Consumo de eletricidade no Paraná aumentou 4% no primeiro trimestre

Ritmo de expansão equivale ao surgimento de uma nova cidade como Londrina
Publicação
27/04/2011 - 18:00
Editoria

Confira o áudio desta notícia

O consumo de energia elétrica no Paraná cresceu 4% nos três primeiros meses deste ano, comparativamente ao mesmo período de 2010. O percentual considera o chamado “mercado fio” da Copel, que é formado pelo mercado cativo da concessionária de quase 3,8 milhões de ligações elétricas, mais outras concessionárias e permissionárias que atuam no Estado e ainda os consumidores livres – usuários de grande porte aos quais é permitido contratar com outras fornecedoras o seu suprimento de energia elétrica.
O volume total demandado no Paraná entre janeiro e março deste ano chegou a 6.527 GWh (gigawatts-hora), diante dos 6.277 GWh consumidos no ano que passou.
“Essa diferença, de 250 GWh ou 250 milhões de quilowatts-hora, equivale ao consumo trimestral de uma cidade como Londrina, segundo principal pólo urbano do Estado, onde a Copel presta atendimento direto a cerca de 200 mil unidades consumidoras”, afirma o presidente da companhia, Lindolfo Zimmer.
“Crescer ao ritmo de uma nova Londrina a cada trimestre ou a cada ano é um desafio de grande magnitude para a Copel mas é, acima disso, um relevante indicativo dos programas de crescimento econômico e social desejados pelo governador Beto Richa para o Paraná”, completa.
MERCADO CATIVO – A variação do mercado cativo da Copel foi de 3,7% na comparação entre os primeiros trimestres deste e do ano anterior, evoluindo de 5.378 GWh para 5.577 GWh.
O maior incremento percentual foi observado no segmento comercial, onde o uso de eletricidade cresceu 5,3%. Esta atividade concentra 312,6 mil unidades consumidoras e tem participação de 22,1% na estrutura de consumo do mercado cativo da Copel.
Segundo a interpretação de técnicos da área de mercado e regulação da companhia, esse comportamento foi influenciado pelo mercado de trabalho fortemente aquecido, aliado aos reflexos das medidas de expansão do crédito.
Já o consumo residencial apresentou crescimento de 3,6%, refletindo uma elevação na renda familiar média e, também, o aumento do número de consumidores atendidos.
O número de ligações residenciais servidas pela Copel no Estado em 31 de março deste ano, de 2 milhões 992 mil unidades consumidoras, foi 3,9% maior que o total de ligações existentes em 31 de março de 2010, que era de 2 milhões 881 mil lares. Esta categoria concentra quase 80% das unidades consumidoras atendidas pela Copel e responde por 27,9% de toda eletricidade por ela comercializada.
INDÚSTRIAS – Entre as indústrias, a variação do consumo na comparação entre os trimestres em consideração apontou para um crescimento de 3,2% – de 1.710 GWh para 1.765 GWh.
Novamente na avaliação dos analistas de mercado e regulação da Copel, tal desempenho foi influenciado pela conjugação de dois fatores: o crescimento da produção industrial paranaense – particularmente nos setores de edição e impressão, veículos automotores e alimentos – e a expansão do número de indústrias instaladas e ligadas no Paraná.
Em 31 de março deste ano, o mercado industrial atendido diretamente pela Copel era integrado por 70.137 indústrias, ou 4,5% mais que as 67.087 indústrias em atividade na mesma data em 2010.
No meio rural, por fim, os níveis de consumo variaram em patamar idêntico ao das indústrias, com crescimento de 3,2%. Além da expansão na base de unidades consumidoras ligadas – de 2,4% no número de propriedades e domicílios atendidos, que agora totalizam 366.488 ligações.
O desempenho nesse setor – aponta a Copel – refletiu o aumento na produção agrícola do Estado. Os consumidores rurais respondem por 9% de toda a energia elétrica distribuída pela empresa no Paraná.

GALERIA DE IMAGENS