Detran-PR inicia treinamento de funcionários para combate à dengue

Departamento de Trânsito do Paraná é o primeiro órgão público a receber as instruções e montar um plano de gerenciamento
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24/03/2011 - 18:00
Editoria

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Funcionários do Departamento de Trânsito do Paraná (Detran) participaram, na tarde desta quinta-feira (24), da primeira fase do treinamento de combate à dengue oferecido pela Secretaria de Estado da Saúde. A autarquia é o primeiro órgão público a receber as instruções e montar o plano de gerenciamento para eliminar e monitorar possíveis focos de água parada, conforme previsto por resolução da secretaria, no início de fevereiro.
A intenção é colocar em prática o planejamento feito em conjunto, principalmente nos mais de 100 pátios para alojamento de veículos administrados pelo Detran-PR e pela Polícia Militar. “Estamos seguindo orientação do governador Beto Richa para ações coordenadas. Precisamos nos articular e agir preventivamente no enfrentamento da dengue”, destacou Marcos Traad, coordenador do Departamento.
Nos próximos meses, todos os funcionários das 101 Circunscrições Reginais de Trânsito (Ciretrans) e dos 211 postos de atendimento, em todo o Estado, devem receber conteúdo educativo e explicativo sobre a doença e formas de combate ao mosquito transmissor.
Só neste ano, foram 23 mil notificações de dengue no Paraná e a maior preocupação é com o controle do crescimento da doença. Segundo Luiz Carlos Monteiro, técnico do Departamento de Vigilância e Controle, da Secretaria da Saúde, a vigilância deve ser feita por todos: governo, empresas e população. “Se formarmos constantemente agentes multiplicadores no combate à dengue poderemos chegar à redução expressiva ao longo do tempo”, afirma.
NORMA – No início do mês passado, o secretário estadual da Saúde, Michele Caputo Neto, assinou a resolução (029/2011), que orienta e estabelece sanções para proprietários de estabelecimentos comerciais e industriais cujas atividades facilitam a proliferação do mosquito transmissor da dengue, como ferros-velhos e depósitos de materiais recicláveis, por exemplo.
A norma técnica tem respaldo da legislação federal e do código sanitário do Estado e regulamenta a aplicação de sanções para os que deixarem de cumprir as regras, estabelecendo multas que podem ir de R$ 2 mil a R$ 200 mil e, dependendo da reincidência, instrumentos para fechar o estabelecimento.
A medida é inédita no estado e, de acordo com Caputo Neto, é um instrumento importante que dá às autoridades municipais e estaduais maior poder de ação contra aqueles que se recusam a se adequar, colocando em risco a saúde pública de toda população. A Secretaria da Saúde também irá lançar uma orientação similar dirigida às residências, que continuam concentrando o maior número de recipientes com água parada.

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