Foram divulgados nesta segunda-feira (26) os nomes dos quatro consórcios nacionais e internacionais que vão fazer os estudos de engenharia para implantação da nova ferrovia, com quase mil quilômetros, que ligará Dourados (MS) ao complexo portuário do Litoral do Paraná. Os consórcios enviaram suas propostas dentro do prazo encerrado no fim de janeiro. Elas foram avaliadas pelo Governo do Estado, que selecionou os autorizados a realizar o estudo.
São eles: consórcio HaB, constituído pelas empresas Bureau da Engenharia ECT Ltda, Hendal e Advice Concultoria e Serviços; consórcio SSSE, formado pela empresa espanhola Sener Ingeneria e pelas nacionais Sener Setepla e Engefoto; consórcio Egis-Esteio-Copel, do qual fazem parte a empresa francesa Egis Engenharia e Consultoria Ltda, e as companhias nacionais Esteio Engenharia e Aerolevantamentos S.A e Copel; e o consórcio formado por Sistemas de Transportes Sustentáveis – STS, Pullin e Campano Consultores Associados e Navarro Prado Advogados, pela consultoria Millennia Systems, dos Estados Unidos, e pela EnVia Technologies International.
O secretário de Estado do Planejamento e Coordenação Geral, Juraci Barbosa Sobrinho, falou sobre o número elevado de propostas recebidas. “O sucesso e a credibilidade do projeto junto ao mercado podem ser atribuídos ao extenso trabalho interno do Governo do Paraná na estruturação das questões técnicas e jurídicas”.
A nova ferrovia reduzirá custos logísticos e agilizará o transporte da lavoura até o porto. Ele explicou que hoje apenas 20% da mercadoria que chega ao Porto de Paranaguá é transportada por via-férrea. Além da Secretaria do Planejamento, fazem parte do Grupo Técnico Setorial que analisou as propostas do Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI) as secretarias de Estado da Infraestrutura e Logística, a Ferroeste e a Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa).
CRONOGRAMA - Na primeira fase, as empresas autorizadas vão elaborar os estudos de viabilidade técnica, econômica e ambiental da ferrovia. A partir da conclusão destes trabalhos, com prazo estimado em 270 dias, o governo abrirá processo licitatório para construção e concessão da linha.
A obra está dividida em dois trechos. O primeiro tem 400 quilômetros e liga o Litoral do Paraná a Guarapuava. O segundo, com aproximadamente 600 quilômetros, vai de Guarapuava até Dourados (MS), passando por Guaíra, e conta com a implantação de 350 quilômetros de linha nova, além da reabilitação do trecho já existente entre Guarapuava e Cascavel.
PMI - O Procedimento de Manifestação de Interesse para a execução do projeto foi lançado no final de novembro. Dezoito empresas compostas em seis consórcios nacionais e internacionais mostraram interesse na elaboração do Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental. O valor aproximado do estudo é de R$ 25 milhões e o custo estimado de construção da ferrovia é de R$ 10 bilhões.
Os nomes dos consórcios autorizados a fazer os estudos de engenharia para implantação da nova ferrovia foram anunciados durante a 16ª reunião do Conselho Gestor de Concessões, na Secretaria de Estado do Planejamento. Também estavam presentes os secretários de Estado da Fazenda, Mauro Ricardo Costa; da Administração e Previdência, Fernando Ghignone; da Comunicação Social, Deonilson Roldo, além do presidente da Fomento Paraná, Vilson Andrade.