente à redução de 2,3% na média nacional. Os setores que mais influenciaram para o resultado do Estado foram máquinas e aparelhos elétricos e eletrônicos (-30,8%), meios de transporte (-7,3%), vestuário (-5,4%) e máquinas e equipamentos (-5,3%).
O economista do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes) Francisco José Gouveia de Castro, explica que os números desfavoráveis do emprego industrial resultam do enfraquecimento da economia brasileira, explicado pelos problemas internos, determinados pelos efeitos da inconsistente política econômica praticada pelo governo federal; pelo abandono do tripé formado por câmbio flutuante, superávits fiscais primários e metas de inflação; pela insegurança institucional; excessiva e longeva intervenção estatal no mercado; e má alocação dos recursos produtivos.
“Cabe destacar, também, a perspectiva desfavorável da elevação do consumo das famílias, em função da restrição de crédito, do elevado comprometimento da renda com pagamento de dívidas e a redução dos ganhos reais de salário, por conta da escalada da inflação”, disse.
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