Comércio varejista do Paraná cresceu 6,4% em novembro de 2011

É o dobro da média nacional (3,2%) e superior à dos estados da Região Sul, Santa Catarina (4,7%) e Rio Grande do Sul (1,8%)
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12/01/2012 - 15:10
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As vendas do comércio varejista paranaense cresceram 6,4% em novembro de 2011, o dobro da média nacional (3,2%) e superior à dos estados da Região Sul, Santa Catarina (4,7%) e Rio Grande do Sul (1,8%), impulsionadas por supermercados, móveis e eletrodomésticos, produtos farmacêuticos e cosméticos, equipamentos de informática e materiais de construção. Foi também o quarto maior aumento de faturamento real (já descontada a inflação) entre os 27 estados brasileiros, ficando atrás apenas de Tocantins (16,4%), Roraima (7,5%) e Amazonas (7,1%). Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (12) pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes).
Segundo o presidente do Ipardes, Gilmar Mendes Lourenço, entre janeiro e novembro do ano passado, a variação foi de 8,7%, contra 6,9% para o Brasil, 8,2% para Santa Catarina e 6,4% para o Rio Grande do Sul. As alavancas do panorama virtuoso foram móveis e eletrodomésticos (16,3%), produtos farmacêuticos e de perfumaria (16,3%), materiais de construção (11,7%) e veículos, motos, partes e peças (11,4%). “Trata-se de áreas bastante sensíveis à concatenação entre acréscimo da massa de salários (emprego e remunerações), crédito (ainda que caro) ao consumo e incentivos à construção civil, precisamente ao segmento residencial”, disse.
Lourenço lembra que a propósito do potencial de consumo derivado do montante da renda proveniente de salários, convém destacar que o Paraná alcançou números inéditos na geração de empregos com carteira assinada em 2011, crescendo 6,6% até o mês de novembro e chegando a 157,5 mil postos, sendo que mais de 60% foram abertos fora da Região Metropolitana de Curitiba (RMC), representando o quarto maior contingente incremental do País, perdendo somente para São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro.
Na mesma linha, destaca Lourenço, a RMC ostentou o menor desemprego entre as RMs brasileiras, fechando o ano com taxa média de 3,8% da População Economicamente Ativa (PEA) versus 6,1% para o Brasil. Ao final do mês de novembro, o rendimento médio real mensal dos trabalhadores aproximou-se de R$ 1.800,00 e assumiu a liderança no quadro nacional, revelando o vigor do mercado regional.
O incremento inferior à média verificado no ramo de supermercados e hipermercados (5,4% versus 4,0% para a média brasileira) evidencia a quase exaustão da demanda reprimida dos consumidores pelos produtos vendidos por tais segmentos e a continuidade do desvio de renda das famílias, da aquisição de produtos essenciais para itens de consumo mais sofisticados, comprados predominantemente a prazo.
No fundo, diz Gilmar Lourenço, a performance do comércio paranaense em 2011 reproduziu, essencialmente, a articulação de dois movimentos. De um lado, ressalta o poder de resistência do setor privado à orientação macroeconômica restritiva predominante no País, entre outubro de 2010 e julho de 2011. De outro, sublinha a capacidade de resposta do segmento produtivo regional às medidas de flexibilização monetária implantadas pelo Banco Central, a partir do mês de agosto, especialmente a redução dos juros e a revitalização dos mecanismos de crédito, no afã de neutralizar os efeitos da instabilidade da economia mundial em um mercado interno que emitia sinais de desaceleração.

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