Uma tradição familiar virou negócio em Palmeira. O avô de Rodrigo Haniskievicz era músico e tocava acordeão e violão em emissoras de rádio e bailes nos Campos Gerais. O garoto manteve a paixão do avô pela música. Estudou no Conservatório de Música em Ponta Grossa, tocou em bandas e deu aulas em escolas, até abrir o próprio estúdio e escola de música na cidade.
Para montar o empreendimento, Rodrigo contou com apoio da Fomento Paraná, instituição financeira de desenvolvimento do Governo do Estado. “Com o crédito, compramos instrumentos musicais, computadores, móveis, e até fizemos isolamento acústico nas salas de aula”, conta ele.
O empreendedor conheceu as linhas de crédito da Fomento Paraná graças ao trabalho de uma aluna, Simone Kieras, que faz aulas de técnica vocal e também é agente de crédito no município. “O Rodrigo é muito esforçado e vi que o crédito poderia ajudar”, diz a agente. Ela apresentou a ele a linha Fomento Cultura, desenvolvida em parceria com a Secretaria de Estado da Cultura, para apoiar empreendimentos da economia criativa.
Para o secretário de Estado da Cultura, João Luiz Fiani, essa linha de crédito viabiliza o crescimento do empreendedorismo cultural. “A economia criativa é um importante meio para o desenvolvimento dos estados e do país. Quando a Fomento Paraná abriu essa linha de crédito para o empreendedor cultural, conseguimos atender mais uma demanda da classe artística paranaense” disse. No caso do Rodrigo, que concretizou um sonho, para nós é uma vitória. Esperamos que esse exemplo seja seguido por vários empreendedores culturais”, conclui.
CARREIRA – Desde criança Haniskievicz buscava revistas com cifras e partituras de canções. Aos 16 anos ingressou no Conservatório de Música de Ponta Grossa. Por já ter conhecimento apurado, entrou direto no terceiro nível. Estudou teoria musical, violão clássico e iniciação a piano.
“Aprendi muito com os clássicos, como Mozart e Beethoven. Mas também busquei conhecer as tendências atuais”, explica. “E é isso que tentamos oferecer aqui na escola, uma formação mais ampla, interativa e atraente para o aluno”, completa.
No local, o aluno aprende gradativamente. Em cada lição, o professor grava e faz imediatamente as correções em softwares, mostrando ao aprendiz. “Nós mesclamos o clássico com o gosto do aluno, seja rock, sertanejo ou pop”, diz o professor Webis Duarte. “Fazemos também audições periódicas e apresentações de Natal e de Páscoa. Os alunos adoram, trazem as famílias para prestigiar”.
Seis professores atendem mais de 100 alunos, desde crianças a partir dos seis anos até idosos, que vêm de Palmeira e de cidades da região, como Porto Amazonas e São João do Triunfo. “Todos podem aprender e é um ganho para a comunidade como um todo, inclusive na geração de empregos especializados em uma cidade do interior”, explica Rodrigo.
Com as salas sendo usadas em 70% do tempo, o empreendedor ainda tem espaço para crescer. “Queremos aumentar em 20% número de alunos e de professores e nos consolidar como a melhor escola da região”, planeja Rodrigo.
MICROCRÉDITO — Desde 2011, a Fomento Paraná contratou em torno de 26 mil operações de microcrédito que representam mais de R$ 228 milhões liberados para apoiar esses pequenos negócios em todas as regiões do Estado. Só em Palmeira, já foram contratados mais de R$ 720 mil em operações de microcrédito.
Operações de microcrédito são financiamentos em valores de até R$ 10 mil, para empreendedores pessoa física, e de até R$ 20 mil para empreendimentos de pessoa jurídica (com CNPJ).
Para facilitar o acesso ao microcrédito, a Fomento Paraná mantém uma rede de agentes de crédito em parceria com prefeituras, associações comerciais, secretarias de Estado e outras entidades. Atualmente estão cadastrados 266 agentes que atuam em 226 pontos de atendimento localizados em 199 municípios.
Em Palmeira, a agente de crédito da Fomento Paraná atende na Agência do Trabalhador, na rua Coronel Pedro Ferreira, 115, no Centro.