Custo de vida em Curitiba
sobe 0,58% em março

Com isso, o acumulado dos últimos 12 meses – abril/2011 a março/2012 – ficou em 4,71%, segundo cálculos do Ipardes
Publicação
11/04/2012 - 17:22
Editoria

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O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) de Curitiba - para famílias que recebem de 1 a 40 salários mínimos - foi de 0,58% no mês de março em relação a fevereiro. Com isso, o acumulado dos últimos 12 meses – abril/2011 a março/2012 – ficou em 4,71% e no ano (1º trimestre) em 1,20%. No ano passado, esses índices foram, respectivamente, de 1,25%, 6,17% e 2,27%. O IPC (custo de vida ou inflação) é calculado pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes).
Na comparação com 2011, ocorreu uma desaceleração, principalmente em decorrência da atual estabilidade nos preços dos combustíveis e dos menores reajustes praticados esse ano sobre os valores das mensalidades escolares e da tarifa do ônibus urbano.
O grupo “vestuário”, com alta de 3,43% nos seus preços, se destacou apresentando a maior contribuição no IPC de março – 0,23 pontos percentuais no total de 0,58; ou seja, 40% do índice se deve a essa alta. Os itens que mais influenciaram este resultado foram: sapato feminino (10,24%), calça comprida feminina (5,77%), camisa masculina (5,74%) e calça comprida masculina (4,35%).
No mês de fevereiro o grupo já havia apresentado alta (0,14%). Esse movimento de aceleração de preços revela a entrada definitiva das peças da nova coleção outono-inverno, tanto para roupas como para calçados.
No grupo “artigos de residência” aparecem como destaques os aumentos de 6,35% nos preços de armários para quarto e de 7% nos valores cobrados por consertos de móveis (estofadores). O grupo apresentou variação de 1,71%, oposta à do mês anterior, quando o resultado foi de -1,39%.
Além de uma gama maior de itens que tiveram seus preços majorados, os eletrodomésticos e aparelhos de som e imagem, em sua maioria, estão retornando a seus preços normais, após promoções ocorridas nos meses anteriores.
Com alta de 0,53%, o grupo “alimentos e bebidas” voltou a subir, após queda de 0,22% em fevereiro e alta de 0,19% em janeiro. Como principais influências, houve destaque para os seguintes itens: com aumento de preços, ovo de galinha (14,32%), uva (34,82%) e leite pasteurizado (1,47%) e, com queda, frango inteiro resfriado (-4,54%) e açúcar refinado (-3,34%).
Dos 30 itens com maior variação de preços no cálculo do IPC em Curitiba, 16 são deste grupo, sendo que 11 tiveram aumento e 5 queda. Independentemente de suas contribuições no índice, ganham destaque alguns hortifrutis que apresentaram elevação nos preços, devido ao período de entressafra: uva (34,82%), morango (24,78%) e manga (19,16%).
Do grupo “habitação”, que subiu 0,38%, a principal contribuição para o resultado final do índice foi o aumento médio de 1,34% nos preços dos aluguéis residenciais. Com queda, destaca-se taxa de condomínio (-1,43%).
O grupo “saúde e cuidados pessoais” apresentou alta de 0,31%, com pequena alteração em relação ao índice do mês de fevereiro (0,27%). Contribuíram para o resultado, os seguintes itens: medicamento anti-infeccioso e antibiótico, com alta de 3,75%, e serviços de psicólogo e fisioterapeuta, que subiram 2,51%.
O grupo “despesas pessoais” teve alta de 0,11%. Com isso, foi observada pequena desaceleração em relação ao índice do mês anterior (0,25%). Os destaques foram, de um lado, brinquedos/jogos e instrumentos musicais, que subiram 5,92% e 25,55%, respectivamente, e, de outro, com queda de preços, disco laser – CD (-10,26%), jornal diário (-21,54%) e pacote turístico (-4,17%).
Com aumento de 0,05%, o grupo “transporte e comunicação” foi o que menos pesou no bolso do consumidor curitibano no mês de março. Na comparação com o mês de fevereiro (0,18%), ocorreu pequena desaceleração. Como principais influências, os seguintes itens se destacaram: tarifa de ônibus urbano, com variação de 3,14%, automóvel de passeio nacional zero km (-0,91%) e passagem aérea (-5,81%).