A infraestrutura das propriedades rurais paranaenses é melhor do que a média nacional, mostram resultados preliminares do Censo Agropecuário 2017, do IBGE. Dos 305.115 estabelecimentos agropecuários identificados pelo Censo Agro no Paraná, 271.668 - ou 89,02% do total - utilizam energia elétrica; 244.143 (80%) contam com telefone e 131.796 (43,2%) têm acesso à Internet. Os resultados foram divulgados pelo IBGE no último dia 26 de julho e os dados foram compilados pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes).
No Brasil, foram identificados 5.072.152 estabelecimentos agropecuários, dos quais 4.215.799 – uma proporção de 83,5% – contam com ligação de energia elétrica. O número de propriedades com ligação telefônica no País é 3.193.775 (63%). Já o acesso à Internet é bem menor que a média paranaense: 28,1% dos estabelecimentos, um total de 1.425.323, estão conectados à rede mundial de computadores.
Além disso, 104.216 estabelecimentos agropecuários do Paraná têm ao menos um trator (34,2%) e 95.500 têm automóveis (31,3%). No País, são 733.997 propriedades com trator (14,5%) e 807.667 (15,9%) com automóvel.
Além da garantia do bem-estar à população que vive no campo, o diretor-presidente do Ipardes, Julio Suzuki Júnior, afirma que o acesso à infraestrutura melhora a competitividade da produção agropecuária paranaense. “O Censo Agro confirma, mais uma vez, que a infraestrutura da agropecuária paranaense é melhor que a média nacional. O bem-estar da população que vive no campo depende da disponibilidade de bens e serviços essenciais”, diz.
INOVAÇÃO – O secretário de Estado da Agricultura e Abastecimento, George Hiraiwa, afirma que o acesso à infraestrutura e à tecnologia é importante para ampliar a inovação no campo. “A agricultura digital tem avançado muito nos últimos anos. É importante saber que quase metade das propriedades rurais paranaenses está coberta com a conectividade”, afirma.
De acordo com ele, o Governo do Estado incentiva a inovação em todas as propriedades paranaenses. “Estamos correndo o Paraná para identificar e incentivar a criação de ecossistemas digitais em todos os cantos do Estado, visando principalmente os pequenos agricultores. A ideia é que os produtores melhorem a eficiência no campo utilizando a tecnologia, e a conectividade é essencial para que isso seja possível”, destaca.
ENERGIA EFICIENTE – Para reforçar a qualidade do fornecimento de energia elétrica na área rural, o Governo do Estado implantou em 2015 o programa Mais Clic Rural. Com o programa, a Copel fornece aos produtores rurais energia elétrica com qualidade equivalente à de grandes centros urbanos, com foco em atividades como a agroindústria e a produção de proteína animal.
Desde então, a Copel investe R$ 500 milhões para a modernização da infraestrutura, para aumentar a continuidade do fornecimento de energia, e em tecnologias de automação, para restabelecer o sistema com muito mais rapidez em caso de falta de energia.
“A questão da energia é vital. O Paraná é o maior produtor de carne de frango, que é muito suscetível a oscilações térmicas, por exemplo. Com a energia, o produtor vai produzir mais e pode avançar na qualidade de seus produtos”, explica Hiraiwa. “Isso também se reflete na produção leiteira, em que a energia de qualidade é fundamental para o armazenamento do leite, pois amplia o prazo de vida do produto”, diz.