Companhias discutem políticas públicas para o saneamento

Congresso da Abes reúne representantes de empresas públicas e privadas do setor. O objetivo dos gestores é concentrar investimentos de infraestrutura em saneamento para que o país alcance a universalização dos serviços.
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05/10/2017 - 10:20
Editoria

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Presidentes de companhias de saneamento de todo Brasil discutiram a elaboração de políticas públicas exclusivas para o setor durante o terceiro dia do congresso da Abes - Associação Brasileira das Empresas de Saneamento Ambiental. O evento reúne durante toda a semana, em São Paulo, representantes de empresas públicas e privadas de todo o Brasil.

O objetivo dos gestores é concentrar os investimentos de infraestrutura em saneamento para que o país alcance a universalização dos serviços, principalmente na coleta e tratamento do esgoto.

Para o presidente da Sanepar, Mounir Chaowiche, que participou do painel dos presidentes, “a discussão sobre as políticas para o setor é muito importante para que o Brasil consiga evoluir na questão do saneamento ambiental”.

De acordo com o ministro das Cidades, Bruno Araújo, o saneamento é a área da infraestrutura que mais denigre a imagem do país. “Queremos apresentar um novo modelo de política de saneamento, pensando de forma verdadeira com a sociedade”.

Também participaram do painel o presidente da Sabesp, Jerson Kelman, o presidente da Saneago, Jalles Siqueira, a presidente da BRK Ambiental, Tereza Vernáglia, e o presidente da Associação Nacional dos Serviços Municipais de Saneamento (Assemae), Aparecido Hojaij.

Questões relacionadas à gestão eficiente das companhias de saneamento, o foco constante na inovação e a regulação do setor foram assuntos levantados ainda durante o painel.

Para o presidente da Sabesp, companhia paulista de saneamento, a busca pela eficiência requer persistência. Ele destaque que as companhias estatais ainda são prejudicadas pela cultura do serviço público: baixa produtividade e pouca inovação.

“A Sabesp passou por um processo de modernização na década de 70 e atualmente não devemos nada para as grandes companhias do mundo. O que precisamos é de segurança jurídica para fazer os investimentos que ainda se fazem necessários. Precisamos lembrar dos nossos clientes, dos nossos acionistas, mas principalmente daqueles 'sem serviço', geralmente os mais pobres e que vivem na periferia das cidades”, disse Kelman.

O presidente da Sanepar também falou sobre as iniciativas adotadas no Paraná para melhorar a eficiência na gestão e salientou que a Sanepar investe constantemente na formação de novos líderes e gestores.
“Temos um programa sólido de formação de gerentes e também perseguimos a inovação, além de uma área dedicada à pesquisa e desenvolvimento para avançar com eficiência”, disse Mounir. “Nós já evoluímos muito no que diz respeito à inovação e firmamos termos de cooperação técnica com universidades e companhias de saneamento internacionais. Recentemente, estivemos na Coreia do Sul para oficializar a nossa parceira com aquele país”.

As experiências da Sanepar na área da inovação foram apresentadas no Congresso, nesta quarta-feira (04). O gerente da Assessoria de Pesquisa e Desenvolvimento da empresa, Gustavo Possetti, participou do painel “Biogás: combustível para a promoção do setor de esgotamento sanitário no Brasil”.

“A Sanepar é uma empresa em constante evolução, nossos profissionais estão sempre buscando novas soluções. Isso nos coloca numa posição de destaque no cenário nacional”, concluiu Mounir Chaowiche.

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