A Delegacia de Estelionato e Desvio de Cargas prendeu na tarde de terça-feira (7) dois suspeitos de vender ingressos falsificados para o jogo final da Copa do Brasil, entre Coritiba e Vasco da Gama, que acontece nesta quarta-feira no estádio Couto Pereira.
Edson Luiz Pacheco, de 33 anos, e Glaison Gonçalves Santana, 41, que trabalhava como segurança terceirizado do Coritiba, foram presos em flagrante quando vendiam os ingressos. Edson foi preso no Shopping Itália e Glaison, no estádio. Com eles, a polícia apreendeu 52 bilhetes falsos. Cada um era vendido por valores entre R$ 250 e R$ 350.
Segundo o delegado Cassiano Aufiero, responsável pelas prisões, foi a diretoria do Coritiba que acionou a polícia, depois que um casal procurou o clube para certificar-se de que os ingressos adquiridos eram verdadeiros. O clube constatou a falsificação e pediu providências à delegacia. De acordo com o delegado, as diferenças entre o ingresso original e o falsificado são grandes. “O verdadeiro tem papel mais grosso e brilhante, enquanto o falsificado é mais fino, escuro e as letras impressas borram com muita facilidade”, descreve Aufiero.
“Glaison fazia a segurança do estádio e, quando procurado por algum torcedor à procura de ingressos para o jogo desta quarta-feira, dizia que os bilhetes estavam esgotados mas que seria possível comprá-los com o Edson. Os torcedores acabavam caindo no golpe porque acreditavam tratar-se de um cambista e não desconfiavam que os bilhetes eram falsos. Somente na terça-feira, a dupla teria vendido 12 ingressos falsos”, explica o delegado Aufiero.
Segundo o delegado, torcedores que tenham adquirido ingressos dos envolvidos na fraude ou mesmo de cambistas e suspeitem da falsificação devem comparecer à delegacia ou ao clube, para confirmar a autenticidade do bilhete. “O próprio clube alerta para que os torcedores não comprem ingressos de cambistas, Todos os bilhetes para o jogo desta quarta-feira estão esgotados já há cinco dias. Queremos evitar qualquer problema ou tumulto na entrada do estádio”, disse o delegado.
As investigações continuam, porque há suspeita de que outras pessoas também integravam a quadrilha, vendendo ingressos falsificados de jogos de futebol e grandes eventos.