O secretário estadual da Saúde, Antônio Carlos Nardi, reforçou nesta quinta-feira (03) a necessidade de mobilização social para o controle do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, chikungunya e zika vírus. Segundo ele, essa é uma missão difícil e que precisa somar esforços para o controle do vetor.
“Precisamos ter ação capilarizada em todos os municípios para evitar o aumento da infestação do mosquito”, disse o secretário durante a reunião mensal do Comitê Intersetorial de Controle da Dengue. “Temos que eliminar os criadouros e controlar as doenças transmitidas por vetores. É difícil dizer que venceremos esse desafio, mas temos que agir para termos controle da situação”, acrescentou Nardi.
Ele ressaltou o papel de apoio do Estado para que os municípios evitem situações de epidemia. Entre as ações, está a oferta da vacina nas 30 cidades que historicamente enfrentaram epidemias e grande número de casos e mortes por dengue.
“Encerramos a campanha no último sábado e ainda temos um grande número de pessoas a vacinar com a terceira dose. Portanto, vamos articular com as secretarias municipais de Saúde a forma de atingir a meta de completar o esquema vacinal daqueles que fazem parte do público alvo e já tomaram as duas primeiras doses”, afirmou o secretário.
Para garantir imunidade duradoura, a vacina da dengue é aplicada em três doses, com intervalo de seis meses entre elas. Na próxima segunda-feira (7), será promovida videoconferência com as equipes dos 30 municípios que fazem parte da campanha para definir as estratégias de vacinação daqueles que não completaram o esquema vacinal durante a campanha realizada entre 20 de março e 28 de abril.
VACINA – No fechamento da campanha, o Estado contabilizou 30,2% do público-alvo vacinado com três doses. As menores coberturas vacinais contra a dengue estão nas grandes cidades, como Paranaguá (18,1%), Londrina (21,4%), Foz do Iguaçu (27,2%) e Maringá (33,6%). A meta é atingir cobertura de pelo menos 50% da população alvo com três doses aplicadas.
“É importante ressaltar que as cidades com altas coberturas, como Cruzeiro do Sul (78%), Cambará (76%) e Iguaraçu (75%), o número de casos caiu para zero, mesmo com a presença do mosquito transmissor”, disse a superintendente de Vigilância em Saúde, Júlia Cordellini. Ela destaca que, além de proteger os jovens imunizados, a vacina também ajuda a reduzir a circulação viral, protegendo toda população.
Nas cidades com índices de vacinação abaixo de 30% continuam sendo registrados casos no Paraná. Entre agosto de 2017 e maio de 2018, Maringá registrou 148 casos, São João do Ivaí, 77, e Foz do Iguaçu 69 casos, com duas mortes confirmadas por dengue.
(boletim pode ser acessado AQUI)
Orientações para evitar criadouros do mosquito transmissor da dengue
- Evitar o acúmulo de lixo e entulhos;
- Deixar sacolas e recipientes com lixo fechados;
- Manter as caixas d’água, galões, tonéis ou tambores sempre vedados;
- Remover a sujeira das calhas e ralos;
- Não deixar pneus com água e em lugares descobertos;
- Deixar garrafas ou baldes com a boca para baixo;
- Verificar bandejas de ar-condicionado e geladeiras mantendo-as limpas e sem água;
- Colocar areia até a borda nos pratos de vasos de flores e plantas;
- Manter vasos sanitários sem uso fechados;
- Tratar a água de piscinas e fontes uma vez por semana;
- Esticar lonas para não formar poças;
- Lavar os recipientes de água dos animais uma vez por semana;