Defesa Civil retira famílias de área de risco em Antonina

Chegada de frente fria trará chuvas fortes na sexta-feira (13), mas aumento da precipitação segue até domingo (15)
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11/01/2012 - 14:00
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Cinco famílias moradoras de duas áreas de risco de Antonina, região litorânea, foram removidas de suas casas na noite de terça-feira (10), depois que o Simepar alertou para a grande quantidade de chuva prevista para a região. As 16 pessoas foram encaminhadas para um abrigo na Escola Municipal Gil Feres e residências de familiares.
Com o excesso de chuva acumulado, as encostas dos bairros Caixa d’Água e Graciosa de Cima correm risco de desmoronamento e deslizamento. O volume de chuva registrado nos últimos três dias é de 129 milímetros, o dobro do considerado adequado. O Corpo de Bombeiro, a Polícia Militar e o Conselho Tutelar acompanharam as desocupações.
“A evacuação preventiva das famílias seguiu a orientação do governador, que recomenda que a prioridade seja a preservação da vida”, disse o secretário-chefe da Casa Militar e coordenador estadual da Defesa Civil, coronel Adilson Castilho. Ele vistoriou, nesta quarta-feira (11), as residências desocupadas e disse que o governo estadual está acompanhando as previsões de chuvas e oferecendo todo suporte aos moradores.
Os desabrigados encaminhados para a escola municipal recebem alimentação diária. O coronel Castilho informou que as famílias deverão retornar em breve para suas residências, porque há tendência de o clima melhorar. A Cohapar está construindo 50 unidades habitacionais para a retirada definitiva das famílias de áreas de risco.
O geólogo Oscar Salazar Junior, da Mineropar, acompanhou a vistoria e avaliou a situação do solo. “Nossa experiência mostra que nessas condições já pode haver deslocamento de massa. Não podemos esperar que o desastre ocorra para agir”, afirma ele.
POPULAÇÃO – O morador Luiz Fernando Oliveira, 21 anos, do bairro Gracioso de Cima, reconheceu a necessidade da medida e disse que a segurança da sua família é o mais importante. “Está desbarrancando tudo. Entendo que a melhor alternativa é a saída imediata”, disse. Ele e sua esposa, que está grávida, estão abrigados na escola municipal. A expectativa de Oliveira é se mudar logo para as unidades habitacionais que estão sendo construídas.
Sheila Pereira Teixeira, 22 anos, e mãe de duas filhas, afirmou que obedeceu a orientação da Defesa Civil por reconhecer a gravidade da situação. Ela disse ter muito medo que ocorra um deslizamento de terra. “Saímos por causa das crianças. Eu entendo que é muito perigoso”, disse a moradora, que foi levada para a casa dos pais.
De acordo com o Simepar, a frente fria que avança pelo Rio Grande do Sul e Santa Catarina aumenta a precipitação na região a partir de quinta-feira e trará chuvas fortes, principalmente, na sexta-feira (13). Na segunda-feira (16), a expectativa é que o tempo volte à condição normal para a estação, com pancadas localizadas, segundo o meteorologista Paulo Barbieri.

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