A modernização das centrais atacadistas brasileiras foi tema da abertura do Encontro Técnico da Associação Brasileira de Centrais de Abastecimento - Abracen, na quarta-feira (26) à noite. Representantes de 11 centrais atacadistas das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste do País estão reunidos até sexta-feira (28), em Curitiba, na busca de soluções para reduzir o custo na logística de distribuição dos alimentos que chegam à mesa do consumidor.
Na abertura do encontro foi assinado termo de cooperação técnica em que as centrais atacadistas se comprometem em desenvolver as boas práticas de distribuição e comercialização dos alimentos para assegurar a qualidade dos produtos. As boas práticas referem-se ao modelo de transporte, embalagem e comercialização, além da necessidade de revitalização das estruturas de abastecimento.
De acordo com o secretário da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, todas as centrais estão com estruturas físicas e humanas sem renovação há mais de 40 anos. O desafio é encontrar um modelo novo para distribuir alimentos com eficiência e custos menores. “O mundo está cheio de exemplos bem sucedidos de centrais atacadistas com perdas mínimas que podem ser adaptados”, afirmou.
Ortigara defendeu a atração de capital privado para assegurar os investimentos necessários para a modernização das Ceasas. Segundo ele, ao governo cabe a determinação da política necessária para encurtar os caminhos da distribuição. “Temos que apostar na reconstrução, na remodelação das centrais e encontrar um novo jeito de fazer a distribuição dos alimentos e chegar aos mercados varejistas com mais competência”, sugeriu.
O encontro de Curitiba tem como base a discussão do Manual Operacional das Ceasas do Brasil, primeiro documento do gênero no mundo, que traz informações de diferentes áreas ligadas ao abastecimento para contribuir com a modernização das centrais de abastecimento.
O presidente da Abracen e da CeasaMinas, João Alberto Paixão Lages falou sobre a Frente Parlamentar em Defesa das Ceasas, lançada em julho, em Brasília, e que se comprometeu em contribuir com o fortalecimento de mecanismos de combate à fome e ao desperdício alimentar e também com a criação de logísticas de transporte e armazenagem de alimentos.
O secretário municipal do Abastecimento, Humberto Malucelli Neto, defendeu que as mudanças devem se concentrar no atendimento ao consumidor e, por isso, as reformas a serem implantadas devem levar em consideração a qualidade dos alimentos. Segundo Malucelli, o Mercado Municipal de Curitiba, com a criação de um espaço especial para a comercialização de produtos orgânicos, de forma pioneira no País, é exemplo de remodelação de mercados que dá prioridade ao atendimento ao consumidor.
RESÍDUOS – “A Ceasa-PR é a quarta central atacadista do País e se destaca como eixo de ligação na distribuição de alimentos entre o Sul e o Sudeste, o que faz dela um local estratégico para as políticas de abastecimento alimentar”, disse o presidente da Ceasa-PR, Luiz Dâmaso Gusi. Para ele, a modernização que se impõe deve levar em conta a compatibilidade de abastecimento comercial e social, equilibrando fatores como segurança alimentar, eficiência logística e exigências de mercado.
Segundo Gusi, a central atacadista paranaense já adota modelo de tratamento de resíduos que certamente servirá de referência para outros mercados brasileiros. A Ceasa Paraná gera 40 toneladas de resíduos orgânicos por dia. A maior parte era destinada aos aterros sanitários e contribuía para a contaminação do solo pelo chorume e proliferação de roedores e pragas. Porém, agora os resíduos ajudam na alimentação de gado.
O Plano Nacional de Tratamento de Resíduos Sólidos prevê que, a cada ano, as centrais atacadistas devem reduzir 25% do resíduo orgânico destinado a aterros sanitários até completar 100%, em quatro anos. De acordo com Gusi, desde julho, uma empresa absorve todo o resíduo orgânico gerado na Ceasa do Pinheirinho, em Curitiba, para fazer ração animal que alimenta mil bovinos em confinamento. Os resíduos passam por pasteurização, são desidratados e enriquecidos com nutrientes e vitaminas para gerar um produto de alto valor nutritivo aos animais.
Na abertura do encontro foi assinado termo de cooperação técnica em que as centrais atacadistas se comprometem em desenvolver as boas práticas de distribuição e comercialização dos alimentos para assegurar a qualidade dos produtos. As boas práticas referem-se ao modelo de transporte, embalagem e comercialização, além da necessidade de revitalização das estruturas de abastecimento.
De acordo com o secretário da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, todas as centrais estão com estruturas físicas e humanas sem renovação há mais de 40 anos. O desafio é encontrar um modelo novo para distribuir alimentos com eficiência e custos menores. “O mundo está cheio de exemplos bem sucedidos de centrais atacadistas com perdas mínimas que podem ser adaptados”, afirmou.
Ortigara defendeu a atração de capital privado para assegurar os investimentos necessários para a modernização das Ceasas. Segundo ele, ao governo cabe a determinação da política necessária para encurtar os caminhos da distribuição. “Temos que apostar na reconstrução, na remodelação das centrais e encontrar um novo jeito de fazer a distribuição dos alimentos e chegar aos mercados varejistas com mais competência”, sugeriu.
O encontro de Curitiba tem como base a discussão do Manual Operacional das Ceasas do Brasil, primeiro documento do gênero no mundo, que traz informações de diferentes áreas ligadas ao abastecimento para contribuir com a modernização das centrais de abastecimento.
O presidente da Abracen e da CeasaMinas, João Alberto Paixão Lages falou sobre a Frente Parlamentar em Defesa das Ceasas, lançada em julho, em Brasília, e que se comprometeu em contribuir com o fortalecimento de mecanismos de combate à fome e ao desperdício alimentar e também com a criação de logísticas de transporte e armazenagem de alimentos.
O secretário municipal do Abastecimento, Humberto Malucelli Neto, defendeu que as mudanças devem se concentrar no atendimento ao consumidor e, por isso, as reformas a serem implantadas devem levar em consideração a qualidade dos alimentos. Segundo Malucelli, o Mercado Municipal de Curitiba, com a criação de um espaço especial para a comercialização de produtos orgânicos, de forma pioneira no País, é exemplo de remodelação de mercados que dá prioridade ao atendimento ao consumidor.
RESÍDUOS – “A Ceasa-PR é a quarta central atacadista do País e se destaca como eixo de ligação na distribuição de alimentos entre o Sul e o Sudeste, o que faz dela um local estratégico para as políticas de abastecimento alimentar”, disse o presidente da Ceasa-PR, Luiz Dâmaso Gusi. Para ele, a modernização que se impõe deve levar em conta a compatibilidade de abastecimento comercial e social, equilibrando fatores como segurança alimentar, eficiência logística e exigências de mercado.
Segundo Gusi, a central atacadista paranaense já adota modelo de tratamento de resíduos que certamente servirá de referência para outros mercados brasileiros. A Ceasa Paraná gera 40 toneladas de resíduos orgânicos por dia. A maior parte era destinada aos aterros sanitários e contribuía para a contaminação do solo pelo chorume e proliferação de roedores e pragas. Porém, agora os resíduos ajudam na alimentação de gado.
O Plano Nacional de Tratamento de Resíduos Sólidos prevê que, a cada ano, as centrais atacadistas devem reduzir 25% do resíduo orgânico destinado a aterros sanitários até completar 100%, em quatro anos. De acordo com Gusi, desde julho, uma empresa absorve todo o resíduo orgânico gerado na Ceasa do Pinheirinho, em Curitiba, para fazer ração animal que alimenta mil bovinos em confinamento. Os resíduos passam por pasteurização, são desidratados e enriquecidos com nutrientes e vitaminas para gerar um produto de alto valor nutritivo aos animais.