Comércio paranaense
cai 2,3% em
dezembro de 2014

Responsáveis pelo resultado foram os setores de livros, jornais, revistas e papelaria (-14,4%), material de construção (-10,9%), tecidos, vestuário e calçados (-8,3%), veículos, motocicletas, partes e peças (-6,2%), eletrodomésticos (-4%), móveis (-2,4%) e equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (-1,6%).
Publicação
11/02/2015 - 14:21
Editoria

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O faturamento real (descontada a inflação) dos estabelecimentos comerciais de varejo paranaense caiu 2,3% em dezembro de 2014 em comparação com dezembro de 2013. No Brasil a queda foi de 2,2%. Os números fazem parte da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Os principais responsáveis pelo resultado de dezenbro foram os setores de livros, jornais, revistas e papelaria (-14,4%), material de construção (-10,9%), tecidos, vestuário e calçados (-8,3%), veículos, motocicletas, partes e peças (-6,2%), eletrodomésticos (-4%), móveis (-2,4%) e equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (-1,6%).
A pesquisa avaliou estabelecimentos de varejo na definição ampliada, que contempla também as atividades de veículos, motos, partes e peças e de materiais de construção.
ACUMULADO - No acumulado de janeiro a dezembro de 2014, o comércio do Paraná apresentou redução de 3%, frente queda de 1,7% do Brasil.
Os ramos que mais influenciaram negativamente para o decréscimo das vendas foram os livros, jornais, revistas e papelaria (-20,1%), equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (-16,9%), veículos, motocicletas, partes e peças (-10,5%) e móveis (-6,0%).
Na mensuração restrita (que não considera os ramos de veículos, motos e material de construção), o volume de vendas no Estado subiu 1,4% em dezembro e avançou 2,4% no acumulado do ano (terminados em dezembro). No Brasil, o faturamento comercial mostrou variação positiva de 0,3% no mês, e crescimento de 2,2% no ano.
A redução da renda líquida disponível dos consumidores, em decorrência da combinação entre elevação dos juros e da interferência da aceleração da inflação no poder aquisitivo dos consumidores, diminuiu a demanda e elevou o endividamento das famílias, contribuindo para a desaceleração observada nas vendas do comércio paranaense.
Cabe destacar que o atual cenário econômico tem gerado a exacerbação das expectativas negativas em relação ao futuro, mais especificamente para 2015, levando as instituições financeiras a aumentarem a taxa de juros para compensar prováveis perdas com o aumento da inadimplência.
Segundo a Associação Nacional dos Executivos em Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), os juros médios pagos pelos consumidores nas compras a prazo estão em 108,2% ao ano, sendo 178,8% no cheque especial e de 258,3% no cartão de crédito, em dezembro de 2014. O maior patamar em quinze anos.
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