Os municípios do Interior do Paraná aumentam a participação no consumo estadual de bens e serviços, mesmo na crise econômica. Dados da pesquisa IPC Maps, realizada pela IPC Marketing Editora, consultoria paulista especializada no setor, mostram que, em neste ano, 65% do consumo do Estado virá de famílias que moram fora da região metropolitana de Curitiba. De acordo com o estudo, ao todo, os paranaenses vão gastar R$ 246,4 bilhões em 2016. Desse total, R$ 160,1 bilhões devem vir do Interior.
O aumento do consumo no Interior ganhou força nos últimos anos, embalado pelo atual ciclo de investimentos atraídos pelo programa de incentivos Paraná Competitivo e pela força do agronegócio - um dos poucos setores que ainda cresce neste período de crise. Em 2010, os municípios tinham uma participação de 58,7% do consumo total no Estado. Em 2015, essa participação chegou a 64% e nesse ano avançou um pouco mais, para 65%.
Para o governador Beto Richa, os dados confirmam que a geração de riqueza e de emprego propiciados por empreendimentos produtivos e melhorias na infraestrutura ajudam a aumentar a renda e o poder de compra da população. “Os dados mostram que o Paraná está alcançando o cenário que desejávamos com a nossa estratégia de apoiar empreendimentos produtivos e descentralizar esses investimentos, de forma a que empregos e riqueza sejam disseminados por todo o Estado”, disse Richa.
Além do Paraná Competitivo, ele ressalta a participação da agência paranaense do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) em financiamento às cooperativas agrícolas e ao agronegócio em geral. Richa lembrou que, no início de seu primeiro mandato, em 2011, a interiorização do desenvolvimento e o maior dinamismo econômico de regiões carentes estavam entre os maiores desafios de sua gestão.
PESQUISA - O cálculo do IPC Maps toma como base dados coletados junto ao IBGE, Fundação Getúlio Vargas (FGV) e indicadores dos Estados. O potencial de consumo inclui uma série de categorias de gastos, como alimentação dentro e fora do domicílio, manutenção do lar, medicamentos e planos de saúde, educação, recreação, transporte e viagens e outras despesas, como aquisições e imóveis. Considera, ainda, as compras de vestuário, calçados, itens de higiene e cuidados pessoais, artigos de limpeza, eletrodomésticos.
DESCENTRALIZAÇÃO - A geração de riqueza e emprego e melhorias de infraestrutura fizeram com que a população das cidades menores aumentasse a renda e o poder de compra.
A descentralização vem crescendo desde 2010. Naquele ano, as dez maiores cidades do Estado respondiam por 53% do consumo paranaense. Em 2015, a concentração foi reduzida para 49% e, neste ano, a participação está em 47,9%. As dez cidades com maior potencial de consumo no Estado em 2016 são Curitiba, Londrina, Maringá, Ponta Grossa, Cascavel, São José dos Pinhais, Foz do Iguaçu, Colombo, Guarapuava e Pinhais.
De acordo com Marcos Pazzini, coordenador do estudo, o movimento de descentralização do consumo se mantém, mesmo na retração da economia. “Na realidade, a crise pode até reforçar o consumo no interior, porque com a retração econômica, muitas empresas transferem suas unidades das capitais para cidades de médio porte em busca de custos menores, como mão de obra, terrenos e infraestrutura mais barata”, diz.
IMPACTO - A retração da economia vem gerando impactos profundos no consumo das famílias brasileiras, de acordo com Pazzini. Com inflação alta, incerteza política e aumento do desemprego, as famílias cortam gastos, como a compra de bens de consumo e alimentação fora de casa. “Há uma perda real de potencial de consumo no Brasil. Considerando o impacto da inflação, o consumo no país está retrocedendo aos números de 2010”, diz Pazzini.
AGRONEGÓCIO - No caso do Paraná, porém, o Interior se beneficia do poder do agronegócio, que tem uma participação relevante na economia estadual. O agronegócio responde por 30% do Produto Interno Bruto (PIB) do Estado e tem forte participação nas exportações – mais de 70%.
Graças aos projetos de investimento do agronegócio, o emprego continua a se expandir no Interior do Paraná, lembra Julio Suzuki Júnior, diretor presidente do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico Social (Ipardes). Os municípios do Interior, mesmo com a crise, ainda exibem saldos positivos da geração de empregos, ampliando a renda e o consumo.
De acordo com Suzuki, esse movimento favorece principalmente a classe C, justamente a que mais vem perdendo força na crise. “E o consumo só cresce se a classe C também cresce, porque é o extrato social que tem mais propensão para ampliar suas compras. Ao contrário da classe A, que já realizou a maioria dos seus sonhos de consumo, a nova classe média ainda tem espaço para crescer”, diz.
A classe C representa 34,8% da população do Interior. Em Curitiba, a participação da classe média é menor, de 26,3%.
DISTRIBUIÇÃO - Dos gastos das famílias paranaenses previstos para 2016, as maiores parcelas são destinadas à manutenção do lar (alugueis, condomínio, energia, telefonia e televisão por assinatura), com R$ 57,3 bilhões. Em segundo lugar vêm despesas como aquisição de imóveis, reformas, empréstimos, empregados domésticos, cabeleireiros e lavanderias, com R$ 46,4 bilhões. Alimentação no domicílio fica em terceiro lugar, com R$ 24,5 bilhões, e material de construção (R$ 17 bilhões).
Saiba mais sobre o trabalho do Governo do Estado em: www.pr.gov.br e www.facebook.com/governopr
O aumento do consumo no Interior ganhou força nos últimos anos, embalado pelo atual ciclo de investimentos atraídos pelo programa de incentivos Paraná Competitivo e pela força do agronegócio - um dos poucos setores que ainda cresce neste período de crise. Em 2010, os municípios tinham uma participação de 58,7% do consumo total no Estado. Em 2015, essa participação chegou a 64% e nesse ano avançou um pouco mais, para 65%.
Para o governador Beto Richa, os dados confirmam que a geração de riqueza e de emprego propiciados por empreendimentos produtivos e melhorias na infraestrutura ajudam a aumentar a renda e o poder de compra da população. “Os dados mostram que o Paraná está alcançando o cenário que desejávamos com a nossa estratégia de apoiar empreendimentos produtivos e descentralizar esses investimentos, de forma a que empregos e riqueza sejam disseminados por todo o Estado”, disse Richa.
Além do Paraná Competitivo, ele ressalta a participação da agência paranaense do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) em financiamento às cooperativas agrícolas e ao agronegócio em geral. Richa lembrou que, no início de seu primeiro mandato, em 2011, a interiorização do desenvolvimento e o maior dinamismo econômico de regiões carentes estavam entre os maiores desafios de sua gestão.
PESQUISA - O cálculo do IPC Maps toma como base dados coletados junto ao IBGE, Fundação Getúlio Vargas (FGV) e indicadores dos Estados. O potencial de consumo inclui uma série de categorias de gastos, como alimentação dentro e fora do domicílio, manutenção do lar, medicamentos e planos de saúde, educação, recreação, transporte e viagens e outras despesas, como aquisições e imóveis. Considera, ainda, as compras de vestuário, calçados, itens de higiene e cuidados pessoais, artigos de limpeza, eletrodomésticos.
DESCENTRALIZAÇÃO - A geração de riqueza e emprego e melhorias de infraestrutura fizeram com que a população das cidades menores aumentasse a renda e o poder de compra.
A descentralização vem crescendo desde 2010. Naquele ano, as dez maiores cidades do Estado respondiam por 53% do consumo paranaense. Em 2015, a concentração foi reduzida para 49% e, neste ano, a participação está em 47,9%. As dez cidades com maior potencial de consumo no Estado em 2016 são Curitiba, Londrina, Maringá, Ponta Grossa, Cascavel, São José dos Pinhais, Foz do Iguaçu, Colombo, Guarapuava e Pinhais.
De acordo com Marcos Pazzini, coordenador do estudo, o movimento de descentralização do consumo se mantém, mesmo na retração da economia. “Na realidade, a crise pode até reforçar o consumo no interior, porque com a retração econômica, muitas empresas transferem suas unidades das capitais para cidades de médio porte em busca de custos menores, como mão de obra, terrenos e infraestrutura mais barata”, diz.
IMPACTO - A retração da economia vem gerando impactos profundos no consumo das famílias brasileiras, de acordo com Pazzini. Com inflação alta, incerteza política e aumento do desemprego, as famílias cortam gastos, como a compra de bens de consumo e alimentação fora de casa. “Há uma perda real de potencial de consumo no Brasil. Considerando o impacto da inflação, o consumo no país está retrocedendo aos números de 2010”, diz Pazzini.
AGRONEGÓCIO - No caso do Paraná, porém, o Interior se beneficia do poder do agronegócio, que tem uma participação relevante na economia estadual. O agronegócio responde por 30% do Produto Interno Bruto (PIB) do Estado e tem forte participação nas exportações – mais de 70%.
Graças aos projetos de investimento do agronegócio, o emprego continua a se expandir no Interior do Paraná, lembra Julio Suzuki Júnior, diretor presidente do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico Social (Ipardes). Os municípios do Interior, mesmo com a crise, ainda exibem saldos positivos da geração de empregos, ampliando a renda e o consumo.
De acordo com Suzuki, esse movimento favorece principalmente a classe C, justamente a que mais vem perdendo força na crise. “E o consumo só cresce se a classe C também cresce, porque é o extrato social que tem mais propensão para ampliar suas compras. Ao contrário da classe A, que já realizou a maioria dos seus sonhos de consumo, a nova classe média ainda tem espaço para crescer”, diz.
A classe C representa 34,8% da população do Interior. Em Curitiba, a participação da classe média é menor, de 26,3%.
DISTRIBUIÇÃO - Dos gastos das famílias paranaenses previstos para 2016, as maiores parcelas são destinadas à manutenção do lar (alugueis, condomínio, energia, telefonia e televisão por assinatura), com R$ 57,3 bilhões. Em segundo lugar vêm despesas como aquisição de imóveis, reformas, empréstimos, empregados domésticos, cabeleireiros e lavanderias, com R$ 46,4 bilhões. Alimentação no domicílio fica em terceiro lugar, com R$ 24,5 bilhões, e material de construção (R$ 17 bilhões).
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