A taxa de desemprego na Região Metropolitana de Curitiba (RMC) relacionada à População Economicamente Ativa (PEA) ficou em 4,4% em maio de 2011, de acordo com a Pesquisa Mensal de Emprego (PME) feita pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes). Foi a menor taxa de desemprego do País e a melhor observada para a região no mês de maio na série histórica iniciada em 2002. Ficou ainda 15% menor do que a taxa de 5,2% da PEA verificada em maio de 2010.
No mês anterior, a taxa foi de 3,7%. Já em maio, mesmo com a elevação, foi inferior às das seis regiões metropolitanas (Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre) onde a pesquisa é feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A metodologia do Ipardes é a mesma do IBGE.
A desocupação no País atingiu 6,4% da PEA, também o menor nível apontado para o mês de maio, desde 2002 — igual ao porcentual constatado em abril de 2011, e inferior a maio de 2010 (7,5%).
O economista Gilmar Mendes Lourenço, presidente do Ipardes, diz que a elevação da taxa de desemprego na RMC em maio deve-se ao crescimento da População Economicamente Ativa (PEA), em 61 mil pessoas, o que alterou a taxa de atividade, de 58,9% da População em Idade Ativa (PIA), em abril, para 60,7% em maio de 2011.
“Esse crescimento da população em idade ativa não foi acompanhado pela evolução da oferta de vagas no mercado de trabalho, mas não representa perda de dinamismo do mercado de trabalho regional”, afirma Lourenço.
RENDA – O rendimento médio real (com o desconto da inflação) dos trabalhadores na RMC também cresceu em maio de 2011, chegando a R$ 1.634,30, valor que está 4,6% acima do registrado em maio de 2010 e 1,1% maior do que o verificado em abril de 2011.
É o terceiro melhor rendimento do País (atrás das Regiões Metropolitanas de São Paulo e do Rio de Janeiro), e 4,3% superior à média nacional. No Brasil, os rendimentos atingiram R$ 1.566,70 em maio de 2011, com incremento de 4% em relação a maio de 2010, e 1,1% em relação a abril de 2011.
Gilmar Lourenço afirmou que a trajetória de estabilização do desemprego e a elevação dos rendimentos dos trabalhadores demonstram a preservação do vigor das atividades econômicas no país, a despeito da estratégia de elevação dos juros e contenção do crédito, praticada pelo Banco Central desde o final de 2010.
Segundo ele, no caso da RMC, é bastante perceptível a circunstância de aquecimento da economia, principalmente nos segmentos de serviços e da construção civil. Levantamento do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego, mostra que o contingente ocupado com carteira assinada na construção civil no período analisado cresceu 5,83% no Brasil, 8,88% no Paraná e 9,37% na RMC, entre janeiro e maio de 2011, em comparação com o mesmo período de 2010.
Nesse período, a RMC respondeu por 35,4% da variação do emprego formal no Estado (3,82%). O acréscimo experimentado no pessoal ocupado formal do Paraná (91.039 postos) representou 7,77% da geração líquida de postos do País em idêntico intervalo.
O saldo de admissões menos demissões no Brasil chegou a 1.171.796 pessoas, nos primeiros cinco meses de 2011, o que significou crescimento de 3,26% em confronto com igual período de 2010.
“Parece prudente reconhecer uma perspectiva de arrefecimento do mercado de trabalho no segundo semestre de 2011, por conta dos inevitáveis impactos das medidas de restrição ao consumo, aplicadas pelas autoridades econômicas, em um panorama de apreciável diferença entre as taxas de desemprego em distintas regiões – pico de 10,5% em Salvador e pisos de 4,7% em Belo Horizonte e 4,4% em Curitiba – e de alcance do limite técnico de endividamento primário da população”, afirma Gilmar Lourenço.
A PME abrange comportamentos heterogêneos do mercado de trabalho nas diferentes regiões, expressos em maiores patamares de renda e menor desocupação, nos espaços mais industrializados do Sudeste e Sul, e menor renda e maior desemprego, nas áreas do Nordeste.
RENDIMENTO EM REGIÕES METROPOLITANAS (MAIO/2011)
São Paulo - R$ 1.667,90
Curitiba - R$ 1.634,30
Rio de Janeiro - R$ 1.632,40
Porto Alegre - R$ 1.503,10
Belo Horizonte - R$ 1.477,70
Salvador - R$ 1.283,90
Recife - R$ 1.077,40
No mês anterior, a taxa foi de 3,7%. Já em maio, mesmo com a elevação, foi inferior às das seis regiões metropolitanas (Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre) onde a pesquisa é feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A metodologia do Ipardes é a mesma do IBGE.
A desocupação no País atingiu 6,4% da PEA, também o menor nível apontado para o mês de maio, desde 2002 — igual ao porcentual constatado em abril de 2011, e inferior a maio de 2010 (7,5%).
O economista Gilmar Mendes Lourenço, presidente do Ipardes, diz que a elevação da taxa de desemprego na RMC em maio deve-se ao crescimento da População Economicamente Ativa (PEA), em 61 mil pessoas, o que alterou a taxa de atividade, de 58,9% da População em Idade Ativa (PIA), em abril, para 60,7% em maio de 2011.
“Esse crescimento da população em idade ativa não foi acompanhado pela evolução da oferta de vagas no mercado de trabalho, mas não representa perda de dinamismo do mercado de trabalho regional”, afirma Lourenço.
RENDA – O rendimento médio real (com o desconto da inflação) dos trabalhadores na RMC também cresceu em maio de 2011, chegando a R$ 1.634,30, valor que está 4,6% acima do registrado em maio de 2010 e 1,1% maior do que o verificado em abril de 2011.
É o terceiro melhor rendimento do País (atrás das Regiões Metropolitanas de São Paulo e do Rio de Janeiro), e 4,3% superior à média nacional. No Brasil, os rendimentos atingiram R$ 1.566,70 em maio de 2011, com incremento de 4% em relação a maio de 2010, e 1,1% em relação a abril de 2011.
Gilmar Lourenço afirmou que a trajetória de estabilização do desemprego e a elevação dos rendimentos dos trabalhadores demonstram a preservação do vigor das atividades econômicas no país, a despeito da estratégia de elevação dos juros e contenção do crédito, praticada pelo Banco Central desde o final de 2010.
Segundo ele, no caso da RMC, é bastante perceptível a circunstância de aquecimento da economia, principalmente nos segmentos de serviços e da construção civil. Levantamento do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego, mostra que o contingente ocupado com carteira assinada na construção civil no período analisado cresceu 5,83% no Brasil, 8,88% no Paraná e 9,37% na RMC, entre janeiro e maio de 2011, em comparação com o mesmo período de 2010.
Nesse período, a RMC respondeu por 35,4% da variação do emprego formal no Estado (3,82%). O acréscimo experimentado no pessoal ocupado formal do Paraná (91.039 postos) representou 7,77% da geração líquida de postos do País em idêntico intervalo.
O saldo de admissões menos demissões no Brasil chegou a 1.171.796 pessoas, nos primeiros cinco meses de 2011, o que significou crescimento de 3,26% em confronto com igual período de 2010.
“Parece prudente reconhecer uma perspectiva de arrefecimento do mercado de trabalho no segundo semestre de 2011, por conta dos inevitáveis impactos das medidas de restrição ao consumo, aplicadas pelas autoridades econômicas, em um panorama de apreciável diferença entre as taxas de desemprego em distintas regiões – pico de 10,5% em Salvador e pisos de 4,7% em Belo Horizonte e 4,4% em Curitiba – e de alcance do limite técnico de endividamento primário da população”, afirma Gilmar Lourenço.
A PME abrange comportamentos heterogêneos do mercado de trabalho nas diferentes regiões, expressos em maiores patamares de renda e menor desocupação, nos espaços mais industrializados do Sudeste e Sul, e menor renda e maior desemprego, nas áreas do Nordeste.
RENDIMENTO EM REGIÕES METROPOLITANAS (MAIO/2011)
São Paulo - R$ 1.667,90
Curitiba - R$ 1.634,30
Rio de Janeiro - R$ 1.632,40
Porto Alegre - R$ 1.503,10
Belo Horizonte - R$ 1.477,70
Salvador - R$ 1.283,90
Recife - R$ 1.077,40