Emater e comunidade
comemoram 300ª fonte
protegida na região de Toledo

No evento, será mostrado de forma prática como é possível fazer a proteção de uma nascente com o uso de tecnologia de baixo custo e de fácil execução
Publicação
21/03/2016 - 10:02
Editoria

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A Emater e a Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Toledo promovem nesta terça-feira (22), Dia Internacional da Água, um dia de campo sobre proteção de fontes. O evento acontece na comunidade Concórdia do Oeste, em Toledo, e comemora também a recuperação e a proteção da fonte de número 300 na região. Participam do evento técnico produtores e alunos da escola da comunidade.
Na oportunidade, será mostrado de forma prática como é possível fazer a proteção de uma nascente com o uso de tecnologia de baixo custo e de fácil execução.
Para o coordenador regional de Meio Ambiente da Emater, o engenheiro agrônomo Adalberto Telesca Barbosa, a conservação das nascentes de água existentes nas propriedades rurais da região é importante não apenas pelos aspectos relacionados à biodiversidade, mas, ainda, pelo valor que têm como fonte de um insumo essencial para o desenvolvimento de várias atividades agropecuárias predominantes no Oeste do Estado.
Para explicar isso, o extensionista utiliza alguns dados do próprio município de Toledo. "Temos aqui um rebanho estático de suínos próximo de 1 milhão de cabeças, capaz de consumir por dia algo próximo a 9 milhões de litros de água. Se acrescentarmos a isso o plantel de bovinos e aves, esse número chega fácil a 12 mil metros cúbicos diários. Então, é um insumo importante, fundamental para o desenvolvimento do agronegócio. Precisa ter qualidade, deve ser bem tratado".
Barbosa conta que a tecnologia divulgada pela Emater para proteção de nascentes tem baixo custo e é de fácil execução. Ela é divulgada na região através de uma ação em parceria com prefeituras, Itaipu Binacional e Consórcio Intermunicipal de Saúde da Costa Oeste e já foi aplicada em 300 propriedades rurais da região de Toledo.
"É um trabalho que busca preservar o recurso natural, assegurar a oferta do volume de água demandado pelas atividades e garantir o abastecimento das casas com qualidade e segurança", destaca o engenheiro agrônomo.
MENOS AGROTÓXICIOS – O extensionista da Emater lembra que outro trabalho realizado pela Emater e instituições parceiras na região – a campanha Plante seu Futuro – complementa o esforço hoje empreendido para assegurar o abastecimento das propriedades com água de qualidade, na quantidade necessária e com atenção ao meio ambiente.
"A campanha difunde o uso de boas práticas na agricultura, como o manejo adequado do solo e o plantio direto, com qualidade, que deixa sobre a superfície da área cultivada uma boa cobertura da palha”, disse. "Essas providências permitem reter com mais eficiência a água que chega com as chuvas, evitando o escorrimento e o consequente assoreamento de pequenos leitos, mantendo o nível do lençol freático e reforçando a vazão dos mananciais".
A campanha Plante seu Futuro também orienta os produtores para o uso racional dos agrotóxicos e agroquímicos. O destaque é a tecnologia de manejo integrado de pragas e doenças que preconiza o uso de venenos somente em casos de riscos para a produção. O agricultor aprende a fazer o monitoramento frequente das plantações, avaliando níveis de danos, identificando e quantificando os insetos, pragas e também os insetos considerados inimigos naturais dessas pragas.
"Com isso, ele vai usar o agrotóxico apenas quando é estritamente necessário e retardar ao máximo a primeira aplicação, dando tempo e oportunidade para o desenvolvimento dos inimigos naturais das pragas. A escolha de venenos que matam apenas o inseto indesejado e preservam os demais é outro benefício buscado", explica Barbosa.
Nas últimas duas safras de soja, principal cultura do Estado, os produtores orientados por técnicos da campanha Plante seu Futuro conseguiram reduzir em cerca de 50% o volume de agrotóxicos aplicados durante a safra. "Aqui na região estamos tocando essa ação de forma bastante forte. E isso, com certeza, contribui para que tenhamos nas propriedades uma água mais segura para consumo das famílias e trato das criações", finaliza o coordenador regional da Emater.
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