A governadora Cida Borghetti acompanhou nesta sexta-feira (26) a chegada dos primeiros contêineres com os blocos pré - moldados para o início das obras do Hospital da Criança de Maringá. No total, 97 contêineres, que já estão no Porto de Paranaguá, serão utilizados para o transporte de material que veio dos Estados Unidos. As obras começam nos próximos dias.
“É um legado que deixamos aos paranaenses”, afirmou a governadora, destacando que o Hospital deverá beneficiar até três milhões de pessoas moradoras de município do Noroeste do Paraná.
“Este hospital trará segurança aos pacientes, conforto às famílias e condições de trabalho aos profissionais da saúde para atender as crianças de toda a região. Será uma referência para o Paraná e para o Brasil”, afirmou Cida.
A obra é uma parceria do Governo do Estado, prefeitura de Maringá, Governo Federal e Organização Mundial da Família (OMF). A construção do hospital foi articulada pelo deputado Ricardo Barros, enquanto estava Ministro da Saúde.
DIFERENCIADA - A estrutura do Hospital da Criança é diferenciada, explicou Cida Borghetti. Como serão utilizadas as peças planejadas pela OMF, que possuem códigos de segurança para facilitar o processo de montagem, a entrega deverá ser feita antes do prazo estipulado.
“O prazo máximo de entrega é de dois anos, mas com esta tecnologia, que já é utilizada em outros lugares do mundo, teremos o Hospital da Criança de Maringá em funcionamento antes do previsto”, disse.
LEITOS E ESPECIALIDADES - Com investimento de R$ 153 milhões, o Hospital terá 23 mil metros quadrados de área construída e será localizado no antigo aeroporto da cidade.
Terá 160 leitos e oferecerá 21 especialidades, entre elas oncologia, ortopedia, cardiologia, gastroenterologia e endocrinologia. Contará, também, com um centro de pesquisas em doenças raras.
HUMANIZAÇÃO - A presidente da Organização Mundial da Família, Deise Kuztra, explicou que o projeto do hospital segue os conceitos internacionais de humanização do atendimento à saúde.
“Esta unidade foi projetada para que as crianças não se sintam dentro de um hospital. Ela terá decoração e disposição de equipamentos muito particulares, como em um mundo de fantasia. Além disso, os profissionais que trabalharão diretamente com as crianças passam por capacitações para se transformarem em agentes da alegria, para que os pacientes queiram viver. Isso ajuda na cura”, explicou Deise Kuztra.
As capacitações serão feitas pela equipe da OMF, assim como o acompanhamento da obra. Nas próximas semanas devem desembarcar em Maringá mais 19 contêineres e em quatro semanas chegam os materiais mais sensíveis. “Com este formato de construção já estamos com 56% do projeto concluído”, contou a presidente.
MELHOR LINHA - O secretário estadual de Saúde, Antônio Carlos Nardi, ressaltou a qualidade da estrutura. “O Hospital terá a melhor linha que existe na atenção hospitalar. Atende todas as exigências técnicas, sanitárias e clínicas”, disse.
O Ministério da Saúde está destinando R$ 90 milhões e o Governo do Paraná investirá outros R$ 30 milhões. Já a Organização Mundial da Família está aplicando R$ 33 milhões no projeto. “É uma grande alegria ver um projeto que começou há tão pouco tempo se tornando realidade. A obra só foi possível por conta da união política, de pessoas que trabalham pelo bem de Maringá”, afirmou o prefeito Ulisses Maia.
A construção da unidade conta também com o apoio do Hospital Pequeno Príncipe, referência nacional em saúde infantil, que dá suporte e consultoria técnica ao projeto – e também poderá participar da concorrência para auxiliar na gestão da unidade.