Comércio paranaense
tem melhor desempenho
do Sul e Sudeste

Resultado de 5,6%, descontada a inflação, inclui vendas de automóveis, peças e material de construção. Na média brasileira, número ficou em 1,2%
Publicação
11/04/2013 - 12:00
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O faturamento do varejo paranaense, descontada a inflação, cresceu 5,6% em fevereiro, em relação ao mesmo mês do ano passado, na definição ampliada, que contém veículos, motos, partes e peças e materiais de construção. No Brasil, o crescimento foi de 1,2%, conforme a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgada nesta quinta-feira (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O desempenho do Paraná foi o melhor entre os estados do Sul e do Sudeste. Tal performance esteve ancorada em veículos, motocicletas, partes e peças (13,4%), artigos farmacêuticos e de perfumaria (10,2%), material de construção (9,4%), artigos de uso pessoal e doméstico (7,4) e combustíveis e lubrificantes (5,4%).
“Houve grande influência, no que se refere ao ramo de veículos, da antecipação de compras, motivada pela expectativa do ‘começo do fim’ dos incentivos tributários do IPI”, avalia Gilmar Mendes Lourenço, diretor-presidente do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes).
No indicador acumulado no primeiro bimestre, a performance do comércio do Paraná também foi a melhor entre os estados mais dinâmicos, com incremento de vendas de 7,8% versus 4,2% para a média nacional, com destaque para os segmentos de veículos, motocicletas, partes e peças (14,4%), artigos farmacêuticos e de perfumaria (11,7%), outros artigos de uso pessoal e doméstico (11,2%), combustíveis e lubrificantes (10%) e material de construção (9,3%).
Nos 12 meses terminados em fevereiro de 2013, as vendas reais do comércio varejista aumentaram 8,1% no Paraná, resultado superior à média nacional de 7,8% e o terceiro melhor no Sul e Sudeste, ficando atrás do Rio Grande do Sul (8,8%) e empatando com São Paulo (8,1%). Nessa referência de comparação, o comportamento positivo derivou da comercialização de artigos de uso pessoal e doméstico (19,2%), artigos farmacêuticos e de perfumaria (18,9%), veículos, motocicletas, partes e peças (10,2%) e combustíveis e lubrificantes (9,9%).
RESTRITO – Na mensuração restrita, que exclui veículos, motos e material de construção, o volume de vendas caiu 0,2% em fevereiro, mas cresceu 3,4% no bimestre e 7,9% em doze meses. Enquanto isso, o faturamento comercial no País recuou 0,3% no mês e aumentou 2,9% no bimestre e 7,4% em doze meses.
Lourenço avalia que, nesse caso, os números menos favoráveis podem ser imputados às quedas de vendas em supermercados, tecidos, vestuário e calçados, móveis e eletrodomésticos e equipamentos de informática. “É o reflexo da aceleração da inflação e do acentuado endividamento da população”.
Para o presidente do Ipardes, o quadro positivo reproduz a conjugação entre a recuperação da renda do agronegócio, fruto da supersafra de grãos e das cotações mundiais, e o vigor do mercado de trabalho regional. “Verifica-se contínuos acréscimos na geração de empregos com maior rendimentos e, em sua esmagadora maioria, no interior do Estado”, declara Lourenço.
“Esse ambiente positivo deve se estender pelo restante do ano, por conta da impulsão da rentabilidade financeira e da produção e produtividade do agronegócio, dos efeitos das obras de infraestrutura, implementadas pelo governo estadual, e da continuidade da maturação dos investimentos privados protocolados pelo Programa Paraná Competitivo”, projeta o presidente do Ipardes.