Emater orienta sobre comercialização de carne e madeira

Nesta terça-feira (13), em Loanda, a Emater promove um seminário com o objetivo de mostrar as reais necessidades do mercado, além de apresentar aos produtores detalhes da produção integrada de madeira e bovinos de corte.
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12/11/2018 - 14:40
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Com o objetivo de aproximar produtores da região Noroeste das cooperativas de carnes nobres e do setor madeireiro, o Instituto Emater vai promover um seminário em Loanda, nesta terça-feira (13), além de um Dia de Campo sobre o sistema agrossivipastoril (Sipas - Sistemas integrados da produção agrossilvipastoril sustentáveis).

O objetivo é mostrar as reais necessidades do mercado, além de apresentar aos produtores detalhes da produção integrada de madeira e bovinos de corte. O dia de campo será realizado na propriedade de Auro Kaid Bazo, uma das Unidades de Referência Tecnológica (URT) implantadas pela extensão rural para difundir o sistema na região.

Há dois anos os extensionistas do Instituto Emater vêm levando o sistema integrado agrossilvipastoril às regiões de Paranavaí, Umuarama e Cianorte. Apesar de o Noroeste concentrar 36% do rebanho de gado de corte do Estado, os indicadores de produtividade ainda são baixos.

A realidade da pecuária de corte na região enfrenta diversos problemas como o uso excessivo de fertilizantes químicos e agrotóxicos, sem os cuidados necessários para evitar contaminação do ambiente e dos produtos, baixa rentabilidade e uso inadequado do solo e águas.

De acordo com levantamento da Emater, pelo menos 10% das propriedades onde a pecuária de corte é explorada no Noroeste do Estado apresentam baixo índice tecnológico, abatendo animais com quatro anos de idade. Nesses casos, a natalidade é de 65% e a mortalidade chega a 4%.

Num patamar mediano estão 75% das propriedades. Com uso de alguma tecnologia os pecuaristas conseguem abater bovinos com três anos de idade e a taxa de natalidade é de 70%. Somente 12% dos pecuaristas da região podem ser considerados de alto nível. Nesses casos, os animais são abatidos com dois anos. A taxa de natalidade também aumenta (90%) e a mortalidade cai para 2%. Somente uma minoria, 1% do total de pecuaristas, consegue abater animais com 14 meses de idade e manter a natalidade e mortalidade em níveis aceitáveis, 90% e 1% respectivamente.

O projeto do Instituto Emater quer difundir o sistema agrossilvipastoril como alternativa para alcançar melhores índices produtivos. Para tanto, vem promovendo dias de campo, reuniões técnicas e cursos que mostram as vantagens do sistema aos produtores da região e as práticas que o produtor deve adotar.

Já foram instaladas 15 Unidades de Referência Tecnológica (URTs) para a produção de carne e madeira de qualidade superior certificadas na região. O objetivo é fazer com que os pecuaristas obtenham um rápido giro do capital investido na propriedade, com a criação de animais para o abate com idade entre 18 e 24 meses.

De acordo com Amauri Ferreira Pinto, coordenador do projeto no Instituto Emater, o sistema traz outros benefícios como a conservação de solos e água e a neutralização da emissão de gases causadores do efeito estufa provenientes da pecuária. Além disso, o sistema ainda maximiza a rentabilidade do produtor.

Com a orientação dos extensionistas o produtor faz o plantio de lavouras e eucalipto nas áreas onde os animais são criados. Com um correto manejo é possível recuperar solos degradados e ainda melhorar o ambiente para os animais. De acordo com Amauri, até a capacidade de suporte das áreas de pastagem aumenta. A média na região é de 1,5 cabeça por hectare. A intenção do projeto é aumentar essa taxa para 4 unidades animal/hectare.

Serviço:
Seminário sobre Comercialização de Carne e Madeira de Qualidade
Data: 13.11.2018
Das 9h às 12h15
Local Salão da AABB de Loanda

Tarde de Campo
Das 14h às 16h
Propriedade de Auro Kaid Bazo - Loanda

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