Controle da dengue precisa de
ações permanentes, diz secretário

O secretário estadual da Saúde, Antônio Carlos Nardi, reforçou nesta quinta-feira (03) a necessidade de mobilização social para o controle do mosquito Aedes aegypti. Ele ressaltou o papel de apoio do Estado para que os municípios evitem situações de epidemia. Confira relatório.

 
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03/05/2018 - 18:10
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O secretário estadual da Saúde, Antônio Carlos Nardi, reforçou nesta quinta-feira (03) a necessidade de mobilização social para o controle do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, chikungunya e zika vírus. Segundo ele, essa é uma missão difícil e que precisa somar esforços para o controle do vetor.

“Precisamos ter ação capilarizada em todos os municípios para evitar o aumento da infestação do mosquito”, disse o secretário durante a reunião mensal do Comitê Intersetorial de Controle da Dengue. “Temos que eliminar os criadouros e controlar as doenças transmitidas por vetores. É difícil dizer que venceremos esse desafio, mas temos que agir para termos controle da situação”, acrescentou Nardi.

Ele ressaltou o papel de apoio do Estado para que os municípios evitem situações de epidemia. Entre as ações, está a oferta da vacina nas 30 cidades que historicamente enfrentaram epidemias e grande número de casos e mortes por dengue.

“Encerramos a campanha no último sábado e ainda temos um grande número de pessoas a vacinar com a terceira dose. Portanto, vamos articular com as secretarias municipais de Saúde a forma de atingir a meta de completar o esquema vacinal daqueles que fazem parte do público alvo e já tomaram as duas primeiras doses”, afirmou o secretário.

Para garantir imunidade duradoura, a vacina da dengue é aplicada em três doses, com intervalo de seis meses entre elas. Na próxima segunda-feira (7), será promovida videoconferência com as equipes dos 30 municípios que fazem parte da campanha para definir as estratégias de vacinação daqueles que não completaram o esquema vacinal durante a campanha realizada entre 20 de março e 28 de abril.

VACINA – No fechamento da campanha, o Estado contabilizou 30,2% do público-alvo vacinado com três doses. As menores coberturas vacinais contra a dengue estão nas grandes cidades, como Paranaguá (18,1%), Londrina (21,4%), Foz do Iguaçu (27,2%) e Maringá (33,6%). A meta é atingir cobertura de pelo menos 50% da população alvo com três doses aplicadas.

“É importante ressaltar que as cidades com altas coberturas, como Cruzeiro do Sul (78%), Cambará (76%) e Iguaraçu (75%), o número de casos caiu para zero, mesmo com a presença do mosquito transmissor”, disse a superintendente de Vigilância em Saúde, Júlia Cordellini. Ela destaca que, além de proteger os jovens imunizados, a vacina também ajuda a reduzir a circulação viral, protegendo toda população.

Nas cidades com índices de vacinação abaixo de 30% continuam sendo registrados casos no Paraná. Entre agosto de 2017 e maio de 2018, Maringá registrou 148 casos, São João do Ivaí, 77, e Foz do Iguaçu 69 casos, com duas mortes confirmadas por dengue.

(boletim pode ser acessado AQUI)

 

 

Orientações para evitar criadouros do mosquito transmissor da dengue

- Evitar o acúmulo de lixo e entulhos;

- Deixar sacolas e recipientes com lixo fechados;

- Manter as caixas d’água, galões, tonéis ou tambores sempre vedados;

- Remover a sujeira das calhas e ralos;

- Não deixar pneus com água e em lugares descobertos;

- Deixar garrafas ou baldes com a boca para baixo;

- Verificar bandejas de ar-condicionado e geladeiras mantendo-as limpas e sem água;

- Colocar areia até a borda nos pratos de vasos de flores e plantas;

- Manter vasos sanitários sem uso fechados;

- Tratar a água de piscinas e fontes uma vez por semana;

- Esticar lonas para não formar poças;

- Lavar os recipientes de água dos animais uma vez por semana;


 

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